Críticas
CRÍTICA: The Town That Dreaded Sundown (2014)
“Affffffffffffffffff… lá vem mais um remake!” Calma lá! Não é bem assim…

“Affffffffffffffffff… lá vem mais um remake!” Calma lá! Não é bem assim…
Em 1976, 30 após os misteriosos assassinatos que deixaram os moradores da pequena Texarcana em pânico, chegou aos cinemas americanos um ótimo filme chamado The Town That Dreaded Sundown. A obra do diretor Charles B. Pierce com seu roteiro bem amarrado, forte e violento, serviu de inspiração para famosos serial killers do cinema como nosso querido Jason Vorhees. 65 anos depois dos reais assassinatos… o encapuzado “Phantom Killer” volta a atacar em um filme do diretor Alfonso Gomez-Rejon (American Horror Story).
“Ué, Jota? Por quê não chamar de remake?” Simples! Quantos remakes você assistiu que LITERALMENTE citam o filme anterior? Não apenas citam The Town That Dreaded Sundown, como um dos personagens é FILHO DO DIRETOR DO FILME ORIGINAL! Então acho que essa obra cai mais pra uma “homenagem” ou até mesmo uma “continuação” do filme de 76.

“Fóóóóóóóóóóóóómmmmm!!! Não é remake! É homenagem!!!”
Com o trauma dos assassinatos superado, Texarkana criou a tradição de exibir o filme original de 1976 em um drive-in nos Dias das bruxas. A diversão se torna pesadelo quando a fofinha e misteriosa Jami (interpretada por Addison Timlin) vai com seu namorado Corey (Spencer Treat Clark) para um “lugar mais tranquilo” e são atacados por um encapuzado. Corey é assassinado e ela escapa, segundo o assassino, para que dê um recado para a cidade: O PHANTOM KILLER VOLTOU!

“A solidão me fez investigadora…”
Pra variar, paralelamente à investigação da polícia, Jami resolve descobrir quem seria o assassino e tal e coisa e coisa e tal. E enquanto isso, mais assassinatos vão acontecendo na cidade. Uma parte da investigação que achei interessante é o fato de que nós vemos (bem claramente) que o serial killer tem olhos azuis só que todos os “suspeitos” que aparecem no filme também têm. Ajuda a entrar no clima.
Outro ponto positivo: as mortes são bem pancada e sanguinolentas pacas! Curiosamente, são quase uma tentativa de recriar os assassinatos do 1º filme (que por sua vez são uma recriação dos reais assassinatos e etc, você me entendeu…) e ajudam a segurar o passo do filme.

“Jason é o caralho! Meu nome é Phantom Killer!”
Só que tudo isso vai pro beleléu no final. Com um final pra lá de abestalhado, todo aquele clima maneiro e mortes chocantes vão parar no fundo do charco e você acaba o filme um tanto decepcionado e com a falsa sensação de que foi uma grande perda de tempo. Vacilo… :\
Ah! Antes que eu esqueça… The Town That Dreaded Sundown também conta com atores que são velhos conhecidos nossos como Veronica Cartwright (Alien, As Bruxas de Eastwick), Ed Lauter (The Number 23, Cujo) e Edward Herrmann (The Wolf of Wall Street, The Lost Boys) que infelizmente nos deixou em 2014.

Direção: Alfonso Gomez-Rejon
Roteiro: Roberto Aguirre-Sacasa
Elenco: Addison Timlin, Veronica Cartwright e Anthony Anderson
Origem: EUA
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Críticas
CRÍTICA: Bom Menino (2025)

O filme que viralizou nos últimos meses, graças ao seu protagonista canino em um filme de terror, estreia em pleno Halloween, nos cinemas nacionais. No entanto, “Bom Menino” (Good Boy) não se resume apenas à fofura do doguinho (e adianto que ele é muito fofo mesmo).
Na trama, acompanhamos Indy, um cachorro leal que se muda com seu tutor para uma casa no meio da floresta, após o homem enfrentar um sério problema de saúde. O cão percebe imediatamente que há algo de errado com o local, e, com o tempo, essas manifestações sobrenaturais colocarão suas vidas em perigo.
Indy é, indiscutivelmente, a estrela do filme. Garanto que muitos atores gostariam de ter metade de seu carisma e presença de tela. Em poucos minutos de projeção, já estamos torcendo por ele. O trabalho de adestramento foi impecável, e é difícil imaginar o esforço que o realizador, que também é o tutor real do animal deve ter tido. Desde as cenas de afeto até as de terror, nota-se o cuidado e a boa realização em “Bom Menino“.

