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Críticas

CRÍTICA: Honeymoon (2014)

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Honeymoon

Filme de estreia de Leigh Janiek, escrito em parceria com o também novato Phil Graziadei, Honeymoon (2014) aposta no sugestionamento. Uma aposta arriscada, tendo em vista que o público de hoje prefere tudo mastigado e entregue de bandeja. Os dois protagonistas são rostos conhecidos do público que devora séries de TV a cada ano. Paul (Harry Treadaway, o Dr. Victor Frankenstein de Penny Dreadful) e Bea (Rose Leslie, a Ygritte de Game of Thrones) formam um casal recém casado que decide passar a lua de mel na casa de campo da família da noiva.

Como eles chegam antes do verão, o local está praticamente vazio. O único lugar onde há alguém é o restaurante local, onde os dois encontram Will, amigo de infância de Bea, e sua esposa, ambos agindo de maneira estranha e não falando coisa com coisa. Passado esse encontro, o filme foca apenas na rotina do casal apaixonado. Fica até um pouco maçante, mas a ideia é estabelecer um laço de intimidade entre o público e os personagens.

HONEYMOON_Harry_Treadaway__Leslie_

A ação começa a dar as cartas quando Bea sofre um ataque de sonambulismo e é encontrada por Paul, vagando pela mata. O que parecia ser um incidente sem grande importância, começa a preocupar o marido, pois ela começa a demonstrar um comportamento diferente, além de lapsos de memória e feridas na parte interna das pernas. A princípio, Paul começa a desconfiar de um caso clássico de traição entre Bea e Will, mas com o passar do tempo nota que o problema é bem maior.

Acompanhamos tudo sob o ponto de vista de Will que vai vendo sua esposa se transformar em uma pessoa totalmente diferente, sem saber como proceder e sem ninguém a quem possa pedir ajuda, no fim de mundo onde estão. Ponto para o filme: a direção de Leigh Janiek consegue de fato passar essa angústia, nos deixando tão às cegas quanto ele.

Como dito no primeiro parágrafo, todo o desenrolar da história é sugestionado. Honeymoon é um filme que mais levanta dúvidas do que as explica. É até engraçado ver atores de duas das séries mais aclamadas pelo público de TV em um trabalho que obviamente não é destinado para esse segmento. Por outro lado, os fãs podem gostar de vê-los em papéis desafiadores, dos quais eles até dão conta do recado.

Honeymoon-film

Mas o fato de o Honeymoon entupir o roteiro de mistérios não quer dizer que você não saberá o que aconteceu no final. Não é o caso. O desfecho lhe será entregue, curiosamente com uma cena bem clichê. Mas não antes que você queime os miolos para saber como tudo que aconteceu antes lhe levou até ali.

Escala de tocância de terror:

Direção: Leigh Janiak
Roteiro: Phil Graziadei, Leigh Janiak
Elenco: Rose Leslie, Harry Treadaway, Ben Huber
Origem: EUA

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0 Comments

  1. julia

    16 de setembro de 2014 at 10:50

    foi até boa a nota…

  2. Paulo Henrique

    16 de março de 2015 at 01:21

    Estou assistindo agora…o filme parece ser muito bom. Minuto 55 e já tenho alguns palpites. O interessante é o fato de haver uma infinidade de possibilidades para o desfecho.

  3. eduarda

    15 de maio de 2015 at 20:26

    eu assisti o filme 2 vezes e não consegui entender

  4. Vlad Camargo

    21 de julho de 2015 at 02:47

    Não tem o que entender, é o típico filme que é feito apenas pra nos enrolar até o final e gastar nosso tempo tentando encontrar razões e sentidos que nem o roteirista conseguiu encontrar… não fôsse pela Rose Leslie eu penava esse filme de minha HD, sem dó.

  5. Lenardo d'Alves

    27 de agosto de 2015 at 20:56

    Rola um cliche Alien na parada ne…?

  6. Keityússia

    23 de dezembro de 2015 at 17:54

    Ainda to tentando entender o meio e o fim desse filme.

  7. Diogo

    13 de março de 2016 at 11:57

    Fox Moulder resolveria este caso sem problemas.

    • Renata

      20 de outubro de 2017 at 17:27

      com certeza.

  8. daniel toledo

    24 de abril de 2016 at 13:13

    Achei o filme muito bom, como o próprio Geraldo fala, a angústia do Paul é passada de forma bastante convincente. As atuações são muito boas.
    Sou um pouco suspeito para falar do desfecho, pois a temática é de grande interesse meu.
    Acredito que o orçamento não tenha sido lá essas coisas, evitando cenas mais bem trabalhadas do meio ao final. Mas o própria idéia de filme de baixo orçamento simples e eficaz é interessante.

