Críticas
CRÍTICA: Holidays (2016)
Holidays é uma antologia que visa subverter os principais feriados norte-americanos e que traz alguns realizadores já conhecidos do meio do horror atual como a dupla Kevin Kolsch & Dennis Widmyer (Starry Eyes), Gary Shore (Drácula: A História Nunca Contada) e… Kevin Smith (Tusk). São sete curtas que vão desde o Dia dos Namorados até o Réveillon.
DIA DOS NAMORADOS (Kevin Kolsch & Dennis Widmyer):
No conto de abertura, acompanhamos uma adolescente que tem uma queda pelo seu professor de natação e é hostilizada pelas “amigas” por isso. Claro que isso vai dar merda! A dupla de diretores opta por um ar mais cômico e se utiliza de uma fotografia cristalina e quadros muito certinhos. Pena que perdem também muito tempo com o bullying e alucinações da protagonista, restando pouco pra o horror de fato que, quando acontece, é até bacana.

SÃO PATRÍCIO (Gary Shore):
Acompanhamos aqui uma relação meio conturbada entre uma professora de ensino primário e uma pequena aluna anti-social. A coisa fica estranha mesmo quando a professora descobre que tá grávida… de uma serpente. Isso mesmo! Apesar da insistência dos médicos pelo aborto, ela leva a gravidez até o fim e claro que isso não iria terminar bem. O que chama a atenção, além da citada premissa estrana, é o estilo de filmagem “espertinho” escolhido por Gary Shore, lembrando muito os filmes do Edgar Wright. Ah, o final é uma presepada só.

PÁSCOA (Nicholas McCarthy):
Uma garotinha decide flagrar o coelho da Páscoa em ação e acaba descobrindo que de meigo, o orelhudo não tem é nada. Esse sim, é o que tem mais cara de terror de todos! Tudo aqui é subvertido. Dos questionamentos da garota sobre Jesus ser um zumbi, ao visual grotesco e cheio de simbolismos do coelho da Páscoa. McCarthy acerta no tom sombrio e no constante clima de ameaça. Para mim, o melhor absoluto dos sete curtas!

DIA DAS MÃES (Ellen Reid & Sarah Adina Smith):
Acompanhamos uma mulher que procura sua ginecologista por não conseguir parar de engravidar. Isso mesmo! Não importa o quanto ela se previna. Se transar, pega bucho. Só que ela não quer ser mãe e aborta todas as vezes. A dupla de diretoras sabem conduzir o suspense de uma forma bem eficiente, mas quando chega no “finalmente” tudo pode soar meio confuso com relação à “lição de moral” que desejam passar.

DIA DOS PAIS (Anthony Scott Burns):
Uma garota recebe um misterioso toca fitas que ao dar play, descobre que é de seu desaparecido pai que gravou instruções de como eles podem se ver novamente depois de anos. Tudo é mostrado apenas do ponto de vista da moça que vai seguindo passo a passo cada instrução do seu pai na fita levando-a à uma experiência sinistra. Além de ser um dos mais simples e belos visualmente, é também o mais criativo e enigmático de todos.

HALLOWEEN (Kevin Smith):
Um agente de atrizes pornôs amadoras maltrata suas três atrizes que se cansam e resolvem se vingar do sujeito. O diretor da vez é o já cultuado Kevin Smith do clássico cult O Balconista e do ridículo A Presa (Tusk, 2013). O curta até que tem uma ideia boa com relação a vingança das moças, mas Smith não tem a manha de conduzir o curta com a tensão que precisa, tornando-se bobo. E a conclusão mais óbvia, mesmo que pegando o feriado mais fácil pra o horror, é que: Deu ruim de novo, Kevin Smith!

NATAL (Scott Stewart):
Neste curta temos rostos conhecidos como Seth Green (It: Uma Obra Prima do Medo). Temos aqui um pai de família que gasta o que não pode pra comprar um óculos de realidade virtual pra sua filha. O treco inclusive mostra até o que não devia. Após o pai de família de bem mostrar seu lado escroto, o Natal de sua família começa a ficar cabuloso. Apesar de ser o mais subversivo de todos e com um bom plot twist, peca no ritmo se tornando meio maçante pra um curta.

ANO NOVO (Adam Egypt Mortimer):
Esse é o que menos dá pra descrever em uma sinopse sem estragar a experiência. Logo de cara vemos uma mulher sendo torturada e morta por um homem. Logo em seguida, esse mesmo psicopata já está em um outro encontro com outra futura vítima em plena véspera de ano novo. O diretor do bom Some Kind of Hate (2015) nos confere uma violência gráfica eficiente, fechando a antologia com chave de ouro. Para este que vos escreve, o segundo melhor.

