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CRÍTICA: Garota Sombria Caminha Pela Noite (2014)

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Garota que Anda à Noite

Já virou piada interna nos podcasts do Toca o Terror, sacanear o estilo lento dos filmes iranianos. Mas não é que uma produção de horror ambientada na terra dos aiatolás colecionou críticas positivas e se transformou em uma das mais esperadas desse ano? Mas, calma, não é bem por aí. Na verdade, A Garota que Anda à Noite (A Girl Walks Home Alone at Night) é uma produção americana e foi toda filmada na Califórnia.

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O filme é o primeiro longa da diretora e roteirista Ana Lily Amirpour (inglesa de descendência iraniana) e é baseado em um curta do mesmo nome, que ela realizou em 2011. Falado em persa e ambientado na cidade fictícia de Bad City, lar de prostitutas, drogados e cafetões, A Garota que Anda à Noite, porém, não é um filme de horror tradicional e sim mais um caso de enredo que se apropria da figura do vampiro e a usa como metáfora para os dramas da vida real.

Em Bad City, o jardineiro Arash (Arash Marandi) sofre com problemas financeiros por conta do pai viciado em heroína e, por um acaso do destino, se transforma em traficante. Na mesma cidade, a vampira (interpretada por Sheila Vand) sai pelas ruas em busca de sangue e aproveita para dar uma de justiceira atacando os cidadãos fora da lei. Quando os dois acabam se conhecendo, surge o romance da trama.

A Girl Walks Home Alone at Night

O longa tem todo aquele climão de filme de arte: ritmo lento, poucos diálogos e belas imagens, além de ser rodado em preto e branco. O problema é que ele cansa, principalmente pelo fato de os personagens serem muito superficiais. O início da história, mostrando a vida difícil de Arash faz com que você se afeiçoe a ele, mas o mesmo não acontece com os outros.

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A protagonista feminina até causa uma curiosidade por conta do figurino (não lembro de ter visto outra produção que mostrava uma vampira de burca), mas a ausência de informações sobre ela a transforma em um tipo de alegoria visual, porém sem muita essência. O roteiro é de fácil digestão, mas nos deixa a impressão de que não trouxe nada de novo. A Garota que Anda à Noite é uma interessante experiência estética, mas não passa disso.

Escala de tocância de terror:

Título original: A Girl Walks Home Alone at Night
Direção: Ana Lily Amirpour
Roteiro: Ana Lily Amirpour
Elenco: Sheila Vand, Arash Marandi, Marshall Manesh
Origem: EUA

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0 Comments

  1. rosana

    10 de setembro de 2015 at 11:39

    muito bom

  2. lee (@lemecoRJ)

    4 de novembro de 2015 at 19:17

    Hj em dia qualquer filme mais ou menos com um tom diferente já vira alvo pra se tornar cult pelos pseudos intelectuais da internet. Muita gente falando bobagens sobre esse filme em alguns sites e blogs. Também não vi nada demais pra se tornar um dos melhores do ano.

