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CRÍTICA: Find Me (2014)

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MV5BMTM3NjUyMzMzNF5BMl5BanBnXkFtZTcwOTg5OTM4OQ@@._V1_SX640_SY720_Por Júlio César Carvalho

Aviso logo que farei uma análise breve e bem informal desta bela bosta que acabei de assistir. Find Me tem uma premissa que não podia ser mais clichê: Um jovem casal, Tim e Emily, se muda pra uma casa onde tem um fantasma que os vai tirar o sossego. Nesse caso, mais da Emily do que dos outros, mas enfim… O filme começa logo mostrando a assombração, assim, de dia em um balanço aparecendo pra uma criança em um parquinho qualquer. Daí você espera que a trama tenha algo muito interessante além do espírito pra se sustentar e é aí que você se engana. O desenrolar do roteiro é muito fraco. Nada ali consegue criar empatia pela protagonista que sofre uma leve perseguição da fantasma que além da perturbação comum, deixa recados escritos “Encontre-me”. Isso mesmo, pessoal, o fantasma quer apenas ser encontrado. Nada original.

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Find Me é o longa de estreia de Andy Palmer e espero que seja o último. Tudo na direção é muito comum e não ousa em nada. Os closes constantes que serviriam pra nos passar uma sensação claustrofóbica só conseguem irritar e não servem em nada pra trama se não apenas estética (e olhe lá). Os atores são simplesmente ruins. Kathryn Lyn (Emily) e Cameron Bender (Tim), são tão expressivos feito um par de chinelos e seus personagens nem valem uma análise crítica, por mais superficial que seja. Os efeitos são discretos e passam despercebidos. Eu nem lembro se tem trilha sonora (deve ter, né?). A casa não tem atrativo algum e tudo se passa praticamente de dia. Nada aqui contribui pra criar tensão ou medo. Em um momento, uma amiga do casal decide fazer uma sessão espírita pra evocar a assombração. Em outro, a amiga do casal é atacada pela fantasma resultando numa cena de vergonha alheia digna dos Trapalhões de tão tosca que é.

Untitled-2Pra não dizer que não tem nada positivo ou pelo menos curioso, destaco a cena do pesadelo na qual finalmente o diretor acerta e mantém a fotografia como se fosse real, bem como se fazia antigamente, nos revelando sonho apenas no fim da sequência, ao contrário do vergonhoso remake de A Hora do Pesadelo (2010) em que sempre que alguém estava sonhando os efeitos denunciavam logo de cara, tirando todo efeito surpresa da cena. Vale também citar um momento em que o roteiro faz piada do gênero quando em uma conversa o Tim diz que vai preparar um banho para Emily e ela diz com tom de ironia “Você é fã de filme de terror. Sabe o que acontece com garotas em banheiras.“. Bom, ela vai tomar banho e, sim, acontece algo.

Untitled-1Em suma, depois de tanto a assombração insistir (e aparecer numa foto tirada pelo celular da Emily), Tim resolve acreditar e ajudá-la a desvendar o mistério. E olha que ele transou com a fantasma um dia antes por engano achando ser a esposa. Evento esse que, estranhamente, mal foi debatido pelo casal. Roteiro jóia! Então, a investigação segue, vem a revelação (que eu contaria se eu fosse legal, mas não sou) e uma cena final, que apesar de ridícula, soa presunçosa, Find Me é um filme sem alma (Rá!). Pelo menos é curto, durando cerca de 1h20min. E não se engane pelo belo cartaz, pois o tal diferencial do “esconde-esconde” fica só na promessa mesmo.

VEREDITO: Não vale assistir nem de graça.

Direção: Andy Palmer
Roteiro: Cameron Bender, Andy Palmer e Kathryn Lyn (história)
Elenco: Cameron Bender, Kathryn Lyn, Rachelle Dimaria
Origem: EUA

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0 Comments

  1. opoderosochofer

    28 de setembro de 2014 at 16:15

    Hahahahaha!!! Não deixa pedra sobre pedra!

  2. Eddie

    30 de setembro de 2014 at 17:22

    Mais do mesmo. Um espirito precisa de ajuda pra resolver algo, pra poder descansar em paz, e bla,blá,blá.

