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DICA DA SEMANA: Gritos Mortais (2007)

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Gritos Mortais

Para a dica da semana, eu queria um filme de malassombro. Daí, fuçando a Netflix, vi que lá tem GRITOS MORTAIS (Dead Silence, 2007), o terceiro filme de terror do namoradinho do terror pra família atual: James Wan.

Na trama, acompanhamos a empreitada do jovem Jamie Ashen (Ryan Kwanten) para provar sua inocência pelo misterioso assassinato da sua esposa que ocorreu no mesmo dia em que receberam um boneco de ventríloquo de presente de um anônimo. Para isso, decide voltar para sua cidade natal, onde acaba descobrindo mais do que desejaria.

Visualmente, GRITOS MORTAIS é a cara da sua época com direito a uma típica abertura com montagem bem cara de videoclipe, contextualizando a trama ao som do belíssimo tema principal que, assim como em JOGOS MORTAIS, foi composta por Charlie Clouser. A fotografia aqui é praticamente em tons de azul acinzentado, com exceção do vermelho que é bem forte. Wan já mostra aqui o que seria sua marca estética para filmes de gênero. Algo que foi evoluindo nos filmes que se sucederam como INVOCAÇÃO DO MAL, SOBRENATURAL e MALIGNO. Os efeitos práticos são ótimos, mas os digitais dão uma vergonha alheia danada.

A direção é boa e procura sempre ser criativa, como a boa sacada em que um silêncio sobrenatural se estabelece pra marcar a presença do fantasma no ambiente, por exemplo. Dos cenários aos visuais dos bonecos, toda direção de arte e design de produção são muito bem trabalhados. Porém tem umas transições bem bregas que para a época até combinavam, mas o diretor malaio ainda insiste nas suas produções atuais.

Os méritos de GRITOS MORTAIS estão na seriedade em que tudo aqui é tratado. Escrito por Leigh Whannel, o roteiro apresenta boas ideias que poderiam ser melhores trabalhadas. O positivo é que a fantasma da vez tem regras bem estabelecidas que são respeitadas dentro da trama. Parece bobo, mas é algo que faz toda a diferença para a cabulosa Mary Shore que, para mim, é o melhor malassombro do seu universo cinematográfico. Mas em contrapartida tem uma reviravolta que, apesar de legal, fica mal explicada e não convence por não ser bem implantada ao longo da trama.

GRITOS MORTAIS é uma produção que, apesar de meio bagunçada e brega em alguns muitos momentos, tem boas cenas de tensão/susto e acaba cumprindo o que promete. Se você é fã do James Wan e ainda não assistiu, vai fundo! Inclusive, se ficar bem atento, vai ver que aquele boneco cabuloso de JOGOS MORTAIS aparece em uma cena.

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Anarquista, quase cinéfilo, diretor de arte, fotógrafo, cervejeiro, rockeiro doido e crítico/podcaster do Toca o Terror

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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)

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Dr. Phibes

Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.

Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!

O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.

Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).

Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.

Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.

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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)

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Mortos que Matam

[Por Geraldo de Fraga]

Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)

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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)

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A Volta dos Mortos-Vivos 3

Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.

Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.

Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.

E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.

Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.

Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.

A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.

Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.

O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.

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