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DICA DA SEMANA: Pesadelos do Passado (2012)

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Pesadelos do Passado

Dirigido e escrito por Nicholas McCarthy, PESADELOS DO PASSADO (The Pact) é um belo exemplar de terror slow burn. O filme não tem qualquer pretensão de reinventar a roda, mas é sempre um prazer assistir a um longa do gênero com um ótimo roteiro, boas atuações e que sabe como entregar suspense e tensão ao longo de sua narrativa. Existem algumas falhas, mas nada que seja tão gritante a ponto de estragar a experiência como um todo.

A história tem início quando Nichole Barlow (Agnes Bruckner) volta para a sua cidade natal com a filha pequena devido ao falecimento de sua mãe. Com a garotinha aos cuidados de sua prima Liz (Kathleen Rose Perkins), ela vai passar a noite na antiga casa que cresceu e liga para a irmã Annie (Catie Lotz), tentando convencê-la a ir ao funeral. Annie deixa mais do que claro que odeia a casa e que também odiava a mãe, lembrando do quanto ela era uma pessoa abusiva para as duas.

Apesar do atrito entre irmãs, Annie é convencida a participar do funeral. O porém é que ela chega na casa e Nichole está sumida, com o carro na garagem e sem ter dado nenhuma notícia para Liz. É depois de outro desaparecimento na família que Annie tem uma estranha experiência sobrenatural nessa casa de infância que ela tanto queria não ter de voltar. Bom… pra não correr o risco de entregar algum ‘spoiler’, melhor ficarmos por aqui.

O diretor e roteirista McCarthy nunca entrega tudo de uma vez, preferindo revelar o que está por trás dos estranhos acontecimentos com a protagonista sem nenhuma pressa, mas também sem ferrar com a paciência do espectador. Outro ponto positivo em PESADELOS DO PASSADO é a maneira como a ‘casa assombrada’ da produção é tão comum, idêntica a qualquer casa de subúrbio classe média estadunidense, decorada com cortinas e papéis de parede dos mais simples e baratos.

Catie Lotz, que está excelente, e sua protagonista Annie também são boas surpresas. Ela não é uma mera “scream queen” e sim, a pessoa que precisa resolver o mistério e confrontar o que houve de mais horrível com o passado de sua família naquela casa. Aqui não tem homem sendo visto como salvador de uma mulher fraca e indefesa. Esse personagem poderia ser o policial interpretado por Casper Van Dien, mas não o é. O ex-jovem galã de séries de TV, sempre mais lembrado pelo seu Johnny Rico de TROPAS ESTELARES, está bem eficiente no papel do homem da lei que, embora cético, tenta ajudar Nicole a descobrir o que está acontecendo.

O êxito de PESADELOS DO PASSADO no home video e Netflix americana (onde o filme virou um hit pela propaganda boca-a-boca) acabou gerando uma sequência desnecessária lançada dois anos depois. Este rapaz que vos escreve não chegou a ver, mas o consenso é que se trata de um longa inferior.

Um dos filmes de horror mais bacanas e subestimados desta última década está disponível a um clique de distância no catálogo do Prime Video. Pena que está em uma cópia SD e não em HD (apesar de também ter sido lançado em Blu-Ray no Brasil), mas dá para assistir ao filme tranquilamente.

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DICA DA SEMANA: Aterrorizante (2016)

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Até que enfim, trago um slasher para a dica da semana. Ultimamente, imagens de um palhaço sinistro tem rodado as redes sociais e despertado o interesse de quem é fã de terror. Estas cenas são do recém lançado ATERRORIZANTE 2 (Terrifier 2, 2022). Mas a dica não é deste, mas sim do seu antecessor: ATERRORIZANTE (Terrifier, 2016), longa de seis anos atrás.

Escrito e dirigido por Damien Leone, ATERRORIZANTE é um slasher brutal no qual acompanhamos um palhaço cabuloso que toca o terror numa noite de Halloween matando qualquer um que cruza seu caminho. O filme tem um roteiro que não se propõe à profundidade e é cheio de situações que forçam a barra pra trama andar, mas compensa pela boa direção.

Bem filmado e fotografado, ATERRORIZANTE tem uma violência extremamente gráfica. É daquela dói de ver! Os efeitos práticos são criativos, funcionam muito bem dentro da proposta e provavelmente vai te fazer desviar o olhar da tela em alguns momentos. A fotografia é bem estilosa e com cores vivas, trazendo um clima mais surreal pra toda trasheira apresentada.

Assim como Myers, Jason e muitos outros em suas respectivas franquias, o palhaço Art é a força que move o filme. Sem dizer nada, David Howard Thornton manda muito bem nas expressões faciais e corporais, nos conferindo um psicopata sádico, debochado e imprevisível, pois quando se acha que ele vai aloprar, ele, não só dobra a aposta, mas subverte qualquer “regra” de assassino em série do gênero que se espera.

É curioso que Art não surge neste “primeiro” filme, mas sim em um curta homônimo de 2011 e em um longa de 2013 chamado ALL HALLOW’S EVE (2013), sendo todos do mesmo diretor/roteirista.

