Críticas
CRÍTICA: Através da Sombra (2016)
Por Geraldo de Fraga
Na pré-estreia de Através da Sombra, no Recife, a atriz e produtora Virginia Cavendish afirmou que não teme que seu filme seja rotulado como “Os Inocentes Brasileiro” (ambos são adaptações do livro A Volta do Parafuso, de Henry James). Segundo ela, o filme de Jack Clayton, lançado em 1961, não tem a popularidade necessária junto ao grande público para que se gerem tantas comparações assim. Para o bem do seu longa, é imprescindível que Virginia esteja certa.
Através da Sombra se passa em 1931. Laura (Virginia Cavendish) é uma professora contratada pelo empresário do ramo de café Afonso Medeiros (Domingos Montagner) para ser tutora de seus sobrinhos. As crianças perderam seus pais e vivem na fazenda da família. Na verdade, só Elisa (Mel Maia), já que o irmão dela, Antonio (Xande Valois), estuda em um colégio interno e só vai pra lá nas férias. No começo tudo está normal, Laura conquista a amizade da pequena Elisa e passa a se sentir em casa na fazenda.

Tudo muda quando a professora começa a ter visões de uma estranha figura que surge em locais inusitados e piora ainda mais quando Antonio é obrigado a voltar pra casa, após ser expulso do internato. O garoto tem uma personalidade difícil e começa a criar problemas. A sensação de algo sobrenatural no casarão e o estresse causado pela relação com o menino iniciam uma mudança no comportamento de Laura, sempre no limiar entre realidade e fantasia.
Walter Lima Jr. acrescenta elementos que dão personalidade à sua obra, como a crise da produção de café (as queimadas das safras por ordem do Governo Federal rendem belas imagens) e a relação entre a fazenda e seus empregados (ex-escravos e alguns descendentes que mesmo livres continuaram no local). Mas no fim das contas, Através da Sombra é simplesmente um remake de Os Inocentes, situado em outra época e em um país diferente. São cenas e textos muito parecidos. Tem até “O Willow Waly” cantada em português.

E aí surgem as inevitáveis comparações. O primeiro problema dessa versão brasileira é o didatismo, com explicações demais, numa clara tentativa de agradar o público ao invés de fazê-lo duvidar do que vê. Ok, o filme não chega a nos entregar tudo mastigado, mas quase faz isso. As aparições, por mais que carregadas de maquiagem e de caras e bocas dos intérpretes, não têm o aspecto fantasmagórico ideal para o cinema e ficam caricatas. A transformação de Laura também pareceu muito corrida, como se ela surtasse ao invés de se descontrolar gradativamente.
Através da Sombra apostou numa história clássica, já adaptada em um filme pra lá de cultuado, porém seu funcionamento depende de que o espectador não conheça o clássico de 1961. Se conhecer, vai comparar e se comparar, vai criticar. Isso é inevitável, é um dos riscos que se corre ao se fazer um remake (mesmo que sua produtora ache que não faz diferença).

Mas, vamos lá. Para quem desconhece o livro ou qualquer outro longa que se baseie em A Volta do Parafuso, Através da Sombra pode funcionar. Virginia Cavendish e Ana Lucia Torre estão bem em seus papéis e a direção de Walter Lima Jr. é competente (há inclusive uma cena construída apenas com efeitos sonoros que dá um banho em várias produções americanas por aí). O conto de Henry James não é uma das maiores obras do horror por acaso e é sempre bom vê-la revisitada, ainda mais em um filme nacional, mesmo que com alguns tropeços.