O diretor acerta ao usar enquadramentos e jogos de câmera quase sempre na perspectiva de Indy. Em alguns momentos, me lembrei do desenho dos Muppets Babies, em que nunca vemos o rosto da babá, embora aqui, em planos mais convencionais, sejam mostrados vislumbres ou o rosto inteiro dos personagens humanos.
O terror aqui é mais contido: uma sombra aqui e ali, vultos passageiros, mas sem o uso de trilha sonora alta ou aparições exageradas. O ritmo é lento, e a ambientação vai da casa inicialmente decrépita à mata semienevoada, com suas árvores sinistras.
Temos um longa envolto a uma atmosfera de desconforto e medo. Não espere sustos frequentes e jumpscares. Eles existem, mas em quantidade bem menor.

Apesar de em termos técnicos, a coisa funcionar, nem tudo são flores. Mesmo sendo um filme curto, com pouco mais de 70 minutos, é possível notar que a história seria mais bem contada em um curta ou média-metragem. Existem recursos narrativos que se repetem pelo menos três vezes em uma clara tentativa de esticar a duração.
A trama é a clássica da casa mal-assombrada, e a verdadeira inovação está em ser contada sob a perspectiva do cachorro. É algo eficiente que não teria o mesmo destaque se fosse narrada por humanos.
“Bom Menino” é uma agradável surpresa neste ano, dando novo fôlego a uma história que já vimos inúmeras vezes. Indy é um poço de carisma e fofura. Podem assistir sem medo, mas não espere um filme de gritos e sustos constantes.
Título original: Good Boy
Direção: Ben Leonberg
Roteiro: Ben Leonberg e Alex Cannon
Elenco: Indy, Shane Jensen, Arielle Friedman 
* Filme visto em Cabine de Imprensa virtual promovida pela Espaço Z
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Críticas
CRÍTICA: Medo Real (2025)

Nesta temporada de Halloween de 2025, a Netflix trouxe para seus assinantes a série documental “Medo Real” (True Haunting), que aborda dois casos sobrenaturais ocorridos na história recente dos EUA. A produção ainda tem a grife de James Wan para agregar mais valor, mas será que vale seu tempo ou está mais para um derivado sem graça de tantas outras obras sobrenaturais?

As histórias mostradas são:
– O Caso de Erie Hall: Nos anos 80, um jovem promissor consegue entrar numa renomada faculdade de NY. Entre estudos e farras, o jovem começa a ser assediado por uma força sobrenatural que cerca o local e que, com o tempo, se mostra uma ameaça a todos que o cercam.
– Essa Casa Me Matou: Mostra uma família que se muda para a casa dos sonhos e acaba descobrindo que é um lar de pesadelos.
Esses eventos são mostrados ao longo de cinco episódios – três para o primeiro caso e dois para o segundo, respectivamente. A série conta com a presença de vários envolvidos, e seus relatos são dramatizados.
Embora seja em caráter documental, é inegável a influência da série de filmes “Invocação do Mal” nos momentos de dramatização. Inclusive, o casal Warren faz uma rápida participação em um dos casos (claro, interpretado por outros atores). O tom e a trilha sonora remetem muito aos filmes famosos, mas com uma vibe mais contida. Não espere sustos a cada cinco minutos.

“Medo Real” tem alguns bons momentos exatamente por não optar por exageros, embora eles também existam, o que demonstra a indecisão dos realizadores sobre o tom que queriam dar ao material. A forma de conduzir as histórias lembra programas como “Linha Direta” e as matérias sobrenaturais vistas no “Domingo Legal” nos anos 90. Sim, existem programas assim no exterior, e inclusive alguns produtores daqui são desse tipo de programa, mas quis usar exemplos nacionais.

