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Críticas

CRÍTICA: A Forca (2015)

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A Forca

[Por Queops Negronski]

Durante a apresentação de peça teatral numa escola algo dá errado e uma forca que deveria ser cenográfica, funciona, matando Charlie, um dos alunos/atores na frente da plateia. Vinte anos depois, alunos da mesma escola decidem reencenar o trabalho. Este é o começo de “A Forca“, obra barata da Blumhouse em formato de found footage.

Reese (Reese Mishler), atleta do futebol americano, tem papel de destaque (adivinhem qual?) nessa reedição, mas não consegue decorar direito as suas falas por estar apaixonado por Pfeifer (Pfeifer Brown) sua colega de cena. E para piorar a situação, tem seus passos seguidos por Ryan (Ryan Shoos), seu melhor amigo que carrega uma câmera para onde quer que vá, filmando todo e qualquer momento de suas vidas que não são nem um pouco interessantes. Isso “justifica” o filme de ser inserido no sub-gênero “found footage“, o que não salva em absoluto A Forca de ser taxado de um dos piores lançamentos do gênero horror vistos por mim em 2015, acredite.

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Filmagem (de personagens secundários que nada acrescentam o filme) vai, filmagem (de outras coisas que também nada acrescentam ao filme) vem e Ryan e sua namorada, Cassidy (Cassidy Gilford… sim, os personagens tem os mesmos nomes dos atores, numa tentativa pífia de nos fazer acreditar que aquilo poderia ser um documentário) convencem Reese de quão sem futuro é aquela empreitada. Juntos, na noite anterior à apresentação, decidem destruir o cenário da peça para impedir que a mesma aconteça e nesse momento, dada a quantidade de clichês até ali apresentada, concordamos piamente com a decisão… Pena que ninguém combinou com Charlie, força vingadora que habita as coxias do teatro, que se aproveita da última hora do filme pra nos levar juntos numa viagem tediosa de situações risíveis e erros crassos, um jogo de gato e rato que se revela desprovido de inspiração e… terror.

Enfim, A Forca foi concebido pra ser um “filme fácil” e que agrade ao espectador menos exigente. Erraram feio (ou não, vide o mega-sucesso de Annabelle).

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Escala de tocância de terror:

Título original: The Gallows
Direção e roteiro:
Travis Cluff e Chris Lofing
Elenco: Reese Mishler, Pfeifer Brown, Ryan Shoos e Cassidy Gifford
Origem: EUA

* Filme visto na cabine de imprensa promovida pela Espaço Z

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8 Comments

8 Comments

  1. Júlio César Carvalho

    23 de julho de 2015 at 11:22

    Vixe! Mas eu ainda custo a acreditar que seja pior que RENASCIDA DO INFERNO (the Lazarus Effect), tbm esteve nos cinemas esse ano.

  2. IGOR AZRAK (@IgorAzrak65)

    29 de julho de 2015 at 22:03

    Esse filme é tão tão ruim que não tiveram a dignidade nem de dar nomes originais aos personagens. O filme usa o mesmo nome dos atores. Não acredito até agora nisso…

  3. Luiza Gillies

    2 de novembro de 2015 at 16:27

    Eu não achei o filme tão ruim, não é bom, mas não é ruim, não tem muito de terror, esta mais para drama e suspense do que terror, mas tudo bem, eu acho um filme muito confuso, por que você não sabe o que é gravado pela camera do Ryan e o que não é, e a cor muda toda hora. Mas eu gostei, eu só esperava mais terror, não me apavorou em nenhuma parte, talvez um pouco nos ultimos segundos de filme, o final é muito confuso, intrigante e isso foi bom, deixou um Quê de Que Poha ta acontecendo?

  4. Mya

    12 de fevereiro de 2016 at 13:03

    Eu gostei do filme mas acho que errei esperando muito terror mas acho que o verdadeiro erro foi o merda do diretor po as bostas dos verdadeiros nomes isso sim foi uma pohá mas até que o final foi legal e acho o filme “A Forca” 1000000 x melhor que a p0ha do remake do
    “O Quarteto Fantástico “

  5. frank

    4 de outubro de 2016 at 15:34

    bela bosta de filme

  6. -A

    12 de fevereiro de 2017 at 19:17

    A história do filme, em si, é ótima. Não acho que o filme foi tão ruim assim

  7. Victoria

    17 de agosto de 2018 at 12:01

    eu nunca achei esse filme, alguém sabe em qual site tem?

