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DICA DA SEMANA: O Espectro do Sr. Boogedy (1986)

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Boogedy

Há um bom tempo atrás no século passado, a Disney tinha um programa semanal chamado “O Mundo Mágico da Disney“, aqui chamado de “Disneylândia” e que era exibido aleatoriamente na Tv aberta brasileira. Dentre os inúmeros episódios deste especial, um deles me chamou a atenção na época que vi. Com um tom diferente das fábulas em “live action” que nos acostumamos a ver, “O Espectro do Sr. Boogedy” (Mr. Boogedy) é uma verdadeira pérola escondida no catálogo da Disney+.

Mas por que Boogedy, uma produção da turma que detém os direitos do Pateta, do Thor e de Boba Fett está aqui como dica? Simplesmente porque tem algo nele que destoa um tanto de outras historinhas fantásticas que a Disney produz e produzia até então. Com pouco mais de 40 minutos, “O Espectro do Sr. Boogedy” é uma trama de fantasmas e de casa assombrada com atores reais, sustos e narrativa sobrenatural que ainda toca em temas sensíveis que poderiam ser considerados inadequados hoje em dia.

Vemos a família Davis indo a Lucifer Falls atrás de uma casa para morar e servir de base para guardar as quinquilharias de truques e brincadeiras que o patriarca vende. Ao chegar na mansão que procuram, são logo alertados que existe uma lenda a respeito de um tal de Boogedy que apavora os moradores do local. Mas é claro que se não ignorassem o aviso, não haveria história.

Então ao contrário dos pais que não se importam com a lenda, as crianças da família vão atrás até de historiadores da cidade para entender porque estão ouvindo vozes, porque os eletrodomésticos da casa estão ficando loucos e porque luzes acendem e se apagam nos cômodos da casa. É quando ficam sabendo que durante a colonização americana, um peregrino chamado Boogedy cobiçava uma mulher que diante de sua recusa, partiu para fazer um pacto com o diabo e ganhar poderes de forma a ter a mão dela de qualquer forma.

O tempo passa e advinhem quem está por trás de eventos sombrios na mansão da família Davis? Justamente o fantasma do peregrino em pessoa com sua cara deformada e um rastro de gosma pelo chão. O personagem inclusive pode ter inspirado o vilão do segundo filme dos Caça-Fantasmas, mas aqui estou divagando…

Com referências sutis a filmes clássicos de horror e efeitos até um tanto datados que compõem o charme da época, este telefilme causou um inesperado sucesso a ponto de lançarem um ano depois “A Noiva de Boogedy“. E como a Disney conhece bem o seu público, “O Espectro do Sr. Boogedy” pode até soar estranho hoje, mas é suficientemente nostálgico para os adultos e capaz de entreter as crianças desta geração.

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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)

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Dr. Phibes

Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.

Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!

O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.

Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).

Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.

Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.

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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)

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Mortos que Matam

[Por Geraldo de Fraga]

Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)

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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)

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A Volta dos Mortos-Vivos 3

Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.

Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.

Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.

E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.

Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.

Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.

A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.

Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.

O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.

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