Resenhas
RESENHA: Mimic – Não confie nas vozes (2018)
Pra não dizer que a gente só indica filme antigo, trago aqui este cabuloso lançamento sul-coreano chamado MIMIC: NÃO CONFIE NAS VOZES (Jang-san-beom, 2017/2018) que estrou lá na Coreia do Sul em agosto do passado, mas só este ano entrou no catálogo exclusivo do Youtube Brasil.
![The.Mimic.2017.1080p.BluRay.x264-[YTS.AM].mp4_snapshot_00.49.05.692](http://tocaoterror.com.br/wp-content/uploads/2018/11/the-mimic-2017-1080p-bluray-x264-yts-am-mp4_snapshot_00-49-05-692.jpg)
Na trama, acompanhamos o drama de uma família que tenta superar o desaparecimento do pequeno Jun-seo, um dos seus dois filhos. A calmaria tem fim quando encontram uma garotinha perdida na floresta que diz ter o mesmo nome de sua filha, Jun-hee. Daí em diante começam a descobrir que há diversos casos de desaparecimento nessa floresta, que já tem fama de ser assombrada pelas vozes de seus espíritos… enfim, é melhor parar por aqui pra não estragar a experiência.
Escrito e dirigido por Jung Huh (Hide and Seek (Sum-bakk-og-jil), 2013), MIMIC tem cenas belas, sinistras, desconfortáveis, uns jumpscares eficientes e ainda vai além do climão tenso e sádico – o que é já esperado do cinema de gênero sul-coreano – já que também nos confere alguns momentos ternos que humanizam seus personagens e nos fazem torcer por eles. O longa também é muito bem estruturado, não se resumindo assim a nossa protagonista, dando espaço pros demais personagens que acabam encorpando a trama.
![The.Mimic.2017.1080p.BluRay.x264-[YTS.AM].mp4_snapshot_00.57.30.155](http://tocaoterror.com.br/wp-content/uploads/2018/11/the-mimic-2017-1080p-bluray-x264-yts-am-mp4_snapshot_00-57-30-155.jpg)
Apesar das belas imagens, MIMIC se sustenta nos efeitos sonoros. Principalmente no jogo de vozes que ficam buzinando nos ouvidos de todos em cena, que é justamente a premissa do roteiro já previamente entregue pelo subtítulo nacional, trailers e slogan dos cartazes. Sendo assim, assistam com o volume alto.
Em suma, MIMIC é um bom filme de malassombro que vai ficar fácil na lista dos melhores do ano do horror de muitos fãs do gênero este ano.
![The.Mimic.2017.1080p.BluRay.x264-[YTS.AM].mp4_snapshot_01.05.13.468](http://tocaoterror.com.br/wp-content/uploads/2018/11/the-mimic-2017-1080p-bluray-x264-yts-am-mp4_snapshot_01-05-13-468.jpg)
Título original: Jang-san-beom
Direção: Jung Huh
Roteiro: Jung Huh
Elenco: Jung-ah Yum, Hyuk-kwon Park, Jin Heo
Origem: Coreia do Sul
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RESENHA: O Diabo Branco (2021)
De uma novíssima safra do cinema argentino, chega às salas de cinema no circuito nacional o longa “O Diabo Branco” (El Diablo Blanco), obra de estreia do também ator Ignacio Rogers. A chancela de “filme argentino” e de gênero pode ter aberto algumas portas para esta co-produção latina que depois de dois anos de seu lançamento no país natal ganhou distribuição brasileira pela Pandora Filmes.
O diretor confessa que clássicos oitentistas como “Sexta-Feira 13” e obras mais recentes como “A Bruxa” ajudaram a influenciar esta história que tenta se equilibrar entre um folk-horror e um slasher. “De alguma forma (e exagerando), procurei ser uma espécie de conquistador do gênero, apropriando-me de um terreno já existente e moldando-o de acordo com minhas próprias regras pessoais, que também, de certa forma, são regras locais, latino-americanas.”, explica o diretor.
E o que dá início à trama é uma viagem de carro de quatro amigos pelo interior da Argentina indo passar férias em uma pousada. Ou seja, nada muito diferente a princípio de 90% de coisas como “Pânico na Floresta” ou “A Morte do Demônio“, por exemplo. Mas ao tirar o cenário americano e rostos conhecidos e colocar uma ambientação latinoamericana faz toda a diferença. Boa parte de “O Diabo Branco“, por sinal, foi rodada na província de Tucumán que é cercada de morros e matas fechadas.