Em suma, Holidays é uma boa antologia de horror que apesar das irregularidades da maioria dos curtas, serve de passatempo em casa, pois já está disponível na Netflix.
Direção: Anthony Scott Burns, Kevin Kolsch, Nicholas McCarthy, Adam Egypt Mortimer, Ellen Reid, Gary Shore, Kevin Smith, Sarah Adina Smith, Scott Stewart, Dennis Widmyer
Roteiro: Anthony Scott Burns, Kevin Kolsch, Nicholas McCarthy, Gary Shore, Kevin Smith, Sarah Adina Smith, Scott Stewart, Dennis Widmyer
Elenco: Harley Quinn Smith, Mark Steger, Lorenza Izzo, Seth Green
Origem: EUA
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Críticas
CRÍTICA: A Longa Marcha – Caminhe ou Morra (2025)
A espetacularização do sofrimento humano diante de desafios em que as pessoas encaram seus limites não é nenhuma novidade. Em 1969, foi lançado “A Noite dos Desesperados” (They Shoot Horses, Don’t They?) em que pessoas comuns tinham que passar horas numa pista de dança durante a Grande Depressão estadunidense para ganhar um grande prêmio.
Desde então a gente vê esse tipo de trama se repetindo em diferentes contextos com personagens desesperados e desafios cada vez mais extremos. Já vimos isso em “O Sobrevivente” (The Running Man), em séries como “Round 6″ e agora em “A Longa Marcha” (The Long Walk).
Este filme, no caso, é baseado em mais uma obra do aclamado escritor Stephen King. A premissa não tem muito mistério: Num futuro distópico em que os Estados Unidos vivem sob um regime autoritário (oh wait!)… há uma competição mortal que recruta anualmente um grupo de jovens para algo que eles chamam de A Longa Marcha. Nessa maratona existem regras que não podem ser quebradas, senão a punição vem com a própria vida.
Nesta caminhada sem linha de chegada, ganha o último que resistir e obedecer ao regulamento: não pode diminuir velocidade; não pode parar para descansar; não pode sentar; não pode atrapalhar outro participante e é preciso andar o tempo todo. Como não há muito o que fazer ao longo do caminho de asfalto, os competidores se dividem entre a indiferença e a solidariedade para passar o tempo.
Desta forma, logo vemos uma série de estranhos começando a desenvolver laços de amizade e companheirismo, mesmo que seja em situações adversas como esta. E claro, é nesse percurso em conjunto que cada um dos personagens começa a contar sua história pregressa para desenvolvermos empatia com suas mais diversas motivações. Uma característica que está sempre presente nas obras de Stephen King. Mas essa empatia aí fica na tela e não dura muito, até porque o filme é literalmente uma ‘prova de resistência’.
As regras são seguidas à risca. Então quem tiver necessidades de evacuação vai ter que se virar igual a um cavalo em desfile militar: cagando e andando. E sim, o diretor Francis Lawrence, conhecido por seu trabalho à frente de quatro filmes da franquia “Jogos Vorazes”, não se faz de rogado e mete cenas assim um tanto quanto repulsivas e nojentinhas na tela.
“A Longa Marcha” também não economiza no sangue e nas cenas de morte, até porque são elas que vão pontuando o filme na medida em que os competidores vão sendo eliminados, literalmente falando. Afinal de contas, a caminhada é escoltada por milicos que atiram nos participantes após três advertências. Nesta jornada de centenas de milhas e quilômetros percorridos, não faltam motivos pros competidores serem descartados, seja por cãibra, tropeção, cansaço, sono ou surto.
E o resumo da história é essa. A câmera acompanha basicamente a jornada dos personagens rumo ao quilômetro final depois de dias e noites de sol e chuva na estrada com leves mudanças de cenário ao fundo. Sim, é chatinho, mas para não ser totalmente maçante, salpicam aqui e ali novas situações para forçar a saída dos personagens concorrentes nesta Longa Marcha.
Poderia ser uma “crítica social foda” com elementos que remetem ao militarismo e à autocracia governamental, mas tudo isso é explorado de maneira muito superficial. Não duvide que isso venha a se tornar um novo “Uma Noite de Crime” (The Purge) para explorar a origem da marcha, o fim da marcha, a nova geração da marcha, etc… O subtítulo da obra é completado com um “Caminhe ou Morra“, que poderia ser transformado para os espectadores em “Resista ou Morra (de Tédio)”.

