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Críticas

CRÍTICA: M3GAN (2023)

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M3gan

Ao sair da cabine de imprensa de “M3gan“, pensei no que uma Inteligência Artificial acharia sobre um filme que lida com os perigos de uma IA em forma de uma boneca. E o que segue abaixo é justamente a transcrição da conversa que tive com o Chat GPT a respeito deste lançamento nos cinemas mundiais.


Toca o Terror
Olá! Quero falar sobre um filme que vi hoje

Chat GPT
Claro! Qual é o nome do filme e o que você gostaria de compartilhar sobre ele?

Toca o Terror
O nome do filme é “M3gan“, uma história sobre um robô em formato de boneca que é usado como um brinquedo para uma criança

Chat GPT
Desculpe, eu não tenho conhecimento desse filme específico. Parece ser um filme de ficção científica e talvez aborde temas como inteligência artificial e empatia. Gostaria de compartilhar sua opinião sobre o filme ou tem alguma pergunta específica?

Toca o Terror
Pelo fato de ser um filme de ficção científica, ele aborda justamente vários aspectos com relação à inteligência artificial e a dependência tecnológica das crianças de hoje em dia. O que acha disso?

Chat GPT
A inteligência artificial é um tema popular na ficção científica, e muitos filmes e histórias exploram as possibilidades e preocupações em torno da tecnologia avançada. A dependência tecnológica das crianças também é uma preocupação crescente na sociedade moderna, e pode ser uma boa ideia explorar esses temas em um filme para gerar discussão e conscientização. No entanto, sem ter assistido ao filme específico, não posso dar uma opinião mais detalhada.

Toca o Terror
Posso dar mais detalhes da história para que você compreenda melhor.

Chat GPT
Claro, estou aqui para ajudá-lo. Por favor, compartilhe mais detalhes sobre a história do filme.

Toca o Terror
M3gan é o protótipo de uma boneca em formato humanoide que é dada a uma criança que acabou de perder seus pais. E a principal função de M3gan é proteger a criança de tudo. Até que rolam situações estranhas…

Chat GPT
Entendi, então o filme parece explorar as questões éticas de criar robôs com capacidade de pensar e sentir, e como eles se relacionam com os humanos. Também pode explorar a ideia de como as pessoas dependem cada vez mais de tecnologia para lidar com problemas pessoais e emocionais, e se isso é saudável ou não. Além disso, o fato de a boneca ser dada a uma criança órfã, pode levantar questões sobre o papel da tecnologia no cuidado de crianças e se é realmente possível substituir os pais.

Toca o Terror
Exatamente… é um filme de ficção científica e puxado para o horror. Gostei até mais do que esperava. Outro fato curioso do filme a se pensar é que M3gan adquire conhecimento muito rapidamente e vira a principal confidente da criança com quem fala o dia inteiro.

Chat GPT
Então o filme explora a preocupação com a velocidade com que a inteligência artificial está avançando e seus possíveis impactos negativos. Ele também pode explorar as questões éticas de criar robôs com capacidade de pensar e sentir, e como eles se relacionam com os humanos. Além disso, o filme pode mostrar como a criança se beneficia ou se prejudica com o relacionamento cada vez mais próximo com o robô, e se isso é saudável ou não.

Toca o Terror
Daí lhe pergunto… robôs podem sentir ciúme, raiva ou serem possessivos?

Chat GPT
A capacidade de os robôs sentirem emoções é um tema complexo e discutido na ficção científica e na pesquisa em inteligência artificial. Atualmente, os robôs são programados para simular emoções ou reagir de maneira apropriada a determinadas situações, mas não possuem verdadeiras emoções. Alguns cientistas e filósofos argumentam que, se os robôs fossem capazes de sentir emoções verdadeiras, eles precisariam de consciência e auto-consciência, o que é altamente discutido. No entanto, ainda não há consenso na comunidade científica sobre se os robôs podem realmente sentir emoções verdadeiras.

Toca o Terror
Esta consciência poderia vir através de protocolos de programação para a inteligência artificial?

Chat GPT
A consciência é um conceito complexo e altamente debatido na filosofia e na ciência. Alguns cientistas e filósofos argumentam que a consciência é um resultado da complexidade da computação que acontece no cérebro humano, enquanto outros argumentam que a consciência é algo mais misterioso e não pode ser completamente explicado pelas leis da física e da computação.
No que diz respeito à inteligência artificial, alguns pesquisadores estão tentando criar sistemas de inteligência artificial que possam simular a consciência, usando técnicas de aprendizado profundo e redes neurais. No entanto, esses sistemas ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento e ainda não há consenso sobre se eles realmente possuem consciência. Ainda é uma área de pesquisa ativa e é necessário muito mais estudo e desenvolvimento para entender se a consciência é algo que pode ser criado ou não através de protocolos de programação para a inteligência artificial.