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CRÍTICA: Predador – Terras Selvagens (2025)

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Predador - Terras Selvagens

Dan Trachtenberg se empolgou tanto com a franquia Predador que, só em 2025, o diretor lançou duas produções sobre o alienígena caçador. Depois da animação Assassino de Assassinos, temos agora Predador: Terras Selvagens (Predator: Badlands), que chega aos cinemas nesta quinta-feira.

Para quem não lembra, Trachtenberg já havia revivido o personagem em O Predador: A Caçada, mantendo a mitologia criada nos dois primeiros filmes (com Arnold Schwarzenegger, em 1987; e Danny Glover, em 1990). A pegada no mais recente longa, porém, dá um ‘duplo twist carpado’.

Ao invés de antagonista, o Predador é quem acompanhamos em Terras Selvagens. Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi) é um jovem extraterrestre da raça Yautja. Como todo membro dessa espécie, ele precisa passar por um ritual de caça para obter lugar em seu clã.

Dek, no entanto, não é um dos mais atléticos da sua linhagem. Assim, para provar de uma vez por todas o seu valor como guerreiro, ele resolve enfrentar Kalisk, um super monstro que é supostamente imortal.

O problema é que esse bichão vive em um planeta onde existe uma centena de ameaças tão grandes quanto ele. Nessa saga, Dek vai contar com a ajuda de Thia (Elle Fanning), uma androide avariada que ele encontra no meio do caminho.

A ideia de acompanhar o ETzão numa jornada nem é tão novidade (algo parecido já havia acontecido no famigerado Alien vs. Predador). Mas vê-lo alçado à categoria de anti-herói. lutando por justiça e fazendo amizades é bem esquisito.

Antes de qualquer coisa, falta carisma a Dek (e nem é pela clássica feiura da criatura). Pela personalidade do Predador, estabelecida ao longo dos anos, não é possível lhe atribuir características clássicas de protagonista, como senso de humor ou transparência emotiva.

A interação com a sintética Thia tenta dar uma carga dramática à história, e por vária vezes servir de alívio cômico, só que fica bem deslocado. Também é preciso muita força de vontade para acompanhá-lo numa peregrinação que culminará apenas num objetivo pessoal.

Predador: Terras Selvagens, todavia, não é um estudo de personagem, então vamos à ação e efeitos especiais. Infelizmente, também não são lá grande coisa. O planeta Genna é até decepcionante, o design de produção foi bem preguiçoso na criação da fauna local e nenhum dos monstrengos é muito marcante. Nem a conexão com a franquia Alien (a Weyland-Yutani aparece como oponente) enche os olhos, poderia ser qualquer megacorporação do mal que tava ok.

Não dá para dizer, apesar de tudo isso, que Dan Trachtenberg estragou a franquia. Mas, ao final, fica muito óbvio que a intenção do realizador é levar a trama para uma espécie de aventura espacial, numa vibe mais próxima de filme de super herói do que de terror sci-fi de carnificina. Eu prefiro o Predador caçando e desmembrando humanos do que pagando de íntegro, porém fica a critério de cada um.

Escala de tocância de terror:

Direção: Dan Trachtenberg
Roteiro: Patrick Aison
Elenco: Elle Fanning, Dimitrius Schuster-Koloamatangi e Reuben de Jong
Origem: EUA

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CRÍTICA: Bom Menino (2025)

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Bom Menino

O filme que viralizou nos últimos meses, graças ao seu protagonista canino em um filme de terror, estreia em pleno Halloween, nos cinemas nacionais. No entanto, “Bom Menino” (Good Boy) não se resume apenas à fofura do doguinho (e adianto que ele é muito fofo mesmo).

Na trama, acompanhamos Indy, um cachorro leal que se muda com seu tutor para uma casa no meio da floresta, após o homem enfrentar um sério problema de saúde. O cão percebe imediatamente que há algo de errado com o local, e, com o tempo, essas manifestações sobrenaturais colocarão suas vidas em perigo.

Indy é, indiscutivelmente, a estrela do filme. Garanto que muitos atores gostariam de ter metade de seu carisma e presença de tela. Em poucos minutos de projeção, já estamos torcendo por ele. O trabalho de adestramento foi impecável, e é difícil imaginar o esforço que o realizador, que também é o tutor real do animal deve ter tido. Desde as cenas de afeto até as de terror, nota-se o cuidado e a boa realização em “Bom Menino“.

