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Críticas

BLU-RAY: Os Pássaros (1963) – Edição de 50º Aniversário

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Por Júlio Cesar Carvalho
Este lançamento da Universal traz a versão remasterizada do clássico de Hitchcock, que comemora seu aniversário de 50 anos. Toda a parte física do material é bem caprichada. Dentro da bela luva com detalhes em dourado vem, além da caixa e do disco, um pôster (mesma arte da luva) em tecido de 60x45cm e um card.
IMAGEM: Widescreen 1.85:1. Restauração impecável. Tem uma certa granulação, mas nada que estrague na verdade. Dá um show em cima de muita produção atual já feita pra essa nova tecnologia. As cores estão vivas e a nitidez é muito boa. Claro que essas melhorias acarretam em denunciar a precariedade dos efeitos especiais da época, como pássaros nitidamente recortados para colagem nas cenas de ataque. Claro que isso não interfere em absolutamente nada no clima tenso do filme.
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SOM: DTS HD MA 2.0, DTS Digital Surround 2.0 . Muito nítido e com graves bem definidos. A sensação de imersão fica mais evidente nas cenas de ataque, mas isso vai depender mais do sistema de som em que é rodado. Aqui no meu stereo 2.0 velho de guerra foi suficiente.
EXTRAS: Muitos!
• Cena Excluída – Roteiro & Fotos (4:20)
• O Final Original – Roteiro & Fotos (3:40)
• The Birds: O Filme de Monstro de Hitchcock (14:23)
• Tudo Sobre The Birds (79:49)
• Sequência de Storyboard (24:21)
• Teste de Vídeo de Tippi Hedren (9:57)
• Hitchcock/Truffaut – somente áudio (13:58)
• The Birds Está Chegando (1:17)
• História de Suspense: National Press Club Ouve Hitchcock (1:54)
• Fotografias de Produção (14:10)
• Trailer do Cinema (5:11)
• 100 Anos de Universal: Restaurando os Clássicos (9:13)
• 100 Anos de Universal: O Estúdio (9:25)
• 100 Anos de Universal (2:48)
O destaque deste conteúdo extra fica para “The Birds: O Filme de Monstro de Hitchcock”, onde mestres do terror como John Carpenter e Joe Dante discutem sobre a influência do filme no segmento.
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No livro “Hitchcock/Truffaut”, há um trecho específico da entrevista feita por Truffaut onde Hitchcock fala sobre seu estado emocional abalado durante a produção e de cenas que ele mudou e/ou simplesmente deixou de filmar. Tanto filme como extras, inclusive a entrevista com Truffaut que é apenas em áudio, têm legendas em Português-BR.
E, claro, tem o tal “final original” todo com storyboard e roteiro da época. Mas não vou contar a diferença, pois seria spoiler.
PREÇO: Essa versão nacional você encontra de R$ 49,00 à R$99,00. Se vai sair caro ou barato, isso vai depender do seu empenho na procura.
CONCLUSÃO: Sim, vale muito a pena! Além de ser um clássico, é um clássico em Full-HD muito bem cuidado. E, além de extras legais e reveladores, vem com um belo pôster.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=MZjaVdJt59U&w=640&h=360]

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Anarquista, quase cinéfilo, diretor de arte, fotógrafo, cervejeiro, rockeiro doido e crítico/podcaster do Toca o Terror

2 Comentários

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  1. Pingback: DICA DA SEMANA: O Ataque dos Tomates Assassinos (1978) | Toca o Terror

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CRÍTICA: Feriado Sangrento (2023)

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Feriado Sangrento

Sabe aquele filme que é tão ruim, mas tão ruim que você se vê na obrigação de falar a respeito para que ninguém caia nessa? Então, se algum de vocês se deparar com “Feriado Sangrento” (Thanksgiving) na vitrine da (HBO)Max, fuja assim como um peru foge da ceia.

Mas antes do filme em si, vamos recapitular e contextualizar a parada. “Feriado Sangrento” nasceu como um trailer, ou melhor, um fake trailer do projeto “Grindhouse” de Tarantino e Robert Rodriguez. Além de “Machete” e “Hobo With a Shotgun” que eram trailers de mentira mas que também ganharam longas depois, “Thanksgiving” era um dos que estavam ali no meio.