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CRÍTICA: Predador – Terras Selvagens (2025)

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Predador - Terras Selvagens

Dan Trachtenberg se empolgou tanto com a franquia Predador que, só em 2025, o diretor lançou duas produções sobre o alienígena caçador. Depois da animação Assassino de Assassinos, temos agora Predador: Terras Selvagens (Predator: Badlands), que chega aos cinemas nesta quinta-feira.

Para quem não lembra, Trachtenberg já havia revivido o personagem em O Predador: A Caçada, mantendo a mitologia criada nos dois primeiros filmes (com Arnold Schwarzenegger, em 1987; e Danny Glover, em 1990). A pegada no mais recente longa, porém, dá um ‘duplo twist carpado’.

Ao invés de antagonista, o Predador é quem acompanhamos em Terras Selvagens. Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi) é um jovem extraterrestre da raça Yautja. Como todo membro dessa espécie, ele precisa passar por um ritual de caça para obter lugar em seu clã.

Dek, no entanto, não é um dos mais atléticos da sua linhagem. Assim, para provar de uma vez por todas o seu valor como guerreiro, ele resolve enfrentar Kalisk, um super monstro que é supostamente imortal.

O problema é que esse bichão vive em um planeta onde existe uma centena de ameaças tão grandes quanto ele. Nessa saga, Dek vai contar com a ajuda de Thia (Elle Fanning), uma androide avariada que ele encontra no meio do caminho.

A ideia de acompanhar o ETzão numa jornada nem é tão novidade (algo parecido já havia acontecido no famigerado Alien vs. Predador). Mas vê-lo alçado à categoria de anti-herói. lutando por justiça e fazendo amizades é bem esquisito.

Antes de qualquer coisa, falta carisma a Dek (e nem é pela clássica feiura da criatura). Pela personalidade do Predador, estabelecida ao longo dos anos, não é possível lhe atribuir características clássicas de protagonista, como senso de humor ou transparência emotiva.

A interação com a sintética Thia tenta dar uma carga dramática à história, e por vária vezes servir de alívio cômico, só que fica bem deslocado. Também é preciso muita força de vontade para acompanhá-lo numa peregrinação que culminará apenas num objetivo pessoal.

Predador: Terras Selvagens, todavia, não é um estudo de personagem, então vamos à ação e efeitos especiais. Infelizmente, também não são lá grande coisa. O planeta Genna é até decepcionante, o design de produção foi bem preguiçoso na criação da fauna local e nenhum dos monstrengos é muito marcante. Nem a conexão com a franquia Alien (a Weyland-Yutani aparece como oponente) enche os olhos, poderia ser qualquer megacorporação do mal que tava ok.

Não dá para dizer, apesar de tudo isso, que Dan Trachtenberg estragou a franquia. Mas, ao final, fica muito óbvio que a intenção do realizador é levar a trama para uma espécie de aventura espacial, numa vibe mais próxima de filme de super herói do que de terror sci-fi de carnificina. Eu prefiro o Predador caçando e desmembrando humanos do que pagando de íntegro, porém fica a critério de cada um.

Escala de tocância de terror:

Direção: Dan Trachtenberg
Roteiro: Patrick Aison
Elenco: Elle Fanning, Dimitrius Schuster-Koloamatangi e Reuben de Jong
Origem: EUA

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CRÍTICA: Bom Menino (2025)

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Bom Menino

O filme que viralizou nos últimos meses, graças ao seu protagonista canino em um filme de terror, estreia em pleno Halloween, nos cinemas nacionais. No entanto, “Bom Menino” (Good Boy) não se resume apenas à fofura do doguinho (e adianto que ele é muito fofo mesmo).

Na trama, acompanhamos Indy, um cachorro leal que se muda com seu tutor para uma casa no meio da floresta, após o homem enfrentar um sério problema de saúde. O cão percebe imediatamente que há algo de errado com o local, e, com o tempo, essas manifestações sobrenaturais colocarão suas vidas em perigo.

Indy é, indiscutivelmente, a estrela do filme. Garanto que muitos atores gostariam de ter metade de seu carisma e presença de tela. Em poucos minutos de projeção, já estamos torcendo por ele. O trabalho de adestramento foi impecável, e é difícil imaginar o esforço que o realizador, que também é o tutor real do animal deve ter tido. Desde as cenas de afeto até as de terror, nota-se o cuidado e a boa realização em “Bom Menino“.

