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DICA: Little Deaths (2011)

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Por Queops Negronski

Antes de tudo, é bom saber que Little Deaths, mesmo que em alguns momentos pareça que sim, não é uma antologia de horror convencional. Existe sim, algo de sobrenatural por ali, mas os roteiristas apostaram em determinadas facetas do comportamento humano que conseguem ser mais brutais do que a ficção. E quem ganha com isso é o espectador.

Outra coisa importante de se frisar é que este é um filme sobre casais, pares apaixonados ou não, cujas vidas em determinado momentos dão guinadas um tanto quanto peculiares tendo o nosso olhar por testemunha. Vamos aos curtas do filme:

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HOUSE AND HOME [Direção e roteiro de Sean Hogan]
Richard (Luke de Lacey) e Victoria (Siubhan Harrison), um casal de cristãos devotos que acredita que pessoas menos abastadas são meros brinquedos para aplacar suas taras e movimentar sua vida conjugal, têm como hábito ludibriar jovens mulheres sem-tetos em ações que a princípio parecem caridosas, mas que culminam em perversos jogos sexuais. O desfecho que não faz jus ao que vinha sido desenvolvido até ali não compromete este segmento, que pode ser definido como “uma história de predadores”.

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MUTANT TOOL [Escrito e dirigido por Andrew Parkinson]
Jen (Jodie Jameson) é uma ex-viciada em drogas e ex-garota de programa que ganha a vida como traficante, atividade esta que tem lhe dado alguns revezes ultimamente. Jack (Daniel Brocklebank), seu namorado, comanda a operação e é envolvido em outras atividades ilícitas alheias a Jen e ele, preocupado com a integridade física e mental da namorada, a encaminha para um tratamento especializado onde “[…]pode haver efeito colaterais, algumas alucinações leves, sons, luzes, talvez dor de cabeça. Nada pra se preocupar”. Lógico que tudo isso acontece, além de outras coisas mais como experimentos nazistas, uma criatura com propósito surreal + uma droga exclusivíssima. Mutant Tool é um terror/sci-fi de tintas pesadas onde pessoas que vivem à margem das regras sociais estabelecidas constroem seus caminhos com diferentes e inacreditáveis tipos de violência.

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BITCH [Escrito e dirigido por Simon Rumley]
Claire (Kate Breathwaite) e Peter (Tom Sawyer) vivem uma relação baseada em anulamento, desdém, provocações, humilhação e até mesmo amor, onde ele, em sua carência e submissão e reduzido a mero animal de estimação, em determinado momento decide dar um basta. E pra isso, usa como arma de vingança aquilo que Claire mais teme. Se até aqui algumas situações soavam desconfortáveis, a partir desse momento acompanhamos boquiabertos todo o ato final dessa peça amarga de tons predominantemente azulados. Pesado, muito pesado.

Resultado: Três histórias de sangue e morte numa produção com direção segura, roteiros afiados e atuações eficientes que ao final não nos deixa na boca o amargor decorrente da decepção. Merece ser visto!

Direção: Sean Hogan, Andrew Parkinson e Simon Rumley
Roteiro: Sean Hogan, Andrew Parkinson e Simon Rumley
Elenco: Luke de Lacey, Holly Lucas e Siubhan Harrison
Origem: Reino Unido

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=iXsurw0RnrM?rel=0&w=560&h=315]

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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)

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Dr. Phibes

Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.

Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!

O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.

Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).

Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.

Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.

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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)

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Mortos que Matam

[Por Geraldo de Fraga]

Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)

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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)

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A Volta dos Mortos-Vivos 3

Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.

Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.

Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.

E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.

Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.

Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.

A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.

Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.

O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.

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