O trailer em si enganava bem porque parecia mesmo emular uma produção slasher dos anos 80 com uma fotografia suja e escura junto de uma voz macabra. Inclusive digo com certeza que essa pequena produção foi a melhor coisa que Eli Roth já fez. O que, convenhamos, não é lá algo muito difícil.

Mas enfim, tudo o que o trailer entregava de misterioso e macabro, o filme real apresenta hoje de forma superficial e superbatido. Em primeiro lugar, o longa de “Feriado Sangrento” se passa nos dias atuais. Então esqueça aquela aura de slasher oitentista. Aqui as mortes ocorrem em live de Instagram, com ameaças por inbox e com todos os problemas que os jovens e adultos de hoje enfrentam, tal como a ansiedade para a Black Friday.

E vejam, não é a data comemorativa de Ação de Graças que desencadeia a matança no roteiro e sim uma ação de Black Friday que dá muito errado! Imagine só um pessoal na frente do Supermercado Guanabara esperando as portas se abrirem no dia de seu esperado aniversário. Multiplique a ansiedade e a agonia popular por 10 e aí vira a turba que estava afim de entrar num Walmart genérico afim de promoções pra qualquer produto.

No meio da confusão causada pelo alvoroço do povão, um bocado de gente acaba se acidentando, é pisoteada e morre de forma trágica. E por conta do trauma, o assassino do filme resolve se vingar dos donos da loja e das pessoas que entraram ali primeiro. No entanto, não espere nenhum tipo de crítica anticapitalista ou anticonsumista, o assassino que veste uma máscara de John Carver, um dos primeiros peregrinos estadunidenses, quer apenas uma vingança macabra de forma rasteira.

E aí voltamos ao trailer… o que tinha de cena interessante ou mais soturna, no longa vira algo caricato. Sério! Além das cenas que já tínhamos visto e que são refeitas de uma forma ruim, as novas sequências criam um gore desnecessário mesmo quando sabemos que o que pode rolar é macabro. Isso porque para provar que o longa é realmente de terror, Eli Roth claro que tinha que forçar a barra e dar um tom 10 vezes acima do que a cena pede de forma gratuita.

Resumindo: Não veja! Fique com as lembranças do trailer nostálgico e assista algum slasher da época, mesmo com suas limitações. Eli Roth sequer se esforça em trazer algo novo como fizeram produções recentes como “Dezesseis Facadas” (Totally Killer) e “Morte Morte Morte” (Bodies Bodies Bodies). Ao invés de tentar um slasher diferente ou repassar a produção pra Ti West dar um clima que realmente remetesse ao trailer, Roth simplesmente fez um longa só pra gente passar raiva com um produto demasiadamente clichê.

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CRÍTICA: Imaginário – Brinquedo Diabólico (2024)

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Imaginário - Brinquedo Diabólico

Estavam com saudades de filmes da Blumhouse? Sabe como é… aquele terror superficial, meio sem graça, meio sem tensão e com uma “mensagem” inócua ao final. Se estavam querendo algo assim, corram pros cinemas pra ver “Imaginário – Brinquedo Diabólico” que está prestes a estrear no Brasil.

E assim como segue a cartilha da produtora pra filmes que (ainda) não possuem franquias de sucesso, tudo começa com um bom e manjado drama familiar. Neste caso temos um casal que resolve se mudar para a antiga casa da protagonista de forma que ela consiga se reconectar melhor com seu trabalho e superar alguns pequenos traumas de infância. Neste núcleo familiar temos um músico com duas filhas que não se dão tão bem com a nova esposa dele.

Mas bem… Jessica (DeWanda Wise), a esposa, é uma escritora bem sucedida de livros infantis que cria historinhas em que o mal não prevalece. Sua inspiração para isso veio de acontecimentos em sua infância depois que sua mãe faleceu e seu pai foi acometido de uma doença degenerativa.

Anos se passaram e agora ela está aí tentando conviver com duas meninas, uma de quinze anos e uma criança que fala da forma mais infantil possível com um estilo bem irritante. E de repente, do mais absoluto nada, Alice (Pyper Braun), a criança mimada, vai até o porão da casa e encontra um ursinho de pelúcia empoeirado ao qual dá o nome de Chauncey, se apegando a ele e interagindo como se fosse um amigo “de verdade”.

