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DICA DA SEMANA: Gritos na Noite (1981)
Enquanto procurava um filme para trazer nesta semana, decidi ir até o YouTube para trazer algo que de preferência quase ninguém conhecesse. Foi quando me deparei com “Gritos na Noite” de 1981 (Scream), slasher feito na época dourada do subgênero e que eu não fazia a menor ideia do que se tratava.
O único fato que tinha chamado minha atenção é que o longa tinha o mesmo título original de Pânico (1996). Mas bem, isso sinceramente dispensa mais detalhes. Será que o filme dos anos 80 guarda alguma semelhança com o primo famoso além de ambos serem slashers? Pensava eu enquanto comecei a ver…
Nessa antiga produção, um grupo de amigos numa viagem durante o fim de semana se abriga numa cidade abandonada que foi construída na época do Velho Oeste americano. Isolados de todos, essas pessoas estavam em busca de paz e curtição, mas o que encontram é emoção extrema quando um por um, eles vão sendo despachados para o além por uma figura que está determinada em acabar com todos.
Então, deixo claro que tirando o fato de serem slashers e terem o mesmo título original, os filmes não tem nada a ver um com o outro. Se Kevin Williamson um dia assistiu a “Gritos na Noite” e quis se inspirar para criar sua franquia de sucesso, certamente depois ele deve ter se arrependido. O longa de 81 vinha surfando na onda de Sexta-Feira 13, se mostrando uma cópia pálida, ridícula e sem noção alguma. Sério, acho que os atores choravam de vergonha nos bastidores, rezando para que o filme não desse certo. Mas com um roteiro e direção desses, não tinha como.
“Gritos na Noite” pega todos os clichês possíveis e os adapta de forma bizarra ou sem coerência alguma. Nada faz muito sentido aqui… E olha que mesmo pra um slasher isso é novo. A maioria dos personagens sequer tem nome. Não existe sequer o rascunho de suas personalidades. A única coisa interessante do casting é que não é formado só por “jovens”, inclusive um “vovô” que aparece no começo vai pra faca logo logo.
A fotografia é tão escura e desajeitada que em muitos momentos não dá para se entender o que está acontecendo. A direção é tão ruim que não se decide se seria terror ou comédia. Aliás, o alívio cômico dele é de dar arrepios. O roteiro não faz sentido algum, mas descobri uma curiosidade a respeito: Byron Quisenberry, o diretor e roteirista não entregou a seus atores o desfecho da história… É quando me pergunto: “mas que desfecho?”. O longa termina de uma maneira tão abrupta e incoerente com tudo que o espectador é que tem que montar seu final… sério mesmo!
O gore é inexistente, assim como seu assassino que nunca é visto. O que vemos é alguma arma branca sendo erguida e desferindo algum golpe. Existe até a tentativa de criar uma “história” para o vilão, mas é tudo tão ridículo, mas tão ridículo e sem sentido que é melhor deixar quieto. Enfim, o filme está no YouTube e serve só para fanáticos por slashers como eu.
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DICA DA SEMANA: Nosferatu – O Vampiro da Noite (1979)
Antes do Drácula bonitão da Universal (Bela Lugosi) e da Hammer (Christopher Lee), Nosferatu de 1922 já tinha levado para as telas o vampiro feioso e pálido, algo muito mais parecido com o protagonista do livro de Bram Stoker. Por isso, pelo menos pra mim, parece um projeto bem ambicioso, em 1979, trazer o Drácula com cara de rato de volta e perder de colocar um galã no papel.
Bom, foi isso que Werner Herzog fez em Nosferatu – O Vampiro da Noite (Nosferatu, the Vampyre), refilmagem do clássico do expressionismo alemão. Mas, vamos lá, era Werner Herzog, então o cara não ia fazer um filme de terror convencional, apesar de seguir o ‘basicão’ ali da história original.
O advogado Jonathan Harker (Bruno Ganz) viaja até a Transilvânia para vender uns terrenos ao Conde Drácula (Klaus Kinski) e acaba sendo feito prisioneiro. Mas, ao escapar, retorna para Bremen, na Alemanha, na tentativa de evitar que o vampiro pinte miséria por lá, principalmente contra sua esposa Lucy (Isabelle Adjani).
No mais, Herzog contou sua própria versão da história, nem mesmo se apegando ao filme de 1922, de onde pegou só uma referência aqui e outra ali, inclusive subvertendo o final. Nosferatu – O Vampiro da Noite é puro suco de cinema europeu dos anos 70, cheio de imagens artísticas, direção de arte finíssima e trilha sonora onírica.
Além disso, o Drácula dentuço de Klaus Kinski está no panteão das grandes versões do conde mais amado do terror.