O diretor acerta ao usar enquadramentos e jogos de câmera quase sempre na perspectiva de Indy. Em alguns momentos, me lembrei do desenho dos Muppets Babies, em que nunca vemos o rosto da babá, embora aqui, em planos mais convencionais, sejam mostrados vislumbres ou o rosto inteiro dos personagens humanos.

O terror aqui é mais contido: uma sombra aqui e ali, vultos passageiros, mas sem o uso de trilha sonora alta ou aparições exageradas. O ritmo é lento, e a ambientação vai da casa inicialmente decrépita à mata semienevoada, com suas árvores sinistras.

Temos um longa envolto a uma atmosfera de desconforto e medo. Não espere sustos frequentes e jumpscares. Eles existem, mas em quantidade bem menor.

Apesar de em termos técnicos, a coisa funcionar, nem tudo são flores. Mesmo sendo um filme curto, com pouco mais de 70 minutos, é possível notar que a história seria mais bem contada em um curta ou média-metragem. Existem recursos narrativos que se repetem pelo menos três vezes em uma clara tentativa de esticar a duração.

A trama é a clássica da casa mal-assombrada, e a verdadeira inovação está em ser contada sob a perspectiva do cachorro. É algo eficiente que não teria o mesmo destaque se fosse narrada por humanos.

“Bom Menino” é uma agradável surpresa neste ano, dando novo fôlego a uma história que já vimos inúmeras vezes. Indy é um poço de carisma e fofura. Podem assistir sem medo, mas não espere um filme de gritos e sustos constantes.

Escala de tocância de terror:

Título original: Good Boy
Direção: Ben Leonberg
Roteiro: Ben Leonberg e Alex Cannon
Elenco: Indy, Shane Jensen, Arielle Friedman

* Filme visto em Cabine de Imprensa virtual promovida pela Espaço Z

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CRÍTICA: Medo Real (2025)

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Medo Real

Nesta temporada de Halloween de 2025, a Netflix trouxe para seus assinantes a série documental “Medo Real” (True Haunting), que aborda dois casos sobrenaturais ocorridos na história recente dos EUA. A produção ainda tem a grife de James Wan para agregar mais valor, mas será que vale seu tempo ou está mais para um derivado sem graça de tantas outras obras sobrenaturais?

As histórias mostradas são:
O Caso de Erie Hall: Nos anos 80, um jovem promissor consegue entrar numa renomada faculdade de NY. Entre estudos e farras, o jovem começa a ser assediado por uma força sobrenatural que cerca o local e que, com o tempo, se mostra uma ameaça a todos que o cercam.
Essa Casa Me Matou: Mostra uma família que se muda para a casa dos sonhos e acaba descobrindo que é um lar de pesadelos.

Esses eventos são mostrados ao longo de cinco episódios – três para o primeiro caso e dois para o segundo, respectivamente. A série conta com a presença de vários envolvidos, e seus relatos são dramatizados.

Embora seja em caráter documental, é inegável a influência da série de filmes “Invocação do Mal” nos momentos de dramatização. Inclusive, o casal Warren faz uma rápida participação em um dos casos (claro, interpretado por outros atores). O tom e a trilha sonora remetem muito aos filmes famosos, mas com uma vibe mais contida. Não espere sustos a cada cinco minutos.

Medo Real” tem alguns bons momentos exatamente por não optar por exageros, embora eles também existam, o que demonstra a indecisão dos realizadores sobre o tom que queriam dar ao material. A forma de conduzir as histórias lembra programas como “Linha Direta” e as matérias sobrenaturais vistas no “Domingo Legal” nos anos 90. Sim, existem programas assim no exterior, e inclusive alguns produtores daqui são desse tipo de programa, mas quis usar exemplos nacionais.

No geral, a série é bacana, servindo mais como uma diversão escapista do que algo sério e relevante. Não existem contrapontos para a história, e, para mim, essa é a pior falha – não dá para acreditar em tudo o que é mostrado como verdade absoluta.

Finalizando, “Medo Real” é uma série relativamente curta, com episódios de cerca de 30 minutos, que se mostra superior (mas nem tanto) ao que normalmente chega ao catálogo de originais da Netflix quando o assunto é terror.

Escala de tocância de terror:

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