No geral, a série é bacana, servindo mais como uma diversão escapista do que algo sério e relevante. Não existem contrapontos para a história, e, para mim, essa é a pior falha – não dá para acreditar em tudo o que é mostrado como verdade absoluta.
Finalizando, “Medo Real” é uma série relativamente curta, com episódios de cerca de 30 minutos, que se mostra superior (mas nem tanto) ao que normalmente chega ao catálogo de originais da Netflix quando o assunto é terror.
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Críticas
CRÍTICA: Faça Ela Voltar (2025)

Dois anos após o sucesso de Fale Comigo, chega aos cinemas brasileiros o segundo filme dos irmãos Danny e Michael Philippou. Mais uma vez com distribuição da badalada A24, a dupla agora emplaca Faça Ela Voltar (Bring Her Back), um conto de horror suburbano que aborda o luto.

Após perderem o pai, os irmãos Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong) são colocados sob os cuidados de Laura (Sally Hawkins), uma ex-assistente social que faz de sua casa uma espécie de lar adotivo. Além deles, vive no local o menino Oliver (Jonah Wren Phillips), uma criança que não se comunica e possui hábitos estranhos.
Não demora para sabermos que Laura tem segundas intenções. Seu objetivo em acolher os órfãos é trazer o espírito da sua filha de volta e colocá-la no corpo de Piper. Para executar esse plano diabólico ela tem em mãos uma fita VHS que contém, literalmente, o passo a passo de um ritual satânico que, entre outras bizarrices, inclui até canibalismo.

Mitologia escatológica à parte, Faça Ela Voltar é mais sobre o sentimento da perda do que qualquer outra coisa. Mesmo retratada na maior parte do tempo como vilã metódica, Laura ainda deixa transparecer seu lado humano. Uma mulher que não aceita a partida da filha e que acaba deturpando seu amor icondicional, por puro desespero.
A dupla de irmãos também ganha sua cota de drama, quando Laura tenta jogar um contra o outro, pois Andy é um empecilho para o que ela planeja. Nada disso, porém, funcionaria se o trio de protagonistas não estivesse tão afiado. Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong conseguem passar credibilidade o tempo todo, seja nos momentos sóbrios ou nos sinistros.
O que nos leva para outro destaque do elenco: o pequeno Jonah Wren Phillips. A transformação pela qual seu Oliver passa ao longo da trama já o elevou ao status de mini ícone do terror do ano. São com ele as cenas mais perturbadoras, em ocasiões que fica quase impossível não desviar os olhos da tela.

A direção dos Philippou em Faça Ela Voltar segue competente, com ótimos enquadramentos e cuidado aos detalhes (preste atenção nos círculos). Como Piper é deficiente visual, a câmara brinca muito com imagens desfocadas, o que faz um paralelo interessante com a condição da personagem.
O roteiro, assinado em parceria com Bill Hinzman, consegue balancear bem o terror e o drama, no entanto deixa um gostinho de quero mais ao esconder muito sobre a origem do ritual. Mas isso é apenas eu reclamando de barriga cheia (o trocadilho fará sentido quando você assistir ao filme).
Título original: Bring Her Back
Direção: Danny Philippou e Michael Philippou
Roteiro: Danny Philippou e Bill Hinzman
Elenco: Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong
Origem: Austrália
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claquetegirls
23 de fevereiro de 2015 at 23:55
Adorei sua resenha, fiquei com vontade de ver kkkkk
Bjs 🙂
Jota Bosco
24 de fevereiro de 2015 at 01:14
Valeu! É um bom passatempo! Tem no Netflix US 😉
opoderosochofer
27 de fevereiro de 2015 at 09:44
Preciso pegar o mel desse povo do Toca o Terror. Tirando eu, só muié curtindo os posts de vcs.
Jota Bosco
27 de fevereiro de 2015 at 11:25
Vc também pode fazer operação e comentar como mulher!
opoderosochofer
2 de março de 2015 at 07:43
Não senhor!