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DICA DA SEMANA: Gremlins (1984)

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Gremlins

O Natal está aí batendo na porta. A maioria das pessoas se prepara para festejar com familiares e amigos, escutar piadas sem graças dos tios, forrar o bucho com comidas típicas da época (menos as frutas cristalizadas, porque essa quase ninguém gosta) e fechar a cara se alguém elogiar o bozo durante a ceia. Agora imagina essa festa sendo invadida por monstrinhos sedentos por diversão e caos, o quão legal seria? Por isso é que neste ano falaremos de “Gremlins”, um horror infantil que marcou gerações.

Falar desse filme é voltar no tempo onde um Felipe por volta dos 6 anos ficou horrorizado e maravilhado com o que via em tela. O filme passava nas tardes em sessões voltadas ao público jovem, algo que hoje isso jamais aconteceria. Embora tenha sim um foco mais no infantil, o longa tem cenas pesadas e até gore e a algazarra e citações protagonizadas pelos monstrinhos são mesmo para adulto ver.

Durante uma visita a Chinatown, um pai em busca de um presente especial para seu filho, se depara com uma loja de antiguidades diferentes. Entre os itens vendidos, encontramos Gizmo, um bichinho bem raro e muito fofo. Após uma longa negociação com seu antigo dono, o senhor consegue comprar o animal com a condição de que nunca irá molhá-lo, alimentá-lo depois da meia-noite ou expor a uma luz forte. Mas uma vez nas mãos da nova família, essas regras logo serão quebradas e um pandemônio se formará na cidade, já que os gremlins estão à solta na noite de Natal e o que mais querem é destruir tudo.

O diretor Joe Dante junto com o roteirista Chris Columbus souberam captar o clima natalino, esbanjando carisma com seus personagens. O toque principal fica por conta de Gizmo, que é a coisa mais fofa do mundo até os dias de hoje. O pequeno herói junto com seu novo dono tem uma jornada incrível de amadurecimento e coragem e por que não, amor? Seus antagonistas, por mais horrendos que sejam, são um capítulo a parte: perversos, maliciosos e também incrivelmente carismáticos.

Se falei do clima natalino, não poderia deixar de falar também do horror. “Gremlins” é, sem sombra de dúvidas, pertencente ao gênero com suas cenas tensas e violentas que incluem até assassinato (de forma bem sutil, claro). O tom anárquico é outra coisa que deve ser mencionada. A cena no cinema onde os monstros assistem a um clássico da Disney é impagável. Impossível não mencionar a icônica trilha sonora de Jerry Goldsmith, cuja música tema ecoou por toda uma geração. Os efeitos todos práticos são um show a parte. Alguns podem parecer datados, mas no geral continuam muito eficientes e assustadores.

Gremlins” é um filme atemporal. Sua mensagem é eterna e muito bonita. Um filme que dificilmente seria realizado hoje e espero sinceramente que os planos de sequência/remake sejam deixados de lado. Um ótimo passatempo para quem está cansado de romances adocicados típicos dessa época e que estejam a procura de um filme natalino um tanto diferente. É possível assisti-lo no catálogo da HBOMAX e no especial de fim de ano da Darkflix.

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"Nós deixamos de procurar os monstros embaixo de nossas camas, quando percebemos que eles estão dentro de nós"

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DICA DA SEMANA: Aterrorizante (2016)

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Até que enfim, trago um slasher para a dica da semana. Ultimamente, imagens de um palhaço sinistro tem rodado as redes sociais e despertado o interesse de quem é fã de terror. Estas cenas são do recém lançado ATERRORIZANTE 2 (Terrifier 2, 2022). Mas a dica não é deste, mas sim do seu antecessor: ATERRORIZANTE (Terrifier, 2016), longa de seis anos atrás.

Escrito e dirigido por Damien Leone, ATERRORIZANTE é um slasher brutal no qual acompanhamos um palhaço cabuloso que toca o terror numa noite de Halloween matando qualquer um que cruza seu caminho. O filme tem um roteiro que não se propõe à profundidade e é cheio de situações que forçam a barra pra trama andar, mas compensa pela boa direção.

Bem filmado e fotografado, ATERRORIZANTE tem uma violência extremamente gráfica. É daquela dói de ver! Os efeitos práticos são criativos, funcionam muito bem dentro da proposta e provavelmente vai te fazer desviar o olhar da tela em alguns momentos. A fotografia é bem estilosa e com cores vivas, trazendo um clima mais surreal pra toda trasheira apresentada.

Assim como Myers, Jason e muitos outros em suas respectivas franquias, o palhaço Art é a força que move o filme. Sem dizer nada, David Howard Thornton manda muito bem nas expressões faciais e corporais, nos conferindo um psicopata sádico, debochado e imprevisível, pois quando se acha que ele vai aloprar, ele, não só dobra a aposta, mas subverte qualquer “regra” de assassino em série do gênero que se espera.

É curioso que Art não surge neste “primeiro” filme, mas sim em um curta homônimo de 2011 e em um longa de 2013 chamado ALL HALLOW’S EVE (2013), sendo todos do mesmo diretor/roteirista.