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DICA DA SEMANA: 3 filmes com loop de tempo
Nos últimos 15 anos aumentou e muito o número de filmes que se utilizam do recurso de “loop de tempo” em suas narrativas. E com o sucesso de produções como “A Morte Te Dá Parabéns” e “No Limite do Amanhã“, aí é que a galera se empolgou mesmo.
Até um curta ganhou o Oscar apostando neste formato recentemente. Sendo que hoje vamos falar de três filmes que se utilizam deste recurso em seus roteiros mas que não são tão conhecidos assim.
* Crimes Temporais (Los Cronocrímenes, 2007)
Primeiro longa do espanhol Nacho Vigalondo, “Crimes Temporais” é um daqueles filmes mais ou menos recentes que se tornaram cults quando se fala de viagem no tempo. Produção modesta, mas eficaz, o longa cria uma confusãozinha mental se a gente for tentar entender a lógica por trás do roteiro. Ainda assim, faz mais sentido do que toda a hexologia de “O Exterminador do Futuro“, por exemplo.
Vemos um casal simples chegando em uma casa de campo para morar. De repente, situações banais começam a ganhar contornos intrigantes quando o protagonista se depara um homem com o rosto enfaixado. É quando para tentar escapar da ameaça na floresta, ele encontra uma casa com uma máquina do tempo no porão que dá a chance da pessoa voltar uma hora no tempo… Daí já viu, né?!
Disponível na Amazon Prime Video
* Triângulo do Medo (Triangle, 2009)
Esta produção australiana traz um grupo que pensou que passear de barco seria uma boa ideia, até que chega uma tempestade e ficam à deriva. Para tentarem se salvar, embarcam em um navio que surge em alto mar. O que não contavam é que o navio aparentemente abandonado esconde vários mistérios.
O lance é que enquanto a turma tenta pedir ajuda, outro grupo de pessoas no mesmo navio tenta acabar com a vida deles. E a cada tentativa de fuga, a contagem de corpos aumenta. Repleto de simbologias e metáforas, é um filme que dá pra ver e rever cada cena sem olhar pros paradoxos que poderiam rolar.
Disponível no Telecine Play
* ARQ (ARQ, 2016)
Trazendo um tempero de ação, “ARQ” nos mostra de forma bem angustiante a saga de um aparente casal em tentar se livrar de uma invasão de desconhecidos em sua casa. O detalhe é que todos eles estão presos em um loop de tempo que complica a resolução da história.
O fator complicador neste caso é que a cada novo “loop”, os personagens começam a ter mais noção do que está acontecendo e procuram inventar novas formas de fugir. Tenso e imprevisível, “ARQ” funciona melhor do que muitos outros filmes que se utilizam de toneladas de efeitos especiais e mil figurantes.
Disponível na Netflix
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DICA DA SEMANA: O Exorcista III (1990)
Para a dica desta semana eu trago um filme aniversariante: O EXORCISTA III (Exorcist III), escrito e dirigido por Willam Peter Blatty, completa 32 aninhos neste mês de agosto.
O EXORCISTA III é adaptação do livro ESPÍRITO DO MAL / LEGIÃO (Legion, 1983) que é uma continuação direta do livro O EXORCISTA (The Exorcist, 1971). Na trama, o tenente Kinderman investiga uma série de assassinatos que trazem a assinatura do já conhecido serial killer: Gêmeos. O problema é que este assassino está morto há 15 anos. Com a ajuda do amigo padre Joseph Dyer, ambos são levados a revelações cabulosas.
Blatty exibe um domínio enorme na condução do longa. E não é de se espantar, já que é o autor de ambos os livros. Aqui, com a direção em suas mãos, ele imprime sua real visão da própria obra, mantendo um clima constante de tensão como se algo de muito pior fosse acontecer a cada cena. A fotografia do Gerry Fisher é essencial para dar o tom sombrio à trama. Até estátuas sacras dão medo aqui! Sem contar que O EXORCISTA III tem um dos sustos e jumpscares mais cabulosos e inesperados da história do cinema de horror.
Para além da competente produção, o longa conta com a carismática dupla George C. Scott e Ed Flanders, (Kinderman e Dyer respectivamente), Brad Dourif que encarna o assassino de Gêmeos nos conferindo uma performance assustadoramente brilhante e Jason Miller vivendo o sinistro “paciente X”.
É de fato um filme incrível que, para este que vos escreve, por muito tempo foi subestimado por ser o terceiro da franquia O EXORCISTA, quando na verdade deveria ter sido o segundo, já que, como dito no início, se trata da continuação direta do livro. E convenhamos que depois do que rolou em O EXORCISTA 2: O HEREGE, carregar um título desse também não ajuda. Este longa de 1990 poderia ter se chamado simplesmente LEGIÃO como no livro, mas enfim…
Em suma, O EXORCISTA III é um típico terror policial cabuloso que merece ser visto. Ficou curioso? Aproveita que este clássico cult encontra-se no catálogo do HBO Max.
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