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DICA DA SEMANA: Asilo do Terror (1972)
Dos anos 1960 até meados dos anos 1970, o estúdio cinematográfico britânico Amicus foi o maior rival da conhecida e cultuada Hammer, lar de monstros sagrados como Drácula, Frankenstein, a Múmia, entre outros. Porém, diferente da Hammer, a Amicus não apostava todas suas fichas no gótico. Resolveram dominar a arte das chamadas antologias, onde quatro ou cinco contos são apresentados em uma estrutura de ligação.
Outra arte que eles dominaram foi a de contratar notáveis atores britânicos para apenas um ou dois dias de filmagem, de modo que o produto final acabasse com um elenco de estrelas. “Asilo do Terror“, que no Brasil também recebeu o nome de “Asilo Sinistro“, veio depois do sucesso de “As Profecias do Dr. Terror“, de 1965, “As Torturas do Dr. Diabolo” de 1967, “A Casa que Pingava Sangue” de 1971 e “Contos do Além” de 1972 (O pacote viria a fechar com os divertidos porém bem mais fracos, “A Cripta dos Sonhos“, de 1973, “Vozes do Além“, de 1974, e “O Clube dos Monstros“, de 1981).
Mas o sucesso de “Asilo do Terror” não se deve apenas a seu elenco incrível – Peter Cushing (que apareceu em quase todas as antologias da produtora), Herbert Lom, Patrick Magee, Charlotte Rampling, Robert Powell, Barry Morse, Geoffrey Bayldon – ou pela adaptação dos contos do autor americano Robert Bloch (autor de “Psicose“). Inclusive, histórias de Robert Bloch também foram adaptadas para “As Torturas do Dr. Diabolo” e “A Casa que Pingava Sangue“). Mas voltando… o sucesso do longa em questão hoje se deve também à enxuta e eficiente direção de Roy Ward Baker.
Sobre o filme… A história de ligamento “Mannikens of Horror“ é sobre Martin, um médico psiquiatra (Powell) sendo entrevistado para uma vaga de emprego em um remoto sanatório, onde é desafiado pelo médico responsável (Magee) a identificar o ex-diretor do lugar, que agora é um dos pacientes. Enquanto o Dr. Martin entrevista os pacientes, vamos conhecendo suas histórias através dos demais contos:
“Frozen Fear“: conto sobre um homem que tenta terminar seu casamento através do assassinato mas acaba descobrindo que às vezes algumas coisas parecem não querer permanecer mortas.
“The Weird Tailor“: um alfaiate desesperado por dinheiro concorda em, a pedido de um estranho cliente, fazer um terno especial de um tipo de tecido muito estranho.
“Lucy Comes To Stay“: Lucy volta para casa do hospital psiquiátrico, presumivelmente curada… só que não!
Bem… Que tal uma maratona “antologias da Amicus”? É diversão garantida para os fãs do gênero! “Asilo do Terror” é um ótimo começo e você pode assistir na plataforma Darkflix com excelente qualidade ou no YouTube clicando aqui.
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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)
Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.
Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!
O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.
Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).
Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.
Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.
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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)
[Por Geraldo de Fraga]
Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)
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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)
Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.
Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.
Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.
E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.
Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.
Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.
A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.
Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.
O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.
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