conecte-se conosco

Dicas

DICA DA SEMANA: Sorority House Massacre II (1990)

Publicados

em

Dica

[Por Felipe Macedo]

Os slasher movies e suas intermináveis sequências são tão parecidos que às vezes a gente se confunde com o título, quando não é mesmo essa a intenção dos produtores. Para cada filme que se tornou um clássico conhecido, existe pelo menos mais três não tão famosos assim com um baixo custo de produção e de qualidade questionável.

O fato é que o bom ou o médio retorno financeiro acaba valendo a pena para essa galera. Nesse contexto aí, já na época de declínio do subgênero em 1990, apareceu a “continuação” de “Mansão da Morte” (Sorority House Massacre, 1986), virando uma produção ainda mais obscura que caiu no YouTube para quem quiser arriscar.

Seriam estas as primeiras Spice Girls?

Na dica desta semana, temos “Massacre na Casa de Fraternidade 2” (Sorority House Massacre II), em que Jim Wynorski nos apresenta um grupo de garotas que compra uma casa para fazer dela uma fraternidade. O problema é que no local, cinco anos antes, ocorreu um massacre onde o dono do imóvel matou toda família e foi detido por uma dupla de vizinhas. Na arrumação da casa, elas encontram uma tábua ouija e supostamente invocam o espiríto do assassino.

Então agora uma por uma, elas são mortas por uma figura misteriosa. Seria ele o vilão que voltou dos mortos ou um novo psicopata em ação? Tendo essa premissa em mente e sabendo que esta é uma continuação B, espere qualquer coisa. Inclusive um dos grandes charmes desta produção, é se utilizar de um humor cínico que nunca se leva a sério, constantemente brincando com os clichês da escola slasher de cinema.

Participação especial de Rogerinho do Ingá

Bem, lembram que eu disse que ele se tratava de uma continuação entre aspas, simplesmente pelo fato de não ter nada a ver com o original? Se bem que o original já era uma cópia ruim de Halloween… Este segundo e ousado longa se aproveita de cenas de flashback de uma outra franquia (Slumber Party Masssacre, 1982) mudando os eventos e a história do mesmo.

Vai precisar de muito Vanish pra limpar essa roupa

Esta produção usa e abusa de qualquer pretexto para que suas personagens tirem a roupa e sensualizem para as câmeras. Não chega nem a ser um softporn por não ter cenas de sexo, mas tirando esse detalhe, é muita sensualidade no decorrer da trama. As cenas de morte são risíveis e praticamente se repetem uma após outra. Ainda sim, é uma obra extremamente divertida e rápida que vai agradar quem gosta de um bom filme ruim.

P.S.: Lançando moda muito antes das obras da Marvel, existe uma hilária cena durante os créditos.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

"Nós deixamos de procurar os monstros embaixo de nossas camas, quando percebemos que eles estão dentro de nós"

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dicas

DICA DA SEMANA: Aterrorizante (2016)

Publicados

em

Até que enfim, trago um slasher para a dica da semana. Ultimamente, imagens de um palhaço sinistro tem rodado as redes sociais e despertado o interesse de quem é fã de terror. Estas cenas são do recém lançado ATERRORIZANTE 2 (Terrifier 2, 2022). Mas a dica não é deste, mas sim do seu antecessor: ATERRORIZANTE (Terrifier, 2016), longa de seis anos atrás.

Escrito e dirigido por Damien Leone, ATERRORIZANTE é um slasher brutal no qual acompanhamos um palhaço cabuloso que toca o terror numa noite de Halloween matando qualquer um que cruza seu caminho. O filme tem um roteiro que não se propõe à profundidade e é cheio de situações que forçam a barra pra trama andar, mas compensa pela boa direção.

Bem filmado e fotografado, ATERRORIZANTE tem uma violência extremamente gráfica. É daquela dói de ver! Os efeitos práticos são criativos, funcionam muito bem dentro da proposta e provavelmente vai te fazer desviar o olhar da tela em alguns momentos. A fotografia é bem estilosa e com cores vivas, trazendo um clima mais surreal pra toda trasheira apresentada.

Assim como Myers, Jason e muitos outros em suas respectivas franquias, o palhaço Art é a força que move o filme. Sem dizer nada, David Howard Thornton manda muito bem nas expressões faciais e corporais, nos conferindo um psicopata sádico, debochado e imprevisível, pois quando se acha que ele vai aloprar, ele, não só dobra a aposta, mas subverte qualquer “regra” de assassino em série do gênero que se espera.

É curioso que Art não surge neste “primeiro” filme, mas sim em um curta homônimo de 2011 e em um longa de 2013 chamado ALL HALLOW’S EVE (2013), sendo todos do mesmo diretor/roteirista.