  9. Lucas

    18 de junho de 2016 at 02:34

    Esse filme é daqueles que faz a gente perder nosso tempo atoa,sem achar razão e fundamento. ….lixo de filme

  10. Fátima

    15 de outubro de 2016 at 14:41

    Nada a ver..filme chato

  11. O cara que não entendeu o filme

    13 de março de 2017 at 00:39

    não entendir

  12. layane

    29 de março de 2017 at 00:32

    eu não entendi odiei

    • Renata

      20 de outubro de 2017 at 17:26

      sao alienigenas

  13. Rosa

    21 de abril de 2017 at 18:12

    Uma bosta

  14. Renata

    20 de outubro de 2017 at 17:25

    Cara o filme em si é até bom. as atuacoes sao boas.. o denserolar tambem… pra quem nao entendeu o final… (SPOILER ALERT)…. Sao alienigenas. Isso fica meio obvio pela luz que eles emitem, pelo que sai de dentro da Bea e a silhueta preta dos “homens”. Há uns furos no roteiro sim. Como por exemplo… pra que alienigenas viriam numa floresta tentar engravidar duas mulheres, fazerem elas matarem seus maridos, e depois leva-las embora? rsrss Enfim… mas de qq forma eu gostei do filme. Melhor que a maioria ai desses novos.

  15. Jose

    7 de janeiro de 2018 at 15:36

    Achei esse filme uma merda… sem entender nada.. e o final sem palavras de horrivel… pior filme q ja vi.. so perdi tempo

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CRÍTICA: Pecadores (2025)

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Se você continua a dançar com o diabo, um dia ele vai te seguir até sua casa.”
Estas são as palavras do pastor Jedidiah para o filho que volta para casa, como na parábola do filho pródigo. Cansado, machucado e arrependido, ele é a testemunha dos acontecimentos que conheceremos ao longo da história de Pecadores (Sinners).

Mississippi, 1932. Os irmãos Elias e Elijah, mais conhecidos como Fuligem e Fumaça (interpretados por Michael B. Jordan), retornam à sua cidade natal após uma temporada em Chicago, com o objetivo de abrir um juke joint (um tipo de inferninho com comida farta, bebida, jogatina e muita música) e recomeçar suas vidas. Para a inauguração do estabelecimento, os gêmeos começam a reunir sua “trupe”.

É assim que conhecemos ‘Pastorzinho’ Sammie (o cantor Miles Caton, em sua estreia), o jovem do começo do filme, primo dos gêmeos, que, apesar da pouca idade, se mostra um talentoso bluesman. O pianista Delta Slim (Delroy Lindo, fazendo jus ao sobrenome como sempre), os Chow (Yao e Helena Hu), Cornbread (Omar Miller) e Annie (Wunmi Mosaku), ex-esposa de Fumaça e sacerdotisa hoodoo, que será responsável pela cozinha do lugar (e também por explicar aos demais os acontecimentos sobrenaturais que virão). Com a chegada inesperada de Mary (Hailee Steinfeld), ex-namorada de Fuligem, o núcleo está completo.

Ryan Coogler, que dirigiu anteriormente filmes como Creed: Nascido para Lutar e os Pantera Negra, não tem pressa em chegar às vias de fato: dedica a primeira hora de Pecadores a um drama com tons ensolarados e ritmo refinado.

O foco está na construção cuidadosa de um mundo marcado pela persistente sombra da escravidão e pelas desigualdades de um Sul dos Estados Unidos em que pessoas que acordam antes do amanhecer para colher algodão recebem o pagamento em moedas de madeira ou títulos de plantação, em vez de dinheiro; presidiários acorrentados trabalham nas estradas; e a Ku Klux Klan que pode, a qualquer momento, bater à sua porta.

Nessa realidade, o blues oferece uma fuga e uma cura. A música, que permeia todo o filme, é refúgio e ponte entre o passado e o futuro. Isso é demonstrado de forma magistral em um dos momentos mais belos — e ao mesmo tempo estranhos — do filme, durante a inauguração do empreendimento dos gêmeos. Mas tanta energia positiva, gerada por aqueles que são musical ou metafisicamente talentosos, acaba atraindo seu oposto. E é aí que entra o charmoso e ameaçador Remmick.

Remmick (Jack O’Connell) bate à porta de Bert (Peter Dreimanis) e sua esposa Joan (Lola Kirke) — que logo descobrimos serem membros da KKK —, pedindo ajuda e alegando estar sendo perseguido por “terríveis indígenas”. No entanto, tudo não passa de um disfarce para conseguir ser convidado a entrar na casa deles. O convite selará seus destinos (e também mudará o ritmo da história dali em diante).