Roteiro: Walter Lima Jr.
Elenco: Virginia Cavendish, Ana Lucia Torre e Mel Maia
Origem: Brasil
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Críticas
CRÍTICA: Faça Ela Voltar (2025)
Dois anos após o sucesso de Fale Comigo, chega aos cinemas brasileiros o segundo filme dos irmãos Danny e Michael Philippou. Mais uma vez com distribuição da badalada A24, a dupla agora emplaca Faça Ela Voltar (Bring Her Back), um conto de horror suburbano que aborda o luto.
Após perderem o pai, os irmãos Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong) são colocados sob os cuidados de Laura (Sally Hawkins), uma ex-assistente social que faz de sua casa uma espécie de lar adotivo. Além deles, vive no local o menino Oliver (Jonah Wren Phillips), uma criança que não se comunica e possui hábitos estranhos.
Não demora para sabermos que Laura tem segundas intenções. Seu objetivo em acolher os órfãos é trazer o espírito da sua filha de volta e colocá-la no corpo de Piper. Para executar esse plano diabólico ela tem em mãos uma fita VHS que contém, literalmente, o passo a passo de um ritual satânico que, entre outras bizarrices, inclui até canibalismo.
Mitologia escatológica à parte, Faça Ela Voltar é mais sobre o sentimento da perda do que qualquer outra coisa. Mesmo retratada na maior parte do tempo como vilã metódica, Laura ainda deixa transparecer seu lado humano. Uma mulher que não aceita a partida da filha e que acaba deturpando seu amor icondicional, por puro desespero.
A dupla de irmãos também ganha sua cota de drama, quando Laura tenta jogar um contra o outro, pois Andy é um empecilho para o que ela planeja. Nada disso, porém, funcionaria se o trio de protagonistas não estivesse tão afiado. Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong conseguem passar credibilidade o tempo todo, seja nos momentos sóbrios ou nos sinistros.
O que nos leva para outro destaque do elenco: o pequeno Jonah Wren Phillips. A transformação pela qual seu Oliver passa ao longo da trama já o elevou ao status de mini ícone do terror do ano. São com eles as cenas mais perturbadoras, em ocasiões que fica quase impossível não desviar os olhos da tela.
A direção dos Philippou em Faça Ela Voltar segue competente, com ótimos enquadramentos e cuidado aos detalhes (preste atenção nos círculos). Como Piper é deficiente visual, a câmara brinca muito com imagens desfocadas, o que faz um paralelo interessante com a condição da personagem.
O roteiro, assinado em parceria com Bill Hinzman, consegue balancear bem o terror e o drama, no entanto deixa um gostinho de quero mais ao esconder muito sobre a origem do ritual. Mas isso é apenas eu reclamando de barriga cheia (o trocadilho fará sentido quando você assistir ao filme).

Título original: Bring Her Back
Direção: Danny Philippou e Michael Philippou
Roteiro: Danny Philippou e Bill Hinzman
Elenco: Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong
Origem: Austrália
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CRÍTICA: Prédio Vazio (2025)
“Quer viver um sonho lindo que eu vivi?
Vá viver a maravilha de Guarapari”
Assim diz a letra da antiga valsinha de Pedro Caetano interpretada por Nuno Roland. Cidade do litoral do Espírito Santo, Guarapari fica bastante animada no verão, especialmente durante o carnaval onde costuma ser muito visitada por turistas. Em baixa temporada acaba sendo uma ótima pedida para curtir alguns dias de descanso, comer um peixe e tomar uma cerveja num quiosque à beira do mar.
E é buscando viver o sonho guarapariense que Marina (Rejane Arruda) resolve juntar-se ao companheiro para curtir a folia de momo no início de “Prédio Vazio“. Porém o sonho começa a virar pesadelo ao se hospedar em um antigo e decrépito edifício onde nada funciona… Enquanto conversa ao telefone com a filha, Marina presencia a morte de uma antiga moradora do prédio e, para completar, descobre que o parceiro a traiu. Ao entrar em uma violenta briga com ele, o embate só não tem um final trágico graças à intervenção da zeladora Dora (Gilda Nomacce) que nocauteia o brutamontes com um martelo.
Preocupada com a mãe, Luna (Lorena Corrêa) decide ir para Guarapari e o simpático e apaixonado Fábio (Caio Macedo), mesmo contra a vontade dela, vai junto. Lá chegando, dão de cara com a porta do Edifício Magdalena que, com o final da temporada, parece completamente vazio. Dando um “jeitinho” de conseguir entrar no prédio o casal vai descobrir da pior forma que, contrariando o título do filme, o prédio de vazio não tem nada!
O diretor Rodrigo Aragão, que o Toca o Terror acompanha a obra há muito tempo (a gente exibiu A Noite do Chupacabras em 2013!) e também já teve o prazer de encontrar e bater papo algumas vezes, dessa vez resolve contar uma história mais urbana, ambientada em sua cidade natal.
Rodrigo, entre quilos de maquiagem e galões de sangue falso, gosta de abordar algumas temáticas sociais e em Prédio Vazio não fez diferente. O filme além de ser um conto de fantasmas, também é uma crítica ao desmatamento e consequente crescimento urbano desenfreado. “Um desperdício de espaço” como diz o motorista que leva Luna e Fábio ao amaldiçoado edifício.
O decadente Edifício Magdalena, fruto da direção de arte de Priscilla Huapaya, remete aos filmes de Bava e Argento, com seus vitrais coloridos dando deixa para a fotografia de Alexandre Barcelos usar uma paleta com tons esverdeados e/ou avermelhados nos personagens. O prédio, obviamente, também traz similaridades ao elevador e os corredores de “O Iluminado“, de Stanley Kubrick. Algumas das mortes (das agora almas atormentadas) que nos são apresentadas por flashbacks ou pelo prólogo, como é o caso do simpático casal de velhinhos, impactam pela caprichada maquiagem e efeitos práticos com a assinatura do parceiro de longas datas, Joel Caetano, e supervisionadas pelo próprio diretor.
Algumas coisas infelizmente não funcionam tão bem em “Prédio Vazio“: a montagem, que só engata no último terço do filme, quando a obra abraça aspectos mais surreais. Em relação ao elenco, o casal protagonista não tem uma química muito boa apesar dos personagens funcionarem de forma independente e algumas escolhas estéticas também não me agradaram (aí é questão pessoal). Mas isso não atrapalha o conjunto da obra que é mais uma mostra do comprometimento, esmero e amor ao gênero que o diretor tem mostrado em toda sua carreira.
Curiosidades: O filme faz parte de um projeto chamado “Filme-Escola” onde Aragão aproveita a realização da obra para ensinar um grupo de alunos a fazer cinema (dessa vez foram mais de 100 pessoas!). Os fãs poderão perceber vários easter eggs remetendo a outros filmes do “Aragãoverso”, como “O Cemitério das Almas Perdidas” e “A Mata Negra“. Houve ainda a estreia da filha mais nova do casal Rodrigo Aragão e Mayra Alarcón (que também faz uma pontinha em uma cena em que sai do elevador), Alícia Margarida Aragão.
Prédio Vazio, que estreou no 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, recebeu o Prêmio Retrato Filmes de distribuição no valor de R$ 100.000,00 (Cem mil reais), garantindo sua chegada aos cinemas no próximo 12 de junho. Prestigiem!

