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DICA DA SEMANA: A Beira do Machado (1988)
Uma pacata cidade do interior norteamericano tem sua paz interrompida quando um assassino mascarado portando um machado começa a dar cabo nas mulheres da cidade. A polícia tenta abafar o caso o quanto pode, mas na medida que os cadáveres vão surgindo, fica impossível esconder a verdade da população.
Esta é basicamente a história de “A Beira do Machado” (Edge of the Axe, Dir: José Ramón Larraz), filme que vi quando era um pequeno fã de terror e passava bons minutos na sessão dedicada a esses filmes na extinta locadora Look Video. Fascinado e horrorizado pela capa em VHS desse filme, levou um bom tempo para criar coragem para assistir. E como bom medroso que sou, coloquei meus irmãos menores para assistir comigo. Bons tempos…
Memória afetiva é uma coisa muito louca. Eu tinha a certeza que este era um filme pesadíssimo com um plot-twist que me marcou muito. Tanto é que esta era a única lembrança real que tinha dele. Mas o filme é tão incoerente na sua narrativa e em suas situações que realmente devemos desligar o cérebro e relaxar sem questionar o que está acontecendo.
Os clichês estabelecidos pelo gênero são replicados aqui ainda que mais exagerados. Temos que salientar que “A Beira do Machado” foi realizado no fim dos anos 80 onde os slashers estavam bem desgastados, mas ainda consegue ser melhor que outros exemplares da mesma época. As cenas de assassinato são violentas, mas não tanto quanto meu saudosismo me lembrava.
O roteiro é tão cheio de falhas que as tentativas de criar mistério sobre a identidade do criminoso chegam a ser engraçadas, já que personagens pegam a arma do título e fazem cara de mau pra disfarçar ao espectador. A famigerada revelação da identidade do mascarado é, no mínimo, incoerente, visto que no momento de um dos assassinatos a pessoa estava ocupada… A não ser que ele fosse um X-Men e tenha se teleportado para a cena do crime.
Lembrando ainda que “A Beira do Machado” é um dos filmes que faziam jus em estar no catalógo do saudoso Cine Trash da Band. Olhando para hoje, é impensável que longas como esse fossem exibidos no meio da tarde e que o público-alvo fossem crianças sedentas por diversão e sangue.
Mas enfim, é um bom filme ruim que vale a pena a conferida se você gosta de slashers dos anos 80. Ele pode ser visto de duas maneiras: está em um dos boxes da coleção “Slashers” da Versátil e também disponível no YouTube por enquanto.
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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)
Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.
Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!
O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.
Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).
Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.
Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.
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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)
[Por Geraldo de Fraga]
Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)
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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)
Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.
Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.
Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.
E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.
Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.
Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.
A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.
Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.
O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.
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