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DICA DA SEMANA: Baile de Formatura IV – A Chacina Continua (1992)
Aqui vocês já devem ter lembrado de outras vezes em que mencionamos “Baile de Formatura” (Prom Night), um clássico exemplo do que é o cinema slasher do início dos anos 80. Este filme, claro, sempre é lembrado nas listas de obras memoráveis do gênero, embora particularmente não ache essas coisas todas não.
O que interessa agora é que suas “sequências” seguem o mote de massacres no dia de um baile de formatura com leves mudanças em suas histórias. As duas primeiras continuações, no entanto, nos apresentaram a vilã sobrenatural Mary Lou tocando o terror, mas aí nesta quarta parte intitulada “Baile de Formatura IV: A Chacina Continua” (Prom Night IV: Deliver Us from Evil) temos de volta um slasher tradicional trazendo um padre como vilão.
Vamos à história… No ano de 1957, no dia de baile de um High School, dois adolescentes com fogo no rabo estão dando uns amassos no carro quando são interrompidos pelo vilão da vez que usa sua cruz em formato de punhal para acabar com a festa e a vida deles. Por conta do crime, o padre é encarcerado, mas fica em estado de coma no porão da igreja local por mais de 30 anos.
Daí no começo dos anos 90, quatro adolescentes decidem comemorar a formatura na casa de um deles. Mas para a infelicidade geral, o local já foi um retiro católico (!) e é para lá que o padre psicopata segue depois de despertar desse sono profundo.
“Baile de Formatura IV: A Chacina Continua” segue a risca todos os clichês possíveis e inimagináveis dos slashers. Assim como falamos antes e como é de praxe na série, não existe conexão real com nenhum dos filmes anteriores, embora exista uma citação a Jamie Lee Curtis quando um dos personagens propõe um brinde à atriz enquanto comemora a formatura. Os personagens são bem típicos e seus atores um tanto medíocres continuando a máxima de serem pessoas por volta dos 30 anos fazendo papel de adolescentes.
Apesar de aderir ao estilo “normal” dos filmes do gênero, uma coisa a ser destacada é que o vilão da vez tem um toque sobrenatural. É dito que ele está possuído por um demônio! E isso, claro não faz nenhum sentido já que o personagem mata quem atenta sobre a moral e bons costumes… um verdadeiro cidadão de bem. Talvez só isso explique o fato desse mesmo padre não ter envelhecido nada em seu estado vegetativo.
É bom ressaltar que “Baile de Formatura IV: A chacina continua” é um filme bem mequetrefe, mas que diverte quem é fã do estilo. E para além da violência, o longa ainda oferece cenas que lembram um pouco os clássicos do Cine Privê. Na falta do que assistir, você pode ir até o YouTube e se divertir com os clichês e bobagens exibidos em tela.
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DICA DA SEMANA: Nosferatu – O Vampiro da Noite (1979)
Antes do Drácula bonitão da Universal (Bela Lugosi) e da Hammer (Christopher Lee), Nosferatu de 1922 já tinha levado para as telas o vampiro feioso e pálido, algo muito mais parecido com o protagonista do livro de Bram Stoker. Por isso, pelo menos pra mim, parece um projeto bem ambicioso, em 1979, trazer o Drácula com cara de rato de volta e perder de colocar um galã no papel.
Bom, foi isso que Werner Herzog fez em Nosferatu – O Vampiro da Noite (Nosferatu, the Vampyre), refilmagem do clássico do expressionismo alemão. Mas, vamos lá, era Werner Herzog, então o cara não ia fazer um filme de terror convencional, apesar de seguir o ‘basicão’ ali da história original.
O advogado Jonathan Harker (Bruno Ganz) viaja até a Transilvânia para vender uns terrenos ao Conde Drácula (Klaus Kinski) e acaba sendo feito prisioneiro. Mas, ao escapar, retorna para Bremen, na Alemanha, na tentativa de evitar que o vampiro pinte miséria por lá, principalmente contra sua esposa Lucy (Isabelle Adjani).
No mais, Herzog contou sua própria versão da história, nem mesmo se apegando ao filme de 1922, de onde pegou só uma referência aqui e outra ali, inclusive subvertendo o final. Nosferatu – O Vampiro da Noite é puro suco de cinema europeu dos anos 70, cheio de imagens artísticas, direção de arte finíssima e trilha sonora onírica.
Além disso, o Drácula dentuço de Klaus Kinski está no panteão das grandes versões do conde mais amado do terror.
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DICA DA SEMANA: 3 filmes com loop de tempo
Nos últimos 15 anos aumentou e muito o número de filmes que se utilizam do recurso de “loop de tempo” em suas narrativas. E com o sucesso de produções como “A Morte Te Dá Parabéns” e “No Limite do Amanhã“, aí é que a galera se empolgou mesmo.
