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DICA DA SEMANA: Pontypool (2009)

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Pontypool

Aproveitando que o dia 16 de abril é celebrado o “Dia Mundial da Voz” minha DICA DA SEMANA vem lá do frio canadense para soar como música aos ouvidos de nossos queridos leitores ávidos por sangue, morte e destruição.

Inspirado pela notória transmissão de Guerra dos Mundos” feita por Orson Welles em 1938, “Pontypool” (2009), adaptação do livro “Pontypool Changes Everything“, foi produzido tanto para os cinemas quanto para o rádio (veiculado pela BBC também em 2009) e correu o mundo pelos festivais do gênero.

O filme conta a história de Grant Mazzy (Stephen McHattie), radialista que por acaso está no ar durante o que seria apenas mais uma noite fria na pequena cidade de Pontypool. Durante seu horário, ele começa a receber relatos estranhos durante sua transmissão. Junto com Sydney (Lisa Houle, que é casada com McHattie na “vida real”) e Laurel (Georgina Reilly), eles passam a maior parte dessa história sentados na estação tentando juntar as peças através das várias ligações dos moradores da cidade.

E esse é o “pulo do gato” do filme. Assim como os protagonistas, temos que recorrer à nossa imaginação para acompanhar todo o horror e violência que está ocorrendo dentro das fronteiras da cidade, tendo como referência apenas os relatos que vão chegando.

Tudo começa lentamente com a equipe sendo informada de que uma multidão de pessoas está atacando o escritório do Dr. John Mendez. A partir daí, relatos de baderna e assassinatos vão chegando aos montes. Todos não confirmados, mas verdadeiramente críveis graças ao medo presente nas vozes de cada interlocutor. Certo tempo depois, o Dr. Mendez (Hrant Alianak) chega à emissora, temendo por sua vida, e tentará assim ajudar a conectar os pontos que faltam nessa trama.

O que seria apenas mais um filme de zumbis, gênero já bem desgastado, ganha força a partir da narrativa construída e também pela criatividade na forma escolhida para a infecção das criaturas. Nada do velho “mordeu, morreu, renasceu” aqui. As pessoas estão se tornando enlouquecidas, violentas e desesperadas em busca do sabor da morte devido a um vírus espalhado por… palavras. Isso! Se você compreender e ouvir uma determinada palavra, ela pode desencadear sua transformação. Que doideira, hein?

Na época do lançamento, Bruce McDonald, o diretor do filme, disse que as vítimas do vírus são chamadas de “conversadores” e não “zumbis”. Ao descrever os estágios do vírus, McDonald disse: “Existem três estágios. O primeiro estágio é quando você começa a repetir uma palavra. Algo fica preso. E geralmente são palavras que são termos carinhosos, como ‘querido’ ou ‘docinho’. O segundo estágio é quando sua linguagem fica confusa e você não consegue se expressar adequadamente. O terceiro estágio é quando você fica tão perturbado com sua condição que a única maneira de sair do que você sente, como pessoa infectada, é tentar mastigar a boca de outra pessoa“.

Trivia: O autor do livro e do roteiro, Tony Burgess, faz uma pontinha no filme como o cantor da banda “Lawrence and the Arabians”.

Essa belezura que entra no meu “Top 10 filmes de zumbis“, mesmo não sendo um filme de zumbi, está disponível nessa distribuição não oficial aqui no YouTube. Divirtam-se!

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Simpático de corpo™ Vimeo: https://vimeo.com/jotabosco/ Youtube: https://www.youtube.com/user/sonicbosco/videos

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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)

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A Volta dos Mortos-Vivos 3

Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.

Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.

Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.

E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.

Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.

Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.

A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.

Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.

O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.

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DICA DA SEMANA: Criatura da Noite (1982)

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Criatura da Noite

Mais uma Dica da Semana do sommelier de obscuridades e filmes B que vos fala, ou seja, mais uma pérola indicada para pessoas de gosto esquisito. Desta vez, vamos de CRIATURA DA NOITE (Nightbeast, 1982), exemplar do chamado ‘regional horror’ que tanto nos entregou filmes pra lá de divertidos produzidos com baixíssimo orçamento. O título de hoje não é exceção.

A premissa não poderia ser mais simples: nave espacial com um alienígena malvado acaba caindo no Planeta Terra, mais precisamente em uma pequena cidade do interior dos EUA.

Basta o bichão sair da nave, que explode logo em seguida, para começar um massacre. O xerife e uma delegada, junto com alguns bravos e corajosos civis, lutam pela sua sobrevivência e a dos demais moradores do lugar.