O mistério em torno do que rola nos arredores da bucólica pousada vão sendo revelados pouco a pouco. Mas isso também não significa que o filme tenha um ritmo lento. O sumiço dos personagens e as mortes em parte off-screen e em parte mais gráfica rolam a seu tempo sem forçar muito a barra.
O fato de termos uma boa direção de elenco em que os atores realmente parecem pessoas em situações banais ajuda a nos sentirmos mais próximos dos personagens diante dos acontecimentos estranhos que virão na trama de “O Diabo Branco“. Trama que por sinal, se revela depois que existe uma maldição e uma seita secreta que se encarrega de sacrificar vítimas inocentes. Outro clichê, ok, mas funciona.

Direção: Ignacio Rogers
Roteiro: Ignacio Rogers, Paula Manzone e Santiago Fernandez
Elenco: Ezequiel Díaz, Violeta Urtizberea, Julián Tello, Nicola Siri
País de origem: Argentina
Ano de lançamento: 2019
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RESENHA: Aniquilação (2018)
Eis que vemos a Netflix apostando mais uma vez em uma produção de ficção científica. Apesar de ter estreado em território nacional na polêmica plataforma de streaming, o destino de “Aniquilação” (Annihilation) era mesmo o cinema. Os cenários psicodélicos com plantas e criaturas estranhas com mutações lovecraftianas combinariam bem com as telas gigantes em que nos habituamos a ver tais produções. (mais…)
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RESENHA: Fresh (2022)
Todos nós pelo menos em algum momento da vida, sonhamos em encontrar alguém para ser nosso par e viver todas as questões melosas envolvendo o tema (Fábio Jr cantando “Alma Gêmea” na sua cabeça agora). Mas e se encontrássemos alguém que não fosse a pessoa dos sonhos e sim dos nossos pesadelos? Essa é a premissa de “Fresh”, nova produção de terror da plataforma Hulu que veio ao Brasil através da Star+.
Pronto, vamos à história? Noa, uma mulher na casa dos 30 anos divide seu tempo entre obrigações do cotidiano e a procura de pretendentes em aplicativos de namoro. O problema é que, assim como na realidade, a incidência de boys lixo e tóxicos é bastante alta. Mas depois de mais um encontro desastroso, ela já desiludida decide dar um tempo. A questão é que numa ida comum ao mercado, Noa conhece Steve, o tipico galã carinhoso. Logo engatam um romance bem açucarado, mas o que seria fofo se torna macabro quando o rapaz revela uma predileção alimentícia incomum e um prazer em consumir um um certo tipo de carne.
O maior acerto de “Fresh” a meu ver é rabiscar sobre o vício moderno das pessoas em apps de relacionamento e como cada um ali se coloca como carne exposta nas prateleiras à espera de serem selecionadas por alguém. A idealização e a busca de alguém perfeito também é abordada e mostra como essa busca acaba sendo 90% fracassada. No fim, nos resta o vazio e consequentemente a carência. Asim, o longa deixa claro os perigos em que estamos expostos ao encarar isso.
Mas calma, estamos falando de um filme de terror que vem sido alardeado por conter cenas repulsivas. O filme tem momentos gore, sim.. mas para um apreciador de obras como “Cannibal Holocaust” (1980) e até mesmo “Hannibal” (2001) esta nova produção aqui é quase um passeio no parque. Existem momentos chocantes e revoltantes, muito mais pelo contexto do que pelo gore em si.
“Fresh” é bacana e mantém o público preso em suas quase duas horas de duração. Ainda assim não é esse gorefest que alguns sites estão alardeando. Seu ritmo mais lento inclusive, está bem mais preocupado em desenvolver seus protagonistas.
Os atores principais estão ótimos em seus papeis e passeiam entre o romance e horror de forma bem satisfatória. A direção e roteiro ficam por conta de mulheres que sabem muito bem pincelar e abordar certos temas de forma muito íntima sem cair muito em clichês. Vai na fé e confira uma história com direção interessante e momentos tensos e ainda instigantes.

Direção: Mimi Cave
Roteiro: Lauryn Kahn
Elenco: Daisy Edgar-Jones, Sebastian Stan, Jonica T. Gibbs e outros
Ano de lançamento: 2022
Plataforma: Star+
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