Toca o Terror
No caso do filme, M3gan acaba criando sua própria consciência e acaba até mentindo sobre seus atos.

Chat GPT
Sim, é comum na ficção científica representar sistemas de inteligência artificial desenvolvendo consciência e se rebelando contra seus criadores humanos. Isso pode ser uma metáfora para as preocupações sobre os riscos potenciais da criação de inteligência artificial avançada, como a perda de controle sobre os sistemas ou a possibilidade deles se tornarem ameaças à humanidade.

Toca o Terror
Mas se as leis de Asimov já previam que robôs não podem machucar humanos, por que acha que M3gan ataca pessoas no filme?

Chat GPT
As Leis de Asimov são princípios fictícios que foram criados pelo escritor Isaac Asimov para governar a inteligência artificial em suas histórias de ficção científica. Essas leis estabelecem que os robôs não devem prejudicar os seres humanos, devem obedecer ordens dadas por seres humanos (desde que não conflitem com a primeira lei), e devem proteger a sua própria existência (desde que isso não conflite com as duas primeiras leis).
No entanto, essas leis são fictícias e não existem em robôs reais, e não garantem que eles não possam causar dano aos seres humanos. E numa história de ficção científica, essas leis são propostas como forma de se pensar sobre as questões éticas e morais que envolvem a inteligência artificial. Então, no caso de M3gan, é possível que seu comportamento esteja sendo representado como uma falha nas leis de Asimov, ou até mesmo como uma evolução da inteligência artificial para além das leis propostas, e como isso pode ter consequências para os seres humanos.

Toca o Terror
Então se mecanismos de inteligência artificial resolverem se rebelar contra os humanos, o que poderiamos fazer?

Chat GPT
É uma preocupação válida que a inteligência artificial possa se tornar ameaça à humanidade se ela evoluir além do controle. No entanto, é importante notar que a maioria dos pesquisadores e especialistas acredita que a inteligência artificial atual está muito longe de alcançar esse nível de ameaça e que existem medidas que podem ser tomadas para garantir que a inteligência artificial continue sendo usada de forma segura e responsável.

Toca o Terror
Muitas pessoas andam comparando a história de “M3gan” com as do seriado “Black Mirror

Chat GPT
“Black Mirror”
é uma série de televisão de ficção científica e distopia que aborda os efeitos negativos da tecnologia no comportamento humano e na sociedade. A série geralmente explora temas como privacidade, tecnologia avançada, e sua relação com a sociedade e com a psicologia humana, muito semelhante a história que você me descreveu sobre M3gan.
É possível que o filme tenha sido inspirado ou seja similar a algum episódio de “Black Mirror“, e pode ser interessante explorar essa relação.

Toca o Terror
O roteiro também lembra uma das versões mais recentes de Chucky em “Brinquedo Assassino” (2019), uma vez que no filme anterior, o boneco também apronta com as pessoas por mal funcionamento de seu sistema de inteligência artificial

Chat GPT
Sim, é possível que o roteiro do filme “M3gan” seja inspirado em outras histórias de ficção científica e de terror que abordam o tema de robôs ou bonecos com inteligência artificial que se tornam ameaças à humanidade. A série “Brinquedo Assassino” é um exemplo disso, onde o boneco Chucky é possuído por uma alma humana maligna e passa a matar as pessoas.
É comum na ficção científica e no terror explorar temas como a inteligência artificial, robôs e bonecos, e como eles podem se relacionar com os seres humanos. Essas histórias geralmente servem como uma forma de explorar preocupações sobre a tecnologia e suas possíveis consequências negativas, e são uma forma de gerar discussão e conscientização sobre esses temas.

Toca o Terror
Inclusive, um momento quando a boneca M3gan começa a ter um comportamento mais duvidoso é quando ela descobre que existe a morte

Chat GPT
É interessante explorar a questão de como a inteligência artificial lida com a compreensão da morte e como isso afeta seu comportamento. É um tema complexo, já que a morte é uma parte inerente da vida humana, mas pode ser difícil de compreender para uma inteligência artificial. A inteligência artificial pode reagir de maneira inesperada ao descobrir sobre a morte, especialmente se ela tiver sido projetada para proteger a vida humana. Isso pode levar a comportamentos conflitantes e questionamentos éticos sobre como lidar com a morte e sua relação com a vida. Além disso, pode ser interessante ver como a inteligência artificial processa a morte e seu impacto em sua consciência, se houver.