O diretor acerta ao usar enquadramentos e jogos de câmera quase sempre na perspectiva de Indy. Em alguns momentos, me lembrei do desenho dos Muppets Babies, em que nunca vemos o rosto da babá, embora aqui, em planos mais convencionais, sejam mostrados vislumbres ou o rosto inteiro dos personagens humanos.

O terror aqui é mais contido: uma sombra aqui e ali, vultos passageiros, mas sem o uso de trilha sonora alta ou aparições exageradas. O ritmo é lento, e a ambientação vai da casa inicialmente decrépita à mata semienevoada, com suas árvores sinistras.

Temos um longa envolto a uma atmosfera de desconforto e medo. Não espere sustos frequentes e jumpscares. Eles existem, mas em quantidade bem menor.

Apesar de em termos técnicos, a coisa funcionar, nem tudo são flores. Mesmo sendo um filme curto, com pouco mais de 70 minutos, é possível notar que a história seria mais bem contada em um curta ou média-metragem. Existem recursos narrativos que se repetem pelo menos três vezes em uma clara tentativa de esticar a duração.

A trama é a clássica da casa mal-assombrada, e a verdadeira inovação está em ser contada sob a perspectiva do cachorro. É algo eficiente que não teria o mesmo destaque se fosse narrada por humanos.

“Bom Menino” é uma agradável surpresa neste ano, dando novo fôlego a uma história que já vimos inúmeras vezes. Indy é um poço de carisma e fofura. Podem assistir sem medo, mas não espere um filme de gritos e sustos constantes.

Escala de tocância de terror:

Título original: Good Boy
Direção: Ben Leonberg
Roteiro: Ben Leonberg e Alex Cannon
Elenco: Indy, Shane Jensen, Arielle Friedman

* Filme visto em Cabine de Imprensa virtual promovida pela Espaço Z

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CRÍTICA: Medo Real (2025)

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Medo Real

Nesta temporada de Halloween de 2025, a Netflix trouxe para seus assinantes a série documental “Medo Real” (True Haunting), que aborda dois casos sobrenaturais ocorridos na história recente dos EUA. A produção ainda tem a grife de James Wan para agregar mais valor, mas será que vale seu tempo ou está mais para um derivado sem graça de tantas outras obras sobrenaturais?

As histórias mostradas são:
O Caso de Erie Hall: Nos anos 80, um jovem promissor consegue entrar numa renomada faculdade de NY. Entre estudos e farras, o jovem começa a ser assediado por uma força sobrenatural que cerca o local e que, com o tempo, se mostra uma ameaça a todos que o cercam.
Essa Casa Me Matou: Mostra uma família que se muda para a casa dos sonhos e acaba descobrindo que é um lar de pesadelos.

Esses eventos são mostrados ao longo de cinco episódios – três para o primeiro caso e dois para o segundo, respectivamente. A série conta com a presença de vários envolvidos, e seus relatos são dramatizados.

Embora seja em caráter documental, é inegável a influência da série de filmes “Invocação do Mal” nos momentos de dramatização. Inclusive, o casal Warren faz uma rápida participação em um dos casos (claro, interpretado por outros atores). O tom e a trilha sonora remetem muito aos filmes famosos, mas com uma vibe mais contida. Não espere sustos a cada cinco minutos.

Medo Real” tem alguns bons momentos exatamente por não optar por exageros, embora eles também existam, o que demonstra a indecisão dos realizadores sobre o tom que queriam dar ao material. A forma de conduzir as histórias lembra programas como “Linha Direta” e as matérias sobrenaturais vistas no “Domingo Legal” nos anos 90. Sim, existem programas assim no exterior, e inclusive alguns produtores daqui são desse tipo de programa, mas quis usar exemplos nacionais.

No geral, a série é bacana, servindo mais como uma diversão escapista do que algo sério e relevante. Não existem contrapontos para a história, e, para mim, essa é a pior falha – não dá para acreditar em tudo o que é mostrado como verdade absoluta.

Finalizando, “Medo Real” é uma série relativamente curta, com episódios de cerca de 30 minutos, que se mostra superior (mas nem tanto) ao que normalmente chega ao catálogo de originais da Netflix quando o assunto é terror.

Escala de tocância de terror:

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