Apesar de ser o primeiro trabalho totalmente autoral de Coogler, Pecadores também confirma parcerias de longa data. O compositor Ludwig Göransson e Michael B. Jordan estão presentes em todos os filmes do diretor. O mesmo vale para a montagem de Michael P. Shawver. A direção de fotografia é de Autumn Durald Arkapaw, que também trabalhou em Pantera Negra: Wakanda para Sempre. Enfim, trata-se de um filme em que o entrosamento da equipe é notável e que Ryan conduz como um blues de Buddy Guy (que faz uma pontinha na cena entre-créditos): de vez em quando tem umas notinhas fora, mas ainda assim é uma obra-prima.

P.S.: Tem uma cena pós-créditos que quem gostou do filme, como eu, vai curtir.

P.S.2: Não vou postar teaser nem trailer pois eles têm muita revelação desnecessária. Aliás, façam como eu e não leiam mais nada além dessa resenha, nem assistam os trailers de Pecadores. Apenas vão pro cinema e assistam (no IMAX, se possível).

Escala de tocância de terror:

Título original: Sinners
Diretor: Ryan Coogler
Roteiro: Ryan Coogler
Elenco: Michael B. Jordan, Miles Caton, Delroy Lindo
Origem: EUA
Ano de produção: 2024

* Filme visto em pré-estreia promovida pela Espaço Z no IMAX do UCI Recife

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CRÍTICA: Prédio Vazio (2025)

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Prédio Vazio

“Quer viver um sonho lindo que eu vivi?
Vá viver a maravilha de Guarapari”

Assim diz a letra da antiga valsinha de Pedro Caetano interpretada por Nuno Roland. Cidade do litoral do Espírito Santo, Guarapari fica bastante animada no verão, especialmente durante o carnaval onde costuma ser muito visitada por turistas. Em baixa temporada acaba sendo uma ótima pedida para curtir alguns dias de descanso, comer um peixe e tomar uma cerveja num quiosque à beira do mar.

E é buscando viver o sonho guarapariense que Marina (Rejane Arruda) resolve juntar-se ao companheiro para curtir a folia de momo no início de “Prédio Vazio“. Porém o sonho começa a virar pesadelo ao se hospedar em um antigo e decrépito edifício onde nada funciona… Enquanto conversa ao telefone com a filha, Marina presencia a morte de uma antiga moradora do prédio e, para completar, descobre que o parceiro a traiu. Ao entrar em uma violenta briga com ele, o embate só não tem um final trágico graças à intervenção da zeladora Dora (Gilda Nomacce) que nocauteia o brutamontes com um martelo.

Preocupada com a mãe, Luna (Lorena Corrêa) decide ir para Guarapari e o simpático e apaixonado Fábio (Caio Macedo), mesmo contra a vontade dela, vai junto. Lá chegando, dão de cara com a porta do Edifício Magdalena que, com o final da temporada, parece completamente vazio. Dando um “jeitinho” de conseguir entrar no prédio o casal vai descobrir da pior forma que, contrariando o título do filme, o prédio de vazio não tem nada!

O diretor Rodrigo Aragão, que o Toca o Terror acompanha a obra há muito tempo (a gente exibiu A Noite do Chupacabras em 2013!) e também já teve o prazer de encontrar e bater papo algumas vezes, dessa vez resolve contar uma história mais urbana, ambientada em sua cidade natal.

Rodrigo, entre quilos de maquiagem e galões de sangue falso, gosta de abordar algumas temáticas sociais e em Prédio Vazio não fez diferente. O filme além de ser um conto de fantasmas, também é uma crítica ao desmatamento e consequente crescimento urbano desenfreado. “Um desperdício de espaço” como diz o motorista que leva Luna e Fábio ao amaldiçoado edifício.

O decadente Edifício Magdalena, fruto da direção de arte de Priscilla Huapaya, remete aos filmes de Bava e Argento, com seus vitrais coloridos dando deixa para a fotografia de Alexandre Barcelos usar uma paleta com tons esverdeados e/ou avermelhados nos personagens. O prédio, obviamente, também traz similaridades ao elevador e os corredores de “O Iluminado“, de Stanley Kubrick. Algumas das mortes (das agora almas atormentadas) que nos são apresentadas por flashbacks ou pelo prólogo, como é o caso do simpático casal de velhinhos, impactam pela caprichada maquiagem e efeitos práticos com a assinatura do parceiro de longas datas, Joel Caetano, e supervisionadas pelo próprio diretor.