  3. Abraão St

    16 de novembro de 2015 at 17:04

    Vc vêm em um site achando que vai encontrar uma crítica inteligente e acha isso! hahaha Fala sério! Nem se quer tenta se aprofundar na análise e entender a essência do filme! Acho que deveria comentar futebol, e olhe lá!
    O filme é superficial apenas para mentes preguiçosas que o assistem esperando um terror e terminam decepcionados por não encontrar carnificina e peitos.
    A obra deve ser analisada como um todo, os personagem são superficiais pois não são importantes de forma individual.
    ———————————SPOILER—–SPOILER—–SPOILER—–SPOILER———————————–
    O que deveria ter sido comentado aqui.
    1- As imagens das bombas de petróleo que sempre aparecem durante a primeira parte do filme parecem está relacionadas a rotina dos personagens…. Devido ao movimento repetido que elas têm.
    2- Todos no elenco não são apenas personagens, são representações de classes distintas.
    –Arash: Representa os jovens que passam por dilemas comuns no dia a dia, como problemas familiares, financeiro ou afetivos. Ele é corajoso pra coisas inconsequentes e covarde para tomar decisões necessárias. É afetado pelo pai e não faz nada para mudar a situação (até mesmo contribui para manter) e em contra partida decide com coragem tomar uma pílula de extasy por ter sido oferecida por uma garota bonita. Ele é a representação genérica de um jovem!
    –Pai de Arash: Representação genérica de um adulto arruinado. Hossein reúne muitas das coisas que pode arruinar um adulto como: Um amor perdido, vício, desempregado, sem perspectiva de futuro pois já é velho e totalmente dependente do filho. Ao mesmo tempo que é consciente de causar danos a vida de Arash, Hossein não vê uma saída para o problema por não ter forças para lutar.
    –Saeed: Representação da sociedade corrompida, desprovido de valores ou moral ele é cafetão, traficante, viciado, violento, ladrão, egocêntrico, narcisista e tudo que não presta (inclusive covarde!).
    –Atti: Representação daqueles que perderam seus sonhos e apenas “vegetam” sem saber qual o objetivo de suas vidas. Ela escolheu ser prostituta (a profissão aqui representa, de forma genérica, um grande sacrifício para alcançar um sonho) para juntar dinheiro e mudar de país, mas fica claro no decorrer do filme que ela já não busca mas nada… tornou-se triste e vazia, ela agora apenas “vive”.
    –O travesti (não lembro se fala o nome dele durante o filme): Representa todas as classes discriminadas por algum motivo. Ele olha para Arash no começo do filme e o olhar ao mesmo tempo que passa a ideia de flerte, também pode passar a imagem de alguém muito solitário desejando se aproximar (como um cão que quer se aproximar de um humano mas tem medo do que pode lhe acontecer). Essa ideia se reforça durante o decorrer do filme onde na festa as pessoas o cumprimentam mas no dia seguinte ele está dançando sozinho com um balão.
    –A criança: Representa a ingenuidade sendo modificada por observar o barbárie a sua volta. Ele percebe que Arash roubou o gato (provavelmente até sabia de quem era), Arash lhe dá um conselho que se quer dinheiro tem que trabalhar contudo mais tarde o garoto vê-lo vendendo drogas na sua rua. Ele também presencia a desova do corpo de Hossein e olha para o cadaver no final do filme demonstrando muita tranquilidade e quando e questionado se é um bom garoto ele responde que sim mas fica claro, pela reação da vampira, que ele estava mentindo.
    –Shaydah: Talvez a única representação superficial do filme, contudo é exatamente isso que deveria representar! Ela está no filme como um contraste entre soberbos e humildes e a diferença entre seus valores. A cena que mostra isso é Arash pagando muito dinheiro ao sair do hospital, por ter tratado a sua mão que já estava machucada a dias e ela tirando a bandagem do nariz que passa a ideia de ter sido uma plástica.
    A GAROTA: Ao meu ver, é uma representação da morte que acompanha a prostituta no dia a dia, que chegou para Houssin e Saeed por consequência, que chega para um mendigo num beco escuro em uma noite fria, que assusta os garotos e que flerta com os jovens! Arash flertou com a morte após a festa e lhe pareceu libertador (Minha ideia é baseada no fato de Arash está muito depressivo e pensativo naquele momento e poderia ter chegado a conclusão que tudo seria bem melhor se morresse, por isso a morte é tão atraente para ele.) e quando descobre que seu pai morreu ele fica um pouco revoltado e um pouco triste mas no final decide seguir viagem com ela.

    Obs: Para essa conclusão também me baseio na letra(e no nome) da música “Death” do White Lies que é tocada na casa da garota no primeiro encontro deles.

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CRÍTICA: A Longa Marcha – Caminhe ou Morra (2025)

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A Longa Marcha

A espetacularização do sofrimento humano diante de desafios em que as pessoas encaram seus limites não é nenhuma novidade. Em 1969, foi lançado “A Noite dos Desesperados” (They Shoot Horses, Don’t They?) em que pessoas comuns tinham que passar horas numa pista de dança durante a Grande Depressão estadunidense para ganhar um grande prêmio.

