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DICA DA SEMANA: Vem Com o Papai (2019)
Ao que parece filmes surtados voltaram à moda. E considerem “surtado” pelo lado bom. “Vem Com o Papai” (Come to Daddy) é uma produção daquelas em que quando você pensa que tudo está se encaminhando numa direção segura e previsível, rolam reviravoltas e cenas tão absurdas que você se segura na cadeira até o começo dos créditos. E ainda assim fica meio incrédulo com o que rolou.
Numa época em que astros e estrelas hollywoodianas tentam evitar papeis em filmes controversos com medo de cancelamento, a gente vê mais uma vez Elijah Wood dando a cara a tapa. Se bem que neste caso, ele nem é um vilão como ocorreu no remake de “Maniac“, mas algumas coisas que seu personagem Norval Greenwood faz, são realmente de deixar a gente de cara.
Dito isto, considere que a história inicial de “Vem Com o Papai” é bem simples. É a de um cara de meia idade que tenta se reconciliar com seu pai que o largou na infância e passou a viver recluso em uma casa no litoral após o divórcio. O problema é que o reencontro não é como ele espera ao ouvir certos comentários e presenciar ações inadequadas vindas da figura paterna.
Bem, falar mais que isso estraga a experiência. Nem queria ser dos que falam que spoiler é bobagem, mas neste caso a sequência de surpresas e cenas estranhas com embates entre personagens fazem valer a sua atenção. Sério, tem sangue, violência, brigas incomuns, golpe baixo e mortes tão aleatórias quanto geniais.
“Vem Com o Papai” passou meio que batido na época de seu lançamento. Não teria como ser diferente, na real. Afinal, as plateias nos cinemas iriam chiar e no fim das contas sua carreira está sendo feita só agora em plataformas de streaming como a da Globoplay, onde os assinantes do pacote Telecine podem contemplar essa obra tão incorreta.
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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)
Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.
Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!
O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.
Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).
Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.
Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.
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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)
[Por Geraldo de Fraga]
Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)
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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)
Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.
Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.
Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.
E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.
Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.
Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.
A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.
Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.
O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.
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