Título original: Prédio Vazio
Diretor: Rodrigo Aragão
Roteiro: Rodrigo Aragão
Elenco: Rejane Arruda, Gilda Nomacce, Lorena Corrêa e Caio Macedo
Origem: Brasil
Ano de produção: 2024
* Filme visto em pré-estreia promovida pela Sinny Comunicação e Retrato Filmes
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CRÍTICA: O Ritual (2025)
Jesus, às vezes, se disfarça de filme ruim pra testar a bondade dos homens. Só isso explica a existência de O Ritual (The Ritual, 2025), escrito e dirigido por David Midell. Essa presepada é mais uma produção que se apresenta sob a alcunha de “baseada numa história real”, que inclusive teria inspirado William Peter Blatty a escrever O Exorcista. Ok, vamos lá.
No ano de 1928, na cidade de Earling, em Iowa, uma jovem chamada Emma Schmidt (Abigail Cowen) está encapetada já há um certo tempo. Para resolver essa peleja de uma vez por todas, a igreja católica convoca o sacerdote Theophilus Riesinger (Al Pacino). Nessa missão, ele terá ao seu lado o padre Joseph Steiger (Dan Stevens) e a freira Rose (Ashley Greene).
Theophilus Riesinger e Joseph Steiger realmente existiram e o exorcismo de Emma Schmidt é considerado um dos casos de possessão mais documentados do século XX, incluindo até uma reportagem na revista Time. Mas isso tem no Wikipedia, aqui você vai ficar sabendo como David Midell conseguiu fazer um dos piores filmes de terror do ano.
Para início de conversa, o longa é um festival de clichês. Prepare-se para ver uma jovem amarrada na cama, sofrendo com chagas e feridas, gritando blasfêmias e fazendo objetos se moverem com a força da mente; enquanto os mocinhos rezam e mostram crucifixos.
Depois de tantos filmes de exorcismo, o público até se conforma que verá esse tipo de dinâmica, o problema é que o roteiro nem sequer tenta trazer um mínimo de criatividade. Pior, ele copia a mesma relação padre experiente/padre inexperiente de O Exorcista, incluindo aí uma morte traumática na família do personagem mais jovem.
(Pessoas de bom coração dirão que não tem como fugir, já que foi essa história que inspirou o livro, mas a gente sabe que isso é balela).
Há também o fato de que todos os protagonistas são apresentados em minutos, o que faz com que nenhum drama realmente importe para o espectador. Nem mesmo a pobre da possuída desperta nossa simpatia. E quando o demônio usa os traumas dos personagens contra eles (outra clichê do gênero), isso tem zero impacto, pois… ninguém liga.
Visualmente, O Ritual também é sofrível. A maquiagem é até competente, mas nada marcante. A fotografia é podre e, não satisfeito em falhar como roteirista, David Midell também teve as piores escolhas na direção, com uma INJUSTIFICADA câmera na mão, para dar às cenas um ar documental (Talvez? Sei Lá!).
No meio dessa lambança toda, duas boas ideias surgem. Um suposto affair entre o padre Steiger e irmã Rose; e como o exorcismo está impactando a pequena comunidade rural, com pessoas em pânico e animais morrendo. No entanto, nada disso vai adiante.
E se você chegou até aqui perguntando o que levou Al Pacino a entrar nessa barca furada, nem Jesus sabe a resposta. Em um determinado momento seu personagem abre a boca para dizer: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”. Sim, meteram essa frase em 2025, esperando causar impacto. Que Deus te elimine.