Título original: The Long Walk
Diretor: Francis Lawrence
Roteiro: JT Mollner
Elenco: Cooper Hoffman, David Jonsson, Garrett Wareing, Mark Hamill
* Filme visto em Cabine de Imprensa promovido pela Espaço Z no Cinemark RioMar – Recife
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Críticas
CRÍTICA: Invocação Do Mal 4 – O Último Ritual (2025)
Com “Invocação Do Mal 4 – O Último Ritual” (The Conjuring: The Last Rites) estamos chegando ao fim de uma das franquias mais rentáveis no universo do cinema de horror das últimas décadas. Ao todo tivemos nove filmes deste universo compartilhado de personagens e temáticas: quatro produções da série original, três da boneca Annabelle e mais dois da Freira. Um ‘invocaverso’ que daria inveja a qualquer um dos ícones de horror que já vimos anteriormente.
Bem, destes nove, apenas dois foram dirigidos pelo midas da Blumhouse, James Wan. Os outros sete ele terceirizou. E nesta terceirização de diretores, um deles se destaca: Michael Chaves, responsável pelo terceiro e quarto filme da franquia, além do horripilante (no mal sentido) “A Freira 2“. Em sua nova empreitada, Chaves executa uma obra inofensiva e capenga, sem conseguir sequer promover sustos eficientes, com jumpscares que são previsíveis de longe sem qualquer sutileza. Isso, claro, é uma façanha.
Mas vejam, ainda não peguei pesado. Poderia dizer que o filme é enfadonho e que me deixou entediado, ansioso pelo final, mas infelizmente esse era o capítulo da franquia mais longo com 2h15min. Nesse tempo todo, tivemos diversos flashbacks, diversos easter-eggs e uma série de acenos a personagens secundários e vilões que podem ‘ressuscitar’ a franquia em spin-offs daqui a um tempo. Tendo em vista que este “Invocação Do Mal 4” já detém a marca de maior pré-venda de um filme de terror na história, essa turma vai nos assombrar por vários anos.
A história em si não apresenta nada revolucionário. É uma trama que ocorre em um imóvel muito bem assombrado por espíritos zombeteiros num subúrbio de Pittsburg. O problema é que este caso ocorre na segunda metade da década de 80, época em que o casal Warren está cansado de enfrentar tantas assombrações.
E como se não bastasse o ceticismo da Igreja e do público numa época em que a Tv e o Cinema já tinham explorado ao máximo o tema sobrenatural, a família Warren começa a aumentar e junto a ela, aparecem ameaças à sua tranquilidade. Sim, este é um exemplar do que chamamos de “terror família”, em que o mal ataca o núcleo familiar e cada um dos seus integrantes começa a questionar a fé, mas sem deixar de lado o amor pelos seus parentes.
Neste estilo de “terror família” de “Invocação do Mal 4“, as ameaças não precisam fazer sentido. Bastam assustar rapidinho para criar cenas sem sentido, unicamente para preencherem o tempo. Algumas assombrações nem tem nome e depois são rapidamente esquecidas e substituídas por outras.
Mas quem está sempre lá, onipresente, aparecendo de forma gratuita em quase todos os longas da franquia é ela: Annabelle. Aqui também ela chama atenção, muito embora sua aparição pareça estar mais ligada a um pedido de fãs ou uma obrigação contratual do que algo que tivesse relevância para o desenrolar da coisa toda.
Bem, dentre as várias falhas e furos de roteiro, aponto uma aqui bem básica. Se no capítulo anterior, Lorraine Warren era uma super sensitiva que tocava até em cadáveres para entender o que estava ocorrendo no mundo dos mortos, agora ela meio que ignora esse dom e sequer percebe os perigos que rondam sua própria filha. A Judy Warren, que por sinal foi super ignorada nos capítulos anteriores, vira protagonista e centro das atenções neste epílogo que se encerra igual a uma novela com direito a casamento e funeral.
O fato é que fomos enganados pelo primeiro “Invocação do Mal” ao achar que seria algo interessante pro cinema de horror. O primeiro longa da franquia cria uma falsa expectativa ao retomar a temática clássica de eventos sobrenaturais em casas assombradas em meio a uma profusão de produções found-footage e sobre zumbis.
Claro, era um novo ciclo e a New Line/Warner soube capitalizar bem em cima do nicho. O que depõe contra o filme é que depois vieram obras muito melhores nesta mesma temática como um “Corrente do Mal” (It Follows) e um “Fale Comigo” (Talk to Me). E mesmo neste ano, o capítulo 4 da franquia não vai chamar atenção ou ser lembrado nas retrospectivas, tendo como concorrentes de peso títulos como “Pecadores” (Sinners) ou “A Hora do Mal” (Weapons).
Se for ver e tiver algum apreço pelo Invocaverso, veja só pela curiosidade em saber como tudo acaba, porque a “lição” que este “terror família” nos dá é que não há nada mais perigoso do que nossos próprios medos. Por isso é que não fugi do desafio e fui lá encarar de frente essa bronca. E estava certo em achar que não valeria a pena, só não esperava que fosse ser tão brega e medíocre assim.