CRIATURA DA NOITE é uma espécie de sequência/remake de THE ALIEN FACTOR, pelo seu mesmo diretor, Don Dohler. O cineasta de Baltimore, Maryland (mesma terra natal de ninguém menos que John Waters) se especializou em filmes ultra baratos que entregam aquilo que o povão gosta. Com menos de 15 minutos de filme, já vemos a criatura alienígena por completo e um bom número do total de mortes que ela causa ao longo do desenrolar da história.

Não faltam atuações canastronas e péssimas do elenco de amadores, criatividade no uso dos (poucos) recursos ao alcance da produção e efeitos práticos e visuais que às vezes surpreendem por serem até legais para um filme ‘gore’ tão barato dos anos 80 ou por serem MUITO risíveis. Também deve ser dado um destaque para o registro daquela que deve ser a cena de sexo mais constrangedora da história do gênero.

Sabemos que CRIATURA DA NOITE tem falhas evidentes: o bom ritmo não se sustenta por muito tempo, assim como o excesso de personagens com diálogo que fazem o alienígena aparecer menos (se bem que a extensa maioria vira defunto). Aliás, o filme tem um total de quase 30 mortes em seus 82 minutos de duração. Mas o fato é que o filme, com todo o seu charme e ingenuidade, diverte mais qualquer espectador do que muita produção multi-milionária dos dias de hoje.

Com distribuição internacional dos nossos queridos amigos da Troma, CRIATURA DA NOITE chegou a ser lançado no Brasil somente em VHS. O filme está disponível com cópia restaurada na plataforma Tubi.tv (com opção de legenda em inglês) ou em qualidade inferior no YouTube (sem legenda).

Curiosidade: Uma boa parcela da trilha sonora foi composta pelo hoje famoso roteirista, produtor e diretor J.J. Abrams que então era um garoto de 16 anos.

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DICA DA SEMANA: A Vila (2004)

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A Vila

Para algumas pessoas, 2004 foi o ano em que a carreira de M. Night Shyamalan desandou. Foi quando “A Vila” saiu. Essas pessoas, no entanto, estão completamente enganadas. Você pode até não embarcar na história de crítica ao mundo violento dos dias de hoje ou na história de amor entre a dupla de protagonistas, mas é inegável a parte técnica do filme e os detalhes narrativos que permeiam o roteiro.

Em “A Vila“, acompanhamos uma comunidade rural americana do século XIX, que vive isolada do resto do mundo. Por conta disso, o povoado sofre com alguns problemas, como a falta de acesso a medicamentos. Quando uma criança fica doente e morre, Lucius (Joaquin Phoenix) pede autorização aos conselho de anciões para ir até a cidade mais próxima e adquirir os remédios que lhes faltam.

O simples pedido, no entanto, tem um grande empecilho. A floresta que rodeia o vale é habitada por criaturas monstruosas, que proíbem os humanos de entrar em seus domínios. Acostumado a criar reviravoltas em seus enredos, Shyamalan já nos dá a primeira bem antes do fim, quando a história muda de protagonista e Ivy Walker (Bryce Dallas Howard) entra em cena.

Após um ataque de ciúmes, Noah Percy (Adrien Brody) esfaqueia Lucius e cabe a Ivy, que é cega, se encarregar da ideia inicial e partir rumo ao desconhecido para conseguir os remédios que salvarão a vida do seu noivo. É aí que começam as grandes discussões da obra. Os líderes da comunidade temem que seu isolamento, algo construído a duras penas e tido como um ideal de vida, chegue ao fim caso um dos jovens deixe a vila.

Por outro lado, o chefe do povoado, Edward Walker (William Hurt), se sente responsável pelo acontecimento, já que a vida de Lucius não está em risco por um acidente ou doença e sim por uma tentativa de assassinato. É nos explicado que aquele aglomerado de pessoas escolheu seu estilo de vida para fugir da violência do mundo exterior, então aquilo que eles mais temiam ocorreu em seu santuário.

Como eu disse anteriormente, talvez as metáforas do roteiro não agradem todo mundo, mas se é terror que vocês querem, tem também. Começo elogiando a forma como Shyamalan filma as criaturas, mostrando-as sempre por detalhes e algumas vezes fora de foco para manter o mistério sobre sua aparência. Até mesmo quando o diretor nos revela o grande segredo. A cena de perseguição na floresta é outro grande momento.

Destaco também as atuações do trio Bryce Dallas Howard, Joaquin Phoenix e Adrien Brody. Esses dois últimos protagonizam uma cena de tentativa de assassinato dirigida de forma quase brilhante. Enfim, tem gente que odeia “A Vila” mas eu amo, vi no cinema e já virei fã desde aquela época. Para quem quiser conhecer ou rever tem no streaming da Disney+.

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