Direção: David Midell
Roteiro: David Midell
Elenco: Al Pacino, Dan Stevens e Ashley Greene
Origem: EUA
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Laurent
16 de novembro de 2016 at 01:51
Boa crítica, bastante equilibrada! The Innocents é um dos meus filmes favoritos, então era óbvio que a versão brasileira da obra de Henry James iria sofrer na comparação. O filme me deixou a impressão de ser um produção meio “Global”, destinada a um público que, como vc bem notou, pode apreciar a narrativa mais didática que Walter Lima Jr. adotou. Concordo também quanto à pouco convincente transição da personagem principal para a loucura, algo que era perfeitamente conduzido no filme de Jack Clayton. E as aparições são meio risíveis sim. É um filme até bem intencionado, mas que oferece mais esforço do que talento. Dito isso, acho que essa onda atual de filmes de terror e suspense brasileiros tem de ser prestigiada. No meio de filmes um tanto medianos, sempre pode aparecer um Quando Eu Era Vivo.
Tutameia
19 de novembro de 2016 at 15:50
filme brasileiro é somente mais um tipo de esquema de desvio de dinheiro publico..de que forma??? ahhh…isso é o que não falta: “incentivo cultural”, renuncia fiscal, fundo perdido, lavagem de dinheiro..e o escambau…
Francisco Luiz Ventura
8 de abril de 2017 at 17:57
o filme é bom mas não deixa de ser um plágio de ” Os Inocentes ” de 1961.
Alves
27 de fevereiro de 2018 at 16:52
Não é plágio, pois ambos os filmes são baseados num conto do Henry James, e mesmo que não existisse o conto, seria uma refilmagem! Seria de bom alvitre consultar o dicionário de vez em quando meu caro!
Regina Coeli Gomes Magalhaes
24 de outubro de 2017 at 19:57
Ainda bem que não assisti ao classico de 1961. Pois gostei muito desse.
GRAZIELA T CALDERARI
27 de outubro de 2017 at 18:25
Então, alguem me ajuda com o final deste filme rsrsrsrs….quem estava vivo e quem estava morto??
orlando
29 de janeiro de 2018 at 18:26
se descobrir me avise também kk
Alves
27 de fevereiro de 2018 at 16:57
O final é aberto, ou seja ele pode ter várias interpretações, como por exemplo, a loucura da professora, já que aparentemente só ela vê os fantasmas, ou que eu acho o mais plausível, que o fantasma da outra professora encorporou no corpo da Laura!
ulysses
5 de novembro de 2017 at 09:59
mais de 30 patrocinadores, incentivadores culturais, produtores etc…. captaram uma fortuna em dinheiro…..depois dos créditos, se não observaram na abertura (sem o nome dos atores????????) há o logotipo dos 30 patrocinadores….
Alves
27 de fevereiro de 2018 at 17:05
Eu gostei bastante da adaptação, e eu já conhecia tanto o conto do Henry James, “A Outra Volta do Parafuso”, como a adaptação de “Os Inocentes”, e achei interessante a ambientação numa fazenda de café, se passando nos 30, e eu não achei tão mastigado assim, prova disso que toda vez que eu vejo alguma resenha sempre tem alguém pedindo para explicar o final!
Ana
13 de novembro de 2018 at 21:02
Eu não entendi o fim?
Elisandra Pereira
19 de junho de 2019 at 22:09
Creio que, no final, quando ela beija na boca uma criança, ela assume as premissas do terror e mergulha de vez no ambiente sinistro que lhe vem sendo ofertado durante todo o filme. Ela ultrapassa um limite ali e isso toca o nosso inconsciente ou o nosso subconsciente, introduz uma estranheza que nos apavora.
ADLA
5 de agosto de 2019 at 14:22
OBRAS BRASILEIRAS, SEMPRE DEIXANDO A DESEJAR!