Título original: The Conjuring: Last Rites
Diretor: Michael Chaves
Roteiro: Ian Goldberg, David Leslie Johnson-McGoldrick, Richard Naing
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mia Tomlinson
Ano de lançamento: 2025
* Filme visto em cabine de imprensa promovido pela Espaço Z no UCI Tacaruna Recife.
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Críticas
CRÍTICA: Faça Ela Voltar (2025)
Dois anos após o sucesso de Fale Comigo, chega aos cinemas brasileiros o segundo filme dos irmãos Danny e Michael Philippou. Mais uma vez com distribuição da badalada A24, a dupla agora emplaca Faça Ela Voltar (Bring Her Back), um conto de horror suburbano que aborda o luto.
Após perderem o pai, os irmãos Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong) são colocados sob os cuidados de Laura (Sally Hawkins), uma ex-assistente social que faz de sua casa uma espécie de lar adotivo. Além deles, vive no local o menino Oliver (Jonah Wren Phillips), uma criança que não se comunica e possui hábitos estranhos.
Não demora para sabermos que Laura tem segundas intenções. Seu objetivo em acolher os órfãos é trazer o espírito da sua filha de volta e colocá-la no corpo de Piper. Para executar esse plano diabólico ela tem em mãos uma fita VHS que contém, literalmente, o passo a passo de um ritual satânico que, entre outras bizarrices, inclui até canibalismo.
Mitologia escatológica à parte, Faça Ela Voltar é mais sobre o sentimento da perda do que qualquer outra coisa. Mesmo retratada na maior parte do tempo como vilã metódica, Laura ainda deixa transparecer seu lado humano. Uma mulher que não aceita a partida da filha e que acaba deturpando seu amor icondicional, por puro desespero.
A dupla de irmãos também ganha sua cota de drama, quando Laura tenta jogar um contra o outro, pois Andy é um empecilho para o que ela planeja. Nada disso, porém, funcionaria se o trio de protagonistas não estivesse tão afiado. Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong conseguem passar credibilidade o tempo todo, seja nos momentos sóbrios ou nos sinistros.
O que nos leva para outro destaque do elenco: o pequeno Jonah Wren Phillips. A transformação pela qual seu Oliver passa ao longo da trama já o elevou ao status de mini ícone do terror do ano. São com ele as cenas mais perturbadoras, em ocasiões que fica quase impossível não desviar os olhos da tela.
A direção dos Philippou em Faça Ela Voltar segue competente, com ótimos enquadramentos e cuidado aos detalhes (preste atenção nos círculos). Como Piper é deficiente visual, a câmara brinca muito com imagens desfocadas, o que faz um paralelo interessante com a condição da personagem.
O roteiro, assinado em parceria com Bill Hinzman, consegue balancear bem o terror e o drama, no entanto deixa um gostinho de quero mais ao esconder muito sobre a origem do ritual. Mas isso é apenas eu reclamando de barriga cheia (o trocadilho fará sentido quando você assistir ao filme).

Título original: Bring Her Back
Direção: Danny Philippou e Michael Philippou
Roteiro: Danny Philippou e Bill Hinzman
Elenco: Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong
Origem: Austrália
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17 de agosto de 2016 at 16:08
Gostei! O da Páscoa é de longe o melhor! O do Halloween podia ser cortado..
Júlio César Carvalho
17 de agosto de 2016 at 23:42
Verdade! Mas o de Halloween poderia ser refeito por alguém mais competente, até pq é uma data bem icônica e não poderia faltar, né? Uma pena Hahaha…
thiago Rodrigues
28 de setembro de 2017 at 08:25
Para mim o dia das mães é o melhor dos curtas.
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