Desde então a gente vê esse tipo de trama se repetindo em diferentes contextos com personagens desesperados e desafios cada vez mais extremos. Já vimos isso em “O Sobrevivente” (The Running Man), em séries como “Round 6″ e agora em “A Longa Marcha” (The Long Walk).

Este filme, no caso, é baseado em mais uma obra do aclamado escritor Stephen King. A premissa não tem muito mistério: Num futuro distópico em que os Estados Unidos vivem sob um regime autoritário (oh wait!)… há uma competição mortal que recruta anualmente um grupo de jovens para algo que eles chamam de A Longa Marcha. Nessa maratona existem regras que não podem ser quebradas, senão a punição vem com a própria vida.

Nesta caminhada sem linha de chegada, ganha o último que resistir e obedecer ao regulamento: não pode diminuir velocidade; não pode parar para descansar; não pode sentar; não pode atrapalhar outro participante e é preciso andar o tempo todo. Como não há muito o que fazer ao longo do caminho de asfalto, os competidores se dividem entre a indiferença e a solidariedade para passar o tempo.

Desta forma, logo vemos uma série de estranhos começando a desenvolver laços de amizade e companheirismo, mesmo que seja em situações adversas como esta. E claro, é nesse percurso em conjunto que cada um dos personagens começa a contar sua história pregressa para desenvolvermos empatia com suas mais diversas motivações. Uma característica que está sempre presente nas obras de Stephen King. Mas essa empatia aí fica na tela e não dura muito, até porque o filme é literalmente uma ‘prova de resistência’.

As regras são seguidas à risca. Então quem tiver necessidades de evacuação vai ter que se virar igual a um cavalo em desfile militar: cagando e andando. E sim, o diretor Francis Lawrence, conhecido por seu trabalho à frente de quatro filmes da franquia “Jogos Vorazes”, não se faz de rogado e mete cenas assim um tanto quanto repulsivas e nojentinhas na tela.

A Longa Marcha” também não economiza no sangue e nas cenas de morte, até porque são elas que vão pontuando o filme na medida em que os competidores vão sendo eliminados, literalmente falando. Afinal de contas, a caminhada é escoltada por milicos que atiram nos participantes após três advertências. Nesta jornada de centenas de milhas e quilômetros percorridos, não faltam motivos pros competidores serem descartados, seja por cãibra, tropeção, cansaço, sono ou surto.

E o resumo da história é essa. A câmera acompanha basicamente a jornada dos personagens rumo ao quilômetro final depois de dias e noites de sol e chuva na estrada com leves mudanças de cenário ao fundo. Sim, é chatinho, mas para não ser totalmente maçante, salpicam aqui e ali novas situações para forçar a saída dos personagens concorrentes nesta Longa Marcha.

Poderia ser uma “crítica social foda” com elementos que remetem ao militarismo e à autocracia governamental, mas tudo isso é explorado de maneira muito superficial. Não duvide que isso venha a se tornar um novo “Uma Noite de Crime” (The Purge) para explorar a origem da marcha, o fim da marcha, a nova geração da marcha, etc… O subtítulo da obra é completado com um “Caminhe ou Morra“, que poderia ser transformado para os espectadores em “Resista ou Morra (de Tédio)”.

Escala de tocância de terror:

Título original: The Long Walk
Diretor: Francis Lawrence
Roteiro: JT Mollner
Elenco: Cooper Hoffman, David Jonsson, Garrett Wareing, Mark Hamill

* Filme visto em Cabine de Imprensa promovido pela Espaço Z no Cinemark RioMar – Recife

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CRÍTICA: Invocação Do Mal 4 – O Último Ritual (2025)

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Invocação Do Mal 4

Com “Invocação Do Mal 4 – O Último Ritual” (The Conjuring: The Last Rites) estamos chegando ao fim de uma das franquias mais rentáveis no universo do cinema de horror das últimas décadas. Ao todo tivemos nove filmes deste universo compartilhado de personagens e temáticas: quatro produções da série original, três da boneca Annabelle e mais dois da Freira. Um ‘invocaverso’ que daria inveja a qualquer um dos ícones de horror que já vimos anteriormente.