Em suma, é um filme chocante e sem escrúpulos que é recomendável pra quem curte uma bagaceira com muito sangue. Se você é esta pessoa doente, vai fundo que este slasher vai te divertir. ATERRORIZANTE se encontra no catálogo da Amazon Prime Video.

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DICA DA SEMANA: Night Train to Terror (1985)

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Night Train to Terror

Vez por outra a gente comenta ou recomenda antologias. De antologias antigas, boa parte vem da década de 1970. Mas desta vez estou aqui para citar “Night Train to Terror“, uma obra que vem dos loucos Anos 80 com um certo grau de ousadia, gore e transgressão.

Disponível no catálogo do Mubi, “Night Train to Terror” traz simplesmente como anfitriões ninguém menos do que Deus e o Diabo jogando xadrez num vagão de trem que passeia pelo espaço rumo à destruição total. Durante a jornada, ambos se questionam sobre a natureza humana e o livre arbítrio que faz com que umas pessoas façam coisas inimagináveis. E é aí onde entram os casos que viram sequências desta antologia.

De antemão, digo que o primeiro (“The Case of Harry Billings“) é o mais problemático. Por ter sido derivado de um outro filme não concluído, as cenas foram editadas de forma a caber nessa obra de uma maneira meio apressada. É uma clássica trama de cientistas loucos onde Harry Billings vira um homem em transe que se submete às ordens de um médico que quer obter mais “pacientes” e órgãos de forma ilegal para comercializar. Ok, tem um fiapo de história, mas podia ter sido melhor.

Já no segundo segmento (“The Case of Gretta Connors“), vemos um caso de traição e vingança. O que seria uma clássica história de amor à primeira vista, logo se torna um caso de psicopatia e ambição em que a jovem Gretta Connors se torna atriz pornô ao se envolver com um empresário de meia idade. Não bastasse essa reviravolta na carreira da mulher, ela entra na mira de outro sujeito que se apaixona por ela ao ver sua performance adulta. Mas aí, os planos do marido traído serão bem mais ardilosos quando ela convida o casal para participar de um clube, que não é de swing, mas de um culto à morte. Veja só a doideira!

Por fim, “The Case of Claire Hansen” é o que aparenta ter um roteiro mais intrincado, mas que sofre um pouco por efeitos especiais que ficam no limite entre a criatividade e a precariedade. Desta vez, temos uma cirurgiã renomada que começa a ter pesadelos sobre demônios e nazistas. Em paralelo, seu marido que é um escritor ganhador do Prêmio Nobel, começa a divulgar um novo livro com temática bastante polêmica para pessoas religiosas. Em meio a alucinações, acontecimentos estranhos e mortes esquisitas que os protagonistas testemunham, existe ainda um misterioso homem que se revela ser um servo de Satã operando maldades há séculos.

E entre uma história e outra, Deus e o Diabo voltam à cena para comentar o ocorrido e questionar o destino da humanidade enquanto em outro vagão uma turma bota pra quebrar com sexo, drogas e rock’n’roll. Gratuito? Exagerado? Violento? Claro, mas “Night Train to Terror” é meio que uma síntese dos Anos 80.

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DICA DA SEMANA: Saint Maud (2019)

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Eu me perguntei um dia desses: o que foi que aconteceu para a gente nunca ter falado de Saint Maud aqui no Toca o Terror? Provavelmente o motivo foi a bagunça que é para filmes mais alternativos serem lançados oficialmente no Brasil. Falamos em algum programa na rádio, mas texto não rolou. Bom, esse erro será corrigido hoje, graças à sua, à minha, à nossa Dica da Semana.

Em uma cidade litorânea do norte da Inglaterra, a enfermeira Maud (Morfydd Clark) é designada como cuidadora da ex-bailarina e coreógrafa Amanda (Jennifer Ehle), que vive sozinha e enfrenta um linfoma na medula em fase terminal. Essa relação desencadeia uma série de atritos, pois, enquanto a jovem é extremamente católica, a paciente adora os prazeres mundanos.

Com um trauma em seu passado recente, Maud encara o emprego na casa de Amanda como uma missão divina: salvar a alma daquela mulher depravada à beira da morte e mandá-la para o céu. É aí, claro, que as coisas começam a se complicar. Produzido pela A24, o filme é o primeiro longa da carreira da diretora Rose Glass e é uma alegoria magnífica sobre fanatismo religioso, mas paremos por aqui. Saint Maud é curto, só tem 1h20, então falar mais é certeza de spoiler.

Para finalizar, vale destacar o desempenho de Morfydd Clark. Hoje mundialmente conhecida pelo papel da elfa Galadriel, na Série d’O Senhor dos Anéis, a atriz sueca dá show como a enfermeira confusa que tenta interpretar sinais divinos em tudo que vê. O filme está disponível nos streamings Prime Video e Apple TV. Se você tem TV por assinatura, ele entrou recentemente na programação do canal Space e, vira e mexe, passa por lá. Com o perdão do trocadilho, vá na fé.

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