Connect with us

Dicas

DICA DA SEMANA: Zumbi Branco (1932)

Published

on

Zumbi Branco

Vocês sabiam que o zumbi não tinha qualquer relação com os mortos-vivos presentes no cinema e na TV atual? Antes de George Romero lançar o seminal A NOITE DOS MORTOS VIVOS (1968) nas salas de bairro e drive-ins de todo o mundo, essas criaturas eram vistas de maneira bem diferente. Esqueça o cadáver reanimado por alguma contaminação de origem diversa que come carne humana e espalha essa praga até o fim dos tempos… ou até encontrarem uma cura, se o filme tiver final feliz (eca!).

O conceito mais tradicional até então era o do zumbi haitiano, o zumbi ligado ao vodu que nada mais é do que uma pessoa enfeitiçada através de magia negra. Esse zumbi se torna um escravo sem consciência obedecendo as ordens de um ‘Mestre’, no caso, o feiticeiro responsável pelo seu aprisionamento mental.

Lançado em 1932 (ou seja, 36 anos antes do longa de Romero), ZUMBI BRANCO é visto também como o primeiro ‘filme de zumbi’ da história do cinema. E os méritos da obra dos Irmãos Halperin (Victor na direção e Edward na produção) não ficam por aí. Ainda hoje o filme consegue prender a atenção, graças à construção de uma atmosfera constantemente sinistra mesmo com o orçamento bem limitado que os realizadores tinham em mãos. E de lambuja, ZUMBI BRANCO possui uma das atuações mais memoráveis de ninguém menos que Bela Lugosi – já visto como um astro, um ano depois de DRÁCULA – como o feiticeiro Legendre.

É verdade que a história do filme em si e seus personagens podem ser um tanto quanto ingênuos, mas não são poucos os ótimos momentos que ele continua a nos proporcionar. Impressiona o experimentalismo visto aqui com a fotografia e montagem, o uso de tela dividida e os famosos e marcantes closes no olhar de Lugosi.

E somente 20 anos depois de A NOITE DOS MORTOS VIVOS que outro filme resgataria o zumbi haitiano. É o caso de A MALDIÇÃO DOS MORTOS VIVOS (The Serpent and the Rainbow), de Wes Craven. A influência de ZUMBI BRANCO também se deu no campo da música com o título do longa sendo utilizado para batizar o grupo White Zombie, do controverso diretor Rob Zombie. E, por coincidência, ontem a Blumhouse divulgou que fará um remake deste filme. É esperar para ver se fará justiça a esse clássico do gênero.

ZUMBI BRANCO se encontra em domínio público e pode ser assistido no YouTube e outras plataformas de vídeo.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dicas

DICA DA SEMANA: Nosferatu – O Vampiro da Noite (1979)

Published

on

Nosferatu

Antes do Drácula bonitão da Universal (Bela Lugosi) e da Hammer (Christopher Lee), Nosferatu de 1922 já tinha levado para as telas o vampiro feioso e pálido, algo muito mais parecido com o protagonista do livro de Bram Stoker. Por isso, pelo menos pra mim, parece um projeto bem ambicioso, em 1979, trazer o Drácula com cara de rato de volta e perder de colocar um galã no papel.

Bom, foi isso que Werner Herzog fez em Nosferatu – O Vampiro da Noite (Nosferatu, the Vampyre), refilmagem do clássico do expressionismo alemão. Mas, vamos lá, era Werner Herzog, então o cara não ia fazer um filme de terror convencional, apesar de seguir o ‘basicão’ ali da história original.

O advogado Jonathan Harker (Bruno Ganz) viaja até a Transilvânia para vender uns terrenos ao Conde Drácula (Klaus Kinski) e acaba sendo feito prisioneiro. Mas, ao escapar, retorna para Bremen, na Alemanha, na tentativa de evitar que o vampiro pinte miséria por lá, principalmente contra sua esposa Lucy (Isabelle Adjani).

No mais, Herzog contou sua própria versão da história, nem mesmo se apegando ao filme de 1922, de onde pegou só uma referência aqui e outra ali, inclusive subvertendo o final. Nosferatu – O Vampiro da Noite é puro suco de cinema europeu dos anos 70, cheio de imagens artísticas, direção de arte finíssima e trilha sonora onírica.

Além disso, o Drácula dentuço de Klaus Kinski está no panteão das grandes versões do conde mais amado do terror.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue Reading

Dicas

DICA DA SEMANA: 3 filmes com loop de tempo

Published

on

filmes com loop de tempo

Nos últimos 15 anos aumentou e muito o número de filmes que se utilizam do recurso de “loop de tempo” em suas narrativas. E com o sucesso de produções como “A Morte Te Dá Parabéns” e “No Limite do Amanhã“, aí é que a galera se empolgou mesmo.