Em suma, é um filme chocante e sem escrúpulos que é recomendável pra quem curte uma bagaceira com muito sangue. Se você é esta pessoa doente, vai fundo que este slasher vai te divertir. ATERRORIZANTE se encontra no catálogo da Amazon Prime Video.

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DICA DA SEMANA: Night Train to Terror (1985)

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Night Train to Terror

Vez por outra a gente comenta ou recomenda antologias. De antologias antigas, boa parte vem da década de 1970. Mas desta vez estou aqui para citar “Night Train to Terror“, uma obra que vem dos loucos Anos 80 com um certo grau de ousadia, gore e transgressão.

Disponível no catálogo do Mubi, “Night Train to Terror” traz simplesmente como anfitriões ninguém menos do que Deus e o Diabo jogando xadrez num vagão de trem que passeia pelo espaço rumo à destruição total. Durante a jornada, ambos se questionam sobre a natureza humana e o livre arbítrio que faz com que umas pessoas façam coisas inimagináveis. E é aí onde entram os casos que viram sequências desta antologia.

De antemão, digo que o primeiro (“The Case of Harry Billings“) é o mais problemático. Por ter sido derivado de um outro filme não concluído, as cenas foram editadas de forma a caber nessa obra de uma maneira meio apressada. É uma clássica trama de cientistas loucos onde Harry Billings vira um homem em transe que se submete às ordens de um médico que quer obter mais “pacientes” e órgãos de forma ilegal para comercializar. Ok, tem um fiapo de história, mas podia ter sido melhor.

Já no segundo segmento (“The Case of Gretta Connors“), vemos um caso de traição e vingança. O que seria uma clássica história de amor à primeira vista, logo se torna um caso de psicopatia e ambição em que a jovem Gretta Connors se torna atriz pornô ao se envolver com um empresário de meia idade. Não bastasse essa reviravolta na carreira da mulher, ela entra na mira de outro sujeito que se apaixona por ela ao ver sua performance adulta. Mas aí, os planos do marido traído serão bem mais ardilosos quando ela convida o casal para participar de um clube, que não é de swing, mas de um culto à morte. Veja só a doideira!

Por fim, “The Case of Claire Hansen” é o que aparenta ter um roteiro mais intrincado, mas que sofre um pouco por efeitos especiais que ficam no limite entre a criatividade e a precariedade. Desta vez, temos uma cirurgiã renomada que começa a ter pesadelos sobre demônios e nazistas. Em paralelo, seu marido que é um escritor ganhador do Prêmio Nobel, começa a divulgar um novo livro com temática bastante polêmica para pessoas religiosas. Em meio a alucinações, acontecimentos estranhos e mortes esquisitas que os protagonistas testemunham, existe ainda um misterioso homem que se revela ser um servo de Satã operando maldades há séculos.

E entre uma história e outra, Deus e o Diabo voltam à cena para comentar o ocorrido e questionar o destino da humanidade enquanto em outro vagão uma turma bota pra quebrar com sexo, drogas e rock’n’roll. Gratuito? Exagerado? Violento? Claro, mas “Night Train to Terror” é meio que uma síntese dos Anos 80.

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DICA DA SEMANA: Saint Maud (2019)

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Eu me perguntei um dia desses: o que foi que aconteceu para a gente nunca ter falado de Saint Maud aqui no Toca o Terror? Provavelmente o motivo foi a bagunça que é para filmes mais alternativos serem lançados oficialmente no Brasil. Falamos em algum programa na rádio, mas texto não rolou. Bom, esse erro será corrigido hoje, graças à sua, à minha, à nossa Dica da Semana.

Em uma cidade litorânea do norte da Inglaterra, a enfermeira Maud (Morfydd Clark) é designada como cuidadora da ex-bailarina e coreógrafa Amanda (Jennifer Ehle), que vive sozinha e enfrenta um linfoma na medula em fase terminal. Essa relação desencadeia uma série de atritos, pois, enquanto a jovem é extremamente católica, a paciente adora os prazeres mundanos.

Com um trauma em seu passado recente, Maud encara o emprego na casa de Amanda como uma missão divina: salvar a alma daquela mulher depravada à beira da morte e mandá-la para o céu. É aí, claro, que as coisas começam a se complicar. Produzido pela A24, o filme é o primeiro longa da carreira da diretora Rose Glass e é uma alegoria magnífica sobre fanatismo religioso, mas paremos por aqui. Saint Maud é curto, só tem 1h20, então falar mais é certeza de spoiler.

Para finalizar, vale destacar o desempenho de Morfydd Clark. Hoje mundialmente conhecida pelo papel da elfa Galadriel, na Série d’O Senhor dos Anéis, a atriz sueca dá show como a enfermeira confusa que tenta interpretar sinais divinos em tudo que vê. O filme está disponível nos streamings Prime Video e Apple TV. Se você tem TV por assinatura, ele entrou recentemente na programação do canal Space e, vira e mexe, passa por lá. Com o perdão do trocadilho, vá na fé.

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