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DICA DA SEMANA: Halloween – A Maldição Está de Volta (1995)
JACK-O é um slasher com temática de Halloween, feito na Flórida pelo diretor Steve Latshaw com orçamento bem reduzido. Aqui no Brasil, a produção tem uma história bem curiosa com o fã do gênero que o alugou no VHS ou assistiu ao filme no saudoso Cine Trash. Por que? Porque a distribuidora Sunset Filmes resolveu que seria uma boa enganar os desavisados lançando o filme como HALLOWEEN – A MALDIÇÃO ESTÁ DE VOLTA.
Picaretagens do mercado brasileiro à parte, vamos ao filme em si. JACK-O lida com um dos clichês favoritos dos produtores americanos do gênero, onde temos outra família branca, de classe média unida contra o mal, desta vez na forma de um assassino mascarado com uma cabeça de abóbora… É sério!
Acontece que o tal “Jack-O” é um vingativo demônio que tem uma ligação centenária com a família Kelly. O desgraçado estava morto e enterrado até ser ressuscitado por três jovens imbecis (sempre eles!). Daí se teve gente que se irritou com HALLOWEEN III por Michael Myers jamais aparecer em cena, não é bom nem imaginar o sentimento de quem viu o Myers ser trocado por um demônio assassino com uma cabeça de abóbora.
JACK-O pode ser cheio das falhas comuns aos filmes de micro-orçamento, como o ritmo bem irregular e as atuações medíocres (sendo gentil…). O filme ainda tenta se levar mais a sério do que deveria, mas o seu coração está no lugar certo. É uma obra que vale uma conferida nem que seja pela caracterização memorável desse assassino mascarado, e claro, uma das mortes por eletrocussão mais maravilhosas da história do cinema.
Trata-se de um legítimo exemplar do terror direto pra vídeo da metade dos anos 90, antes de Wes Craven e seu PÂNICO levar o gênero ao mainstream novamente. Qualquer espectador, inclusive, poderia facilmente confundir esse filme como um terrorzinho dos anos 80 e não 90. O longa tem como principal locação um subúrbio americano de classe
média que parece ter parado no tempo.
Temos ainda participações especiais de John Carradine e Cameron Mitchell, com o detalhe de que ambos já estavam falecidos em 1988 e 1994, respectivamente. A dupla de veteranos aparece no filme graças a um material de arquivo do produtor executivo Fred Olen Ray, que também o ajudou a dar um jeitinho de inserir as musas ‘B’ Brinke Stevens e Dawn Wildsmith em cenas que duram poucos segundos. E Linnea Quigley, a atriz mais conhecida de todo o elenco, não tem muito o que fazer como a babá do garoto Sean Kelly (Ryan Latshaw, filho do diretor)… se bem que ela tem mais uma cena completamente gratuita de nudez no chuveiro para colocar no seu currículo.
Esta pérola da bagaceira está disponível na íntegra no YouTube em cópia legendada ou dublada, inclusive em uma gravação de uma exibição no Cine Trash. Quem sabe você também venha a ser parte da legião de fãs que revê essa belezinha todo ano na época do Halloween.
PS: Na ocasião do lançamento em DVD brasileiro, tivemos um título nacional mais adequado: JACK-O, O DEMÔNIO DO HALLOWEEN. Uma dica para quem possa ter o DVD (como é o caso deste que vos fala! Haha) é escutar os impagáveis comentários em áudio do diretor Latshaw e o produtor Olen Ray (o homem que nos deu EVIL TOONS e HOLLYWOOD CHAINSAW HOOKERS), que também estão legendados.
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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)
Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.
Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!
O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.
Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).
Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.
Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.
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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)
[Por Geraldo de Fraga]
Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)
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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)
Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.
Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.
Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.
E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.
Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.
Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.
A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.
Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.
O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.
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