O problema é que esse amigo imaginário começa a dar ideias erradas para a criança. Tudo começa de forma inocente com ações que passam despercebidas pela madrasta até que as coisas começam a ficar bem mais estranhas a ponto de ser necessária uma intervenção de uma psicóloga.

E etc etc etc… passa-se o tempo do filme e já sacamos que o ursinho carrega uma espécie de maldição ou coisa assim. Mas não espere uma Annabelle ou um Chucky, o tal Chauncey opera de uma forma mais sutil induzindo suas vítimas a adentrarem em um tal “mundo da imaginação” onde ele prende crianças de todo canto após cumprirem certas metas.

Mas se esse lance de usar crianças em um mundo sobrenatural parece manjado desde “Poltergeist“, e mais recentemente por sequências da saga “Sobrenatural” (Insidious), saibam que este novo filme não preza pela originalidade. Temos em “Imaginário” um amontoado de clichês onde nem os sustos telegrafados causam impacto. E pra piorar tudo, ainda temos um personagem super previsível nestas produções Blumhouse: uma idosa com ar misterioso que explica tudo o que acontece para a protagonista e sabe a solução para os problemas que aparecem na metade final da história.

Assim como falei antes, é uma produção desprovida de tensão, medo e qualquer tipo de suspense. Sequer vemos sangue em cena e até a única morte da trama é offscreen. Enfim, o golpe tá aí… se quiser ver e aguentar um filme de 1h40 para ver uma mensagem edificante sobre o poder da união familiar, fique à vontade, só saiba que isso não rende um longa decente.

Escala de tocância de terror:

Título original: Imaginary
Direção: Jeff Wadlow
Roteiro: Greg Erb, Jason Oremland e Jeff Wadlow
Elenco: DeWanda Wise, Taegen Burns, Pyper Braun e outros
Ano de lançamento: 2024

* Filme visto em Cabine de Imprensa promovida pela Espaço Z

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CRÍTICA: Baghead, A Bruxa dos Mortos (2024)

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Baghead, A Bruxa dos Mortos

Após a morte de seu pai, Iris (Freya Allan, a Ciri da série “The Witcher“) herda um velho “pub” em Berlin. Recém despejada de seu apartamento, o que poderia ser a solução para seus problemas acaba virando algo ainda pior pois o local abriga uma entidade capaz de incorporar os mortos, conhecida como “Baghead“.

A criatura que oferece a oportunidade de pessoas reencontrarem seus entes que partiram, agora se encontra sob a tutela de Iris. E é aí que a nova proprietária do bar enxerga a oportunidade de sanar seus problemas financeiros graças à proposta de Neil (Jeremy Irvine, o Harry Burnstow de “A Mulher de Preto 2“), que deseja reencontrar sua falecida esposa.

BAGHEAD, 2021

O encontro com Baghead, no entanto, deve seguir uma regra: a incorporação nunca deve ultrapassar 2 minutos (pelo visto os fantasmas alemães dão 30 segundos a mais de ‘meet and greet’ do que os australianos de “Fale Comigo“) e é claro que essa regra será quebrada levando Iris, sua melhor amiga Katie (Ruby Barker) e Neil por um caminho sombrio e misterioso, onde o sobrenatural se entrelaçará com o mundo dos vivos.

BAGHEAD, 2021

Baghead: A Bruxa dos Mortos“, é a adaptação para os cinemas do curta metragem homônimo também dirigido por Alberto Corredor. Só que essa “esticada” na história é justamente o ponto mais fraco do filme. A boa direção, cinematografia e atuações se perdem entre um roteiro que se arrasta entre decisões extremamente burras dos personagens para que o filme possa evoluir e uma sucessão de previsíveis jump scares.

É um filme ruim? Não, não é. Mas se eu dissesse que é bom, estaria mentindo…

Escala de tocância de terror:

Título original: Baghead
Direção: Alberto Corredor
Roteiro: Christina Pamies, Bryce McGuire, Lorcan Reilly
Elenco: Freya Allan, Jeremy Irvine e Ruby Barker
Ano de lançamento: 2024

* Filme visto graças à cortesia da Sinny Comunicação e Imagem Filmes

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