Até um curta ganhou o Oscar apostando neste formato recentemente. Sendo que hoje vamos falar de três filmes que se utilizam deste recurso em seus roteiros mas que não são tão conhecidos assim.


* Crimes Temporais (Los Cronocrímenes, 2007)

Primeiro longa do espanhol Nacho Vigalondo, “Crimes Temporais” é um daqueles filmes mais ou menos recentes que se tornaram cults quando se fala de viagem no tempo. Produção modesta, mas eficaz, o longa cria uma confusãozinha mental se a gente for tentar entender a lógica por trás do roteiro. Ainda assim, faz mais sentido do que toda a hexologia de “O Exterminador do Futuro“, por exemplo.

Vemos um casal simples chegando em uma casa de campo para morar. De repente, situações banais começam a ganhar contornos intrigantes quando o protagonista se depara um homem com o rosto enfaixado. É quando para tentar escapar da ameaça na floresta, ele encontra uma casa com uma máquina do tempo no porão que dá a chance da pessoa voltar uma hora no tempo… Daí já viu, né?!

Disponível na Amazon Prime Video


* Triângulo do Medo (Triangle, 2009)

Esta produção australiana traz um grupo que pensou que passear de barco seria uma boa ideia, até que chega uma tempestade e ficam à deriva. Para tentarem se salvar, embarcam em um navio que surge em alto mar. O que não contavam é que o navio aparentemente abandonado esconde vários mistérios.

O lance é que enquanto a turma tenta pedir ajuda, outro grupo de pessoas no mesmo navio tenta acabar com a vida deles. E a cada tentativa de fuga, a contagem de corpos aumenta. Repleto de simbologias e metáforas, é um filme que dá pra ver e rever cada cena sem olhar pros paradoxos que poderiam rolar.

Disponível no Telecine Play


* ARQ (ARQ, 2016)

Trazendo um tempero de ação, “ARQ” nos mostra de forma bem angustiante a saga de um aparente casal em tentar se livrar de uma invasão de desconhecidos em sua casa. O detalhe é que todos eles estão presos em um loop de tempo que complica a resolução da história.

O fator complicador neste caso é que a cada novo “loop”, os personagens começam a ter mais noção do que está acontecendo e procuram inventar novas formas de fugir. Tenso e imprevisível, “ARQ” funciona melhor do que muitos outros filmes que se utilizam de toneladas de efeitos especiais e mil figurantes.

Disponível na Netflix


Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue Reading

Dicas

DICA DA SEMANA: O Exorcista III (1990)

Published

on

O Exorcista III

Para a dica desta semana eu trago um filme aniversariante: O EXORCISTA III (Exorcist III), escrito e dirigido por Willam Peter Blatty, completa 32 aninhos neste mês de agosto.

O EXORCISTA III é adaptação do livro ESPÍRITO DO MAL / LEGIÃO (Legion, 1983) que é uma continuação direta do livro O EXORCISTA (The Exorcist, 1971). Na trama, o tenente Kinderman investiga uma série de assassinatos que trazem a assinatura do já conhecido serial killer: Gêmeos. O problema é que este assassino está morto há 15 anos. Com a ajuda do amigo padre Joseph Dyer, ambos são levados a revelações cabulosas.

Blatty exibe um domínio enorme na condução do longa. E não é de se espantar, já que é o autor de ambos os livros. Aqui, com a direção em suas mãos, ele imprime sua real visão da própria obra, mantendo um clima constante de tensão como se algo de muito pior fosse acontecer a cada cena. A fotografia do Gerry Fisher é essencial para dar o tom sombrio à trama. Até estátuas sacras dão medo aqui! Sem contar que O EXORCISTA III tem um dos sustos e jumpscares mais cabulosos e inesperados da história do cinema de horror.

Para além da competente produção, o longa conta com a carismática dupla George C. Scott e Ed Flanders, (Kinderman e Dyer respectivamente), Brad Dourif que encarna o assassino de Gêmeos nos conferindo uma performance assustadoramente brilhante e Jason Miller vivendo o sinistro “paciente X”.

É de fato um filme incrível que, para este que vos escreve, por muito tempo foi subestimado por ser o terceiro da franquia O EXORCISTA, quando na verdade deveria ter sido o segundo, já que, como dito no início, se trata da continuação direta do livro. E convenhamos que depois do que rolou em O EXORCISTA 2: O HEREGE, carregar um título desse também não ajuda. Este longa de 1990 poderia ter se chamado simplesmente LEGIÃO como no livro, mas enfim…

Em suma, O EXORCISTA III é um típico terror policial cabuloso que merece ser visto. Ficou curioso? Aproveita que este clássico cult encontra-se no catálogo do HBO Max.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue Reading

Trending