Dicas
FILME: Infecção 6D (2015)
O curta metragem Infecção é o primeiro filme brasileiro de zumbi filmado em 3D… aliás, 6D! Ele foi desenvolvido especialmente para os equipamentos de cinemas 6D, sendo exibido atualmente no Royal Plaza Shopping, Shopping Canoas, Shopping Bella Citta (Passo Fundo), Shopping Gravatai, Bourbon Shopping Wallig (Porto Alegre) Capao da Canoa, Shopping Mega e de Fabricas em Tramandaí.
Com a Co-produção da iMOVIE na cidade de Santa Maria – RS, Infecção foi filmado em primeira pessoa com Gopro Hero 3 c/ suporte 3D, o curta veio para inovar e rechear ainda mais o gênero de terror no Brasil. O impacto é devastador quando assistido com óculos 3D e mais ainda nos parques equipados com essa tecnologia.
Conversamos com o diretor do curta, Renato Siqueira, que respondeu sobre a ideia da produção de formato diferenciado no gênero nacional e suas expectativas.
O filme foi pensado apenas para cinema 6D ou você pensa em exibí-lo em festivais?
Renato Siqueira – Sim, o filme foi pensado e desenvolvido para o cinema 6D. Fui contratado pela empresa cine D+ para produzir três curtas metragens 3D usando técnicas para adapta-los ao cinema 6D. Até agora desses três filmes, eu fiz um que é o Infecção. Faltam mais dois, um de possessão demoniaca e o outro de assassinato. Vou bolar um assassino estilo Jason. Vai ser bem legal.
É muito diferente filmar e fazer a pós de um filme desse tipo? Você precisou de algum equipamento “especial”?
Renato Siqueira – É muito diferente. A Pós-produção dá muito mais trabalho do que a do cinema convencional, porque consiste em um cinema de impacto. Ou seja, poucos diálogos entre as personagens e mais ação e suspense. As cenas devem ser muito bem estudadas antes da execução, porque se algo sair errado o efeito não surtirá impacto nos cinemas. Uma outra diferença é o estilo de gravação que é realizado em primeira pessoa fazendo o telespectador se sentir dentro da história. O equipamento usado é especial, filmamos com 3 GoPros Hero com suporte pra 3D. A dificuldade de se fazer um filme desses é que praticamente todas as cenas são gravadas em plano sequência, e se algo dá errado, temos que voltar tudo do início até que se consiga chegar no final do filme sem erros… Tudo isso é gravado sem referências de monitores porque a Gopro não tem esse tipo de tecnologia. Portanto, gravamos às cegas e vamos na intuição do diretor, que nesse caso sou eu…rs.
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Vë-se que o curta é uma introdução, como se num videogame. Haverão outros “níveis” ou o projeto acaba aí?
Renato Siqueira – Não seria um jogo de videogame. Parece, mas não é. Eu diria que pode haver uma continuação do Infecção sim. Vamos ver como será a repercursão final dele nos cinemas. Até agora está indo muito bem.
Quais são as suas influências?
Renato Siqueira – John Carpenter, Wes Craven, Stephen King, Martin Scorsese, Brian De Palma, David Cronenberg, Tobe Hooper, Sam Raimi, Alfred Hitchcock, Dario Argento, Gerorge A. Romero, Clive Barker…
Você acha q seu curta vai alavancar mais produções 6D no Brasil?
Renato Siqueira – Acho que sim, pois ele é o primeiro curta desse estilo feito com atores reais. As outras produções foram feitos tudo em CGI/3D. Mas digo, o que vai alavancar o cinema nacional é o meu longa metragem Diário de um Exorcista que este ano entrará em cartaz em todos os cinemas brasileiros.
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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)
Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.
Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!
O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.
Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).
Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.
Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.
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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)
[Por Geraldo de Fraga]
Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)
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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)
Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.
Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.
Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.
E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.
Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.
Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.
A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.
Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.
O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.
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