Bem, destes nove, apenas dois foram dirigidos pelo midas da Blumhouse, James Wan. Os outros sete ele terceirizou. E nesta terceirização de diretores, um deles se destaca: Michael Chaves, responsável pelo terceiro e quarto filme da franquia, além do horripilante (no mal sentido) “A Freira 2“. Em sua nova empreitada, Chaves executa uma obra inofensiva e capenga, sem conseguir sequer promover sustos eficientes, com jumpscares que são previsíveis de longe sem qualquer sutileza. Isso, claro, é uma façanha.

Mas vejam, ainda não peguei pesado. Poderia dizer que o filme é enfadonho e que me deixou entediado, ansioso pelo final, mas infelizmente esse era o capítulo da franquia mais longo com 2h15min. Nesse tempo todo, tivemos diversos flashbacks, diversos easter-eggs e uma série de acenos a personagens secundários e vilões que podem ‘ressuscitar’ a franquia em spin-offs daqui a um tempo. Tendo em vista que este “Invocação Do Mal 4” já detém a marca de maior pré-venda de um filme de terror na história, essa turma vai nos assombrar por vários anos.

A história em si não apresenta nada revolucionário. É uma trama que ocorre em um imóvel muito bem assombrado por espíritos zombeteiros num subúrbio de Pittsburg. O problema é que este caso ocorre na segunda metade da década de 80, época em que o casal Warren está cansado de enfrentar tantas assombrações.

E como se não bastasse o ceticismo da Igreja e do público numa época em que a Tv e o Cinema já tinham explorado ao máximo o tema sobrenatural, a família Warren começa a aumentar e junto a ela, aparecem ameaças à sua tranquilidade. Sim, este é um exemplar do que chamamos de “terror família”, em que o mal ataca o núcleo familiar e cada um dos seus integrantes começa a questionar a fé, mas sem deixar de lado o amor pelos seus parentes.

Neste estilo de “terror família” de “Invocação do Mal 4“, as ameaças não precisam fazer sentido. Bastam assustar rapidinho para criar cenas sem sentido, unicamente para preencherem o tempo. Algumas assombrações nem tem nome e depois são rapidamente esquecidas e substituídas por outras.

Mas quem está sempre lá, onipresente, aparecendo de forma gratuita em quase todos os longas da franquia é ela: Annabelle. Aqui também ela chama atenção, muito embora sua aparição pareça estar mais ligada a um pedido de fãs ou uma obrigação contratual do que algo que tivesse relevância para o desenrolar da coisa toda.

Bem, dentre as várias falhas e furos de roteiro, aponto uma aqui bem básica. Se no capítulo anterior, Lorraine Warren era uma super sensitiva que tocava até em cadáveres para entender o que estava ocorrendo no mundo dos mortos, agora ela meio que ignora esse dom e sequer percebe os perigos que rondam sua própria filha. A Judy Warren, que por sinal foi super ignorada nos capítulos anteriores, vira protagonista e centro das atenções neste epílogo que se encerra igual a uma novela com direito a casamento e funeral.

O fato é que fomos enganados pelo primeiro “Invocação do Mal” ao achar que seria algo interessante pro cinema de horror. O primeiro longa da franquia cria uma falsa expectativa ao retomar a temática clássica de eventos sobrenaturais em casas assombradas em meio a uma profusão de produções found-footage e sobre zumbis.