Algumas coisas infelizmente não funcionam tão bem em “Prédio Vazio“: a montagem, que só engata no último terço do filme, quando a obra abraça aspectos mais surreais. Em relação ao elenco, o casal protagonista não tem uma química muito boa apesar dos personagens funcionarem de forma independente e algumas escolhas estéticas também não me agradaram (aí é questão pessoal). Mas isso não atrapalha o conjunto da obra que é mais uma mostra do comprometimento, esmero e amor ao gênero que o diretor tem mostrado em toda sua carreira.

Curiosidades: O filme faz parte de um projeto chamado “Filme-Escola” onde Aragão aproveita a realização da obra para ensinar um grupo de alunos a fazer cinema (dessa vez foram mais de 100 pessoas!). Os fãs poderão perceber vários easter eggs remetendo a outros filmes do “Aragãoverso”, como “O Cemitério das Almas Perdidas” e “A Mata Negra“. Houve ainda a estreia da filha mais nova do casal Rodrigo Aragão e Mayra Alarcón (que também faz uma pontinha em uma cena em que sai do elevador), Alícia Margarida Aragão.

Prédio Vazio, que estreou no 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, recebeu o Prêmio Retrato Filmes de distribuição no valor de R$ 100.000,00 (Cem mil reais), garantindo sua chegada aos cinemas no próximo 12 de junho. Prestigiem!

Escala de tocância de terror:

Título original: Prédio Vazio
Diretor: Rodrigo Aragão
Roteiro: Rodrigo Aragão
Elenco: Rejane Arruda, Gilda Nomacce, Lorena Corrêa e Caio Macedo
Origem: Brasil
Ano de produção: 2024

* Filme visto em pré-estreia promovida pela Sinny Comunicação e Retrato Filmes

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CRÍTICA: Faça Ela Voltar (2025)

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Faça Ela Voltar

Dois anos após o sucesso de Fale Comigo, chega aos cinemas brasileiros o segundo filme dos irmãos Danny e Michael Philippou. Mais uma vez com distribuição da badalada A24, a dupla agora emplaca Faça Ela Voltar (Bring Her Back), um conto de horror suburbano que aborda o luto.

Após perderem o pai, os irmãos Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong) são colocados sob os cuidados de Laura (Sally Hawkins), uma ex-assistente social que faz de sua casa uma espécie de lar adotivo. Além deles, vive no local o menino Oliver (Jonah Wren Phillips), uma criança que não se comunica e possui hábitos estranhos.

Não demora para sabermos que Laura tem segundas intenções. Seu objetivo em acolher os órfãos é trazer o espírito da sua filha de volta e colocá-la no corpo de Piper. Para executar esse plano diabólico ela tem em mãos uma fita VHS que contém, literalmente, o passo a passo de um ritual satânico que, entre outras bizarrices, inclui até canibalismo.

Mitologia escatológica à parte, Faça Ela Voltar é mais sobre o sentimento da perda do que qualquer outra coisa. Mesmo retratada na maior parte do tempo como vilã metódica, Laura ainda deixa transparecer seu lado humano. Uma mulher que não aceita a partida da filha e que acaba deturpando seu amor icondicional, por puro desespero.

A dupla de irmãos também ganha sua cota de drama, quando Laura tenta jogar um contra o outro, pois Andy é um empecilho para o que ela planeja. Nada disso, porém, funcionaria se o trio de protagonistas não estivesse tão afiado. Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong conseguem passar credibilidade o tempo todo, seja nos momentos sóbrios ou nos sinistros.

O que nos leva para outro destaque do elenco: o pequeno Jonah Wren Phillips. A transformação pela qual seu Oliver passa ao longo da trama já o elevou ao status de mini ícone do terror do ano. São com ele as cenas mais perturbadoras, em ocasiões que fica quase impossível não desviar os olhos da tela.

A direção dos Philippou em Faça Ela Voltar segue competente, com ótimos enquadramentos e cuidado aos detalhes (preste atenção nos círculos). Como Piper é deficiente visual, a câmara brinca muito com imagens desfocadas, o que faz um paralelo interessante com a condição da personagem.

O roteiro, assinado em parceria com Bill Hinzman, consegue balancear bem o terror e o drama, no entanto deixa um gostinho de quero mais ao esconder muito sobre a origem do ritual. Mas isso é apenas eu reclamando de barriga cheia (o trocadilho fará sentido quando você assistir ao filme).

Escala de tocância de terror:

Título original: Bring Her Back
Direção: Danny Philippou e Michael Philippou
Roteiro: Danny Philippou e Bill Hinzman
Elenco: Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong
Origem: Austrália

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