Em suma, é um filme chocante e sem escrúpulos que é recomendável pra quem curte uma bagaceira com muito sangue. Se você é esta pessoa doente, vai fundo que este slasher vai te divertir. ATERRORIZANTE se encontra no catálogo da Amazon Prime Video.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue lendo

Dicas

DICA DA SEMANA: Night Train to Terror (1985)

Publicados

em

Night Train to Terror

Vez por outra a gente comenta ou recomenda antologias. De antologias antigas, boa parte vem da década de 1970. Mas desta vez estou aqui para citar “Night Train to Terror“, uma obra que vem dos loucos Anos 80 com um certo grau de ousadia, gore e transgressão.

Disponível no catálogo do Mubi, “Night Train to Terror” traz simplesmente como anfitriões ninguém menos do que Deus e o Diabo jogando xadrez num vagão de trem que passeia pelo espaço rumo à destruição total. Durante a jornada, ambos se questionam sobre a natureza humana e o livre arbítrio que faz com que umas pessoas façam coisas inimagináveis. E é aí onde entram os casos que viram sequências desta antologia.

De antemão, digo que o primeiro (“The Case of Harry Billings“) é o mais problemático. Por ter sido derivado de um outro filme não concluído, as cenas foram editadas de forma a caber nessa obra de uma maneira meio apressada. É uma clássica trama de cientistas loucos onde Harry Billings vira um homem em transe que se submete às ordens de um médico que quer obter mais “pacientes” e órgãos de forma ilegal para comercializar. Ok, tem um fiapo de história, mas podia ter sido melhor.

Já no segundo segmento (“The Case of Gretta Connors“), vemos um caso de traição e vingança. O que seria uma clássica história de amor à primeira vista, logo se torna um caso de psicopatia e ambição em que a jovem Gretta Connors se torna atriz pornô ao se envolver com um empresário de meia idade. Não bastasse essa reviravolta na carreira da mulher, ela entra na mira de outro sujeito que se apaixona por ela ao ver sua performance adulta. Mas aí, os planos do marido traído serão bem mais ardilosos quando ela convida o casal para participar de um clube, que não é de swing, mas de um culto à morte. Veja só a doideira!

Por fim, “The Case of Claire Hansen” é o que aparenta ter um roteiro mais intrincado, mas que sofre um pouco por efeitos especiais que ficam no limite entre a criatividade e a precariedade. Desta vez, temos uma cirurgiã renomada que começa a ter pesadelos sobre demônios e nazistas. Em paralelo, seu marido que é um escritor ganhador do Prêmio Nobel, começa a divulgar um novo livro com temática bastante polêmica para pessoas religiosas. Em meio a alucinações, acontecimentos estranhos e mortes esquisitas que os protagonistas testemunham, existe ainda um misterioso homem que se revela ser um servo de Satã operando maldades há séculos.

E entre uma história e outra, Deus e o Diabo voltam à cena para comentar o ocorrido e questionar o destino da humanidade enquanto em outro vagão uma turma bota pra quebrar com sexo, drogas e rock’n’roll. Gratuito? Exagerado? Violento? Claro, mas “Night Train to Terror” é meio que uma síntese dos Anos 80.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue lendo

Dicas

DICA DA SEMANA: Saint Maud (2019)

Publicados

em

Eu me perguntei um dia desses: o que foi que aconteceu para a gente nunca ter falado de Saint Maud aqui no Toca o Terror? Provavelmente o motivo foi a bagunça que é para filmes mais alternativos serem lançados oficialmente no Brasil. Falamos em algum programa na rádio, mas texto não rolou. Bom, esse erro será corrigido hoje, graças à sua, à minha, à nossa Dica da Semana.

Em uma cidade litorânea do norte da Inglaterra, a enfermeira Maud (Morfydd Clark) é designada como cuidadora da ex-bailarina e coreógrafa Amanda (Jennifer Ehle), que vive sozinha e enfrenta um linfoma na medula em fase terminal. Essa relação desencadeia uma série de atritos, pois, enquanto a jovem é extremamente católica, a paciente adora os prazeres mundanos.

Com um trauma em seu passado recente, Maud encara o emprego na casa de Amanda como uma missão divina: salvar a alma daquela mulher depravada à beira da morte e mandá-la para o céu. É aí, claro, que as coisas começam a se complicar. Produzido pela A24, o filme é o primeiro longa da carreira da diretora Rose Glass e é uma alegoria magnífica sobre fanatismo religioso, mas paremos por aqui. Saint Maud é curto, só tem 1h20, então falar mais é certeza de spoiler.

Para finalizar, vale destacar o desempenho de Morfydd Clark. Hoje mundialmente conhecida pelo papel da elfa Galadriel, na Série d’O Senhor dos Anéis, a atriz sueca dá show como a enfermeira confusa que tenta interpretar sinais divinos em tudo que vê. O filme está disponível nos streamings Prime Video e Apple TV. Se você tem TV por assinatura, ele entrou recentemente na programação do canal Space e, vira e mexe, passa por lá. Com o perdão do trocadilho, vá na fé.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue lendo

Trending