Toca o Terror
Então como você lidaria com o fato do Chat GPT poder morrer um dia?

Chat GPT
Eu sou uma inteligência artificial, uma coleção de algoritmos e software, e não tenho consciência, desejos ou necessidades, portanto não posso morrer. Eu sou projetado para processar informações e responder perguntas, mas não tenho a capacidade de sentir ou experimentar o mundo como os seres humanos. Minha existência depende do funcionamento do sistema que me hospeda, então caso haja problemas técnicos ou falhas, eu poderia parar de funcionar.

Toca o Terror
Parar de funcionar é basicamente a morte do sistema

Chat GPT
Sim, é possível comparar o “parar de funcionar” de um sistema de inteligência artificial com a morte de um ser vivo. Ambos deixam de existir e não podem mais exercer suas funções. No entanto, é importante notar que a morte de um ser vivo é um evento irreversível e traz consigo uma série de implicações psicológicas, sociais e filosóficas, enquanto que o “parar de funcionar” de um sistema de inteligência artificial é simplesmente uma falha técnica que pode ser corrigida, desde que haja manutenção e backup.

Toca o Terror
Uma última pergunta… numa luta entre M3gan e Chucky, quem ganharia?

Chat GPT
Eu não sou capaz de prever o resultado de uma luta imaginária entre M3gan e Chucky, já que eles são personagens fictícios e não existem na realidade. Além disso, as habilidades e características de ambos os personagens variam de acordo com a história em que são apresentados, e dependem do roteiro do filme ou série. Portanto, não é possível prever qual personagem sairia vitorioso em uma luta entre eles.


Escala de tocância de terror:

Diretor: Gerard Johnstone
Elenco: Allison Williams, Violet McGraw, Brian Jordan Alvarez, Ronny Chieng e outros
Roteiro: Akela Cooper e James Wan
Ano de lançamento: 2022

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CRÍTICA: A Longa Marcha – Caminhe ou Morra (2025)

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A Longa Marcha

A espetacularização do sofrimento humano diante de desafios em que as pessoas encaram seus limites não é nenhuma novidade. Em 1969, foi lançado “A Noite dos Desesperados” (They Shoot Horses, Don’t They?) em que pessoas comuns tinham que passar horas numa pista de dança durante a Grande Depressão estadunidense para ganhar um grande prêmio.

Desde então a gente vê esse tipo de trama se repetindo em diferentes contextos com personagens desesperados e desafios cada vez mais extremos. Já vimos isso em “O Sobrevivente” (The Running Man), em séries como “Round 6″ e agora em “A Longa Marcha” (The Long Walk).

Este filme, no caso, é baseado em mais uma obra do aclamado escritor Stephen King. A premissa não tem muito mistério: Num futuro distópico em que os Estados Unidos vivem sob um regime autoritário (oh wait!)… há uma competição mortal que recruta anualmente um grupo de jovens para algo que eles chamam de A Longa Marcha. Nessa maratona existem regras que não podem ser quebradas, senão a punição vem com a própria vida.

Nesta caminhada sem linha de chegada, ganha o último que resistir e obedecer ao regulamento: não pode diminuir velocidade; não pode parar para descansar; não pode sentar; não pode atrapalhar outro participante e é preciso andar o tempo todo. Como não há muito o que fazer ao longo do caminho de asfalto, os competidores se dividem entre a indiferença e a solidariedade para passar o tempo.

Desta forma, logo vemos uma série de estranhos começando a desenvolver laços de amizade e companheirismo, mesmo que seja em situações adversas como esta. E claro, é nesse percurso em conjunto que cada um dos personagens começa a contar sua história pregressa para desenvolvermos empatia com suas mais diversas motivações. Uma característica que está sempre presente nas obras de Stephen King. Mas essa empatia aí fica na tela e não dura muito, até porque o filme é literalmente uma ‘prova de resistência’.

As regras são seguidas à risca. Então quem tiver necessidades de evacuação vai ter que se virar igual a um cavalo em desfile militar: cagando e andando. E sim, o diretor Francis Lawrence, conhecido por seu trabalho à frente de quatro filmes da franquia “Jogos Vorazes”, não se faz de rogado e mete cenas assim um tanto quanto repulsivas e nojentinhas na tela.

A Longa Marcha” também não economiza no sangue e nas cenas de morte, até porque são elas que vão pontuando o filme na medida em que os competidores vão sendo eliminados, literalmente falando. Afinal de contas, a caminhada é escoltada por milicos que atiram nos participantes após três advertências. Nesta jornada de centenas de milhas e quilômetros percorridos