Até um curta ganhou o Oscar apostando neste formato recentemente. Sendo que hoje vamos falar de três filmes que se utilizam deste recurso em seus roteiros mas que não são tão conhecidos assim.
* Crimes Temporais (Los Cronocrímenes, 2007)
Primeiro longa do espanhol Nacho Vigalondo, “Crimes Temporais” é um daqueles filmes mais ou menos recentes que se tornaram cults quando se fala de viagem no tempo. Produção modesta, mas eficaz, o longa cria uma confusãozinha mental se a gente for tentar entender a lógica por trás do roteiro. Ainda assim, faz mais sentido do que toda a hexologia de “O Exterminador do Futuro“, por exemplo.
Vemos um casal simples chegando em uma casa de campo para morar. De repente, situações banais começam a ganhar contornos intrigantes quando o protagonista se depara um homem com o rosto enfaixado. É quando para tentar escapar da ameaça na floresta, ele encontra uma casa com uma máquina do tempo no porão que dá a chance da pessoa voltar uma hora no tempo… Daí já viu, né?!
Disponível na Amazon Prime Video
* Triângulo do Medo (Triangle, 2009)
Esta produção australiana traz um grupo que pensou que passear de barco seria uma boa ideia, até que chega uma tempestade e ficam à deriva. Para tentarem se salvar, embarcam em um navio que surge em alto mar. O que não contavam é que o navio aparentemente abandonado esconde vários mistérios.
O lance é que enquanto a turma tenta pedir ajuda, outro grupo de pessoas no mesmo navio tenta acabar com a vida deles. E a cada tentativa de fuga, a contagem de corpos aumenta. Repleto de simbologias e metáforas, é um filme que dá pra ver e rever cada cena sem olhar pros paradoxos que poderiam rolar.
Disponível no Telecine Play
* ARQ (ARQ, 2016)
Trazendo um tempero de ação, “ARQ” nos mostra de forma bem angustiante a saga de um aparente casal em tentar se livrar de uma invasão de desconhecidos em sua casa. O detalhe é que todos eles estão presos em um loop de tempo que complica a resolução da história.
O fator complicador neste caso é que a cada novo “loop”, os personagens começam a ter mais noção do que está acontecendo e procuram inventar novas formas de fugir. Tenso e imprevisível, “ARQ” funciona melhor do que muitos outros filmes que se utilizam de toneladas de efeitos especiais e mil figurantes.
Disponível na Netflix
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DICA DA SEMANA: O Exorcista III (1990)
Para a dica desta semana eu trago um filme aniversariante: O EXORCISTA III (Exorcist III), escrito e dirigido por Willam Peter Blatty, completa 32 aninhos neste mês de agosto.
O EXORCISTA III é adaptação do livro ESPÍRITO DO MAL / LEGIÃO (Legion, 1983) que é uma continuação direta do livro O EXORCISTA (The Exorcist, 1971). Na trama, o tenente Kinderman investiga uma série de assassinatos que trazem a assinatura do já conhecido serial killer: Gêmeos. O problema é que este assassino está morto há 15 anos. Com a ajuda do amigo padre Joseph Dyer, ambos são levados a revelações cabulosas.
Blatty exibe um domínio enorme na condução do longa. E não é de se espantar, já que é o autor de ambos os livros. Aqui, com a direção em suas mãos, ele imprime sua real visão da própria obra, mantendo um clima constante de tensão como se algo de muito pior fosse acontecer a cada cena. A fotografia do Gerry Fisher é essencial para dar o tom sombrio à trama. Até estátuas sacras dão medo aqui! Sem contar que O EXORCISTA III tem um dos sustos e jumpscares mais cabulosos e inesperados da história do cinema de horror.
Para além da competente produção, o longa conta com a carismática dupla George C. Scott e Ed Flanders, (Kinderman e Dyer respectivamente), Brad Dourif que encarna o assassino de Gêmeos nos conferindo uma performance assustadoramente brilhante e Jason Miller vivendo o sinistro “paciente X”.
É de fato um filme incrível que, para este que vos escreve, por muito tempo foi subestimado por ser o terceiro da franquia O EXORCISTA, quando na verdade deveria ter sido o segundo, já que, como dito no início, se trata da continuação direta do livro. E convenhamos que depois do que rolou em O EXORCISTA 2: O HEREGE, carregar um título desse também não ajuda. Este longa de 1990 poderia ter se chamado simplesmente LEGIÃO como no livro, mas enfim…
Em suma, O EXORCISTA III é um típico terror policial cabuloso que merece ser visto. Ficou curioso? Aproveita que este clássico cult encontra-se no catálogo do HBO Max.
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