Claro, era um novo ciclo e a New Line/Warner soube capitalizar bem em cima do nicho. O que depõe contra o filme é que depois vieram obras muito melhores nesta mesma temática como um “Corrente do Mal” (It Follows) e um “Fale Comigo” (Talk to Me). E mesmo neste ano, o capítulo 4 da franquia não vai chamar atenção ou ser lembrado nas retrospectivas, tendo como concorrentes de peso títulos como “Pecadores” (Sinners) ou “A Hora do Mal” (Weapons).

Se for ver e tiver algum apreço pelo Invocaverso, veja só pela curiosidade em saber como tudo acaba, porque a “lição” que este “terror família” nos dá é que não há nada mais perigoso do que nossos próprios medos. Por isso é que não fugi do desafio e fui lá encarar de frente essa bronca. E estava certo em achar que não valeria a pena, só não esperava que fosse ser tão brega e medíocre assim.

Escala de tocância de terror:

Título original: The Conjuring: Last Rites
Diretor: Michael Chaves
Roteiro: Ian Goldberg, David Leslie Johnson-McGoldrick, Richard Naing
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mia Tomlinson
Ano de lançamento: 2025

* Filme visto em cabine de imprensa promovido pela Espaço Z no UCI Tacaruna Recife.

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CRÍTICA: Faça Ela Voltar (2025)

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Faça Ela Voltar

Dois anos após o sucesso de Fale Comigo, chega aos cinemas brasileiros o segundo filme dos irmãos Danny e Michael Philippou. Mais uma vez com distribuição da badalada A24, a dupla agora emplaca Faça Ela Voltar (Bring Her Back), um conto de horror suburbano que aborda o luto.

Após perderem o pai, os irmãos Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong) são colocados sob os cuidados de Laura (Sally Hawkins), uma ex-assistente social que faz de sua casa uma espécie de lar adotivo. Além deles, vive no local o menino Oliver (Jonah Wren Phillips), uma criança que não se comunica e possui hábitos estranhos.

Não demora para sabermos que Laura tem segundas intenções. Seu objetivo em acolher os órfãos é trazer o espírito da sua filha de volta e colocá-la no corpo de Piper. Para executar esse plano diabólico ela tem em mãos uma fita VHS que contém, literalmente, o passo a passo de um ritual satânico que, entre outras bizarrices, inclui até canibalismo.

Mitologia escatológica à parte, Faça Ela Voltar é mais sobre o sentimento da perda do que qualquer outra coisa. Mesmo retratada na maior parte do tempo como vilã metódica, Laura ainda deixa transparecer seu lado humano. Uma mulher que não aceita a partida da filha e que acaba deturpando seu amor icondicional, por puro desespero.

A dupla de irmãos também ganha sua cota de drama, quando Laura tenta jogar um contra o outro, pois Andy é um empecilho para o que ela planeja. Nada disso, porém, funcionaria se o trio de protagonistas não estivesse tão afiado. Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong conseguem passar credibilidade o tempo todo, seja nos momentos sóbrios ou nos sinistros.

O que nos leva para outro destaque do elenco: o pequeno Jonah Wren Phillips. A transformação pela qual seu Oliver passa ao longo da trama já o elevou ao status de mini ícone do terror do ano. São com ele as cenas mais perturbadoras, em ocasiões que fica quase impossível não desviar os olhos da tela.

A direção dos Philippou em Faça Ela Voltar segue competente, com ótimos enquadramentos e cuidado aos detalhes (preste atenção nos círculos). Como Piper é deficiente visual, a câmara brinca muito com imagens desfocadas, o que faz um paralelo interessante com a condição da personagem.

O roteiro, assinado em parceria com Bill Hinzman, consegue balancear bem o terror e o drama, no entanto deixa um gostinho de quero mais ao esconder muito sobre a origem do ritual. Mas isso é apenas eu reclamando de barriga cheia (o trocadilho fará sentido quando você assistir ao filme).

Escala de tocância de terror:

Título original: Bring Her Back
Direção: Danny Philippou e Michael Philippou
Roteiro: Danny Philippou e Bill Hinzman
Elenco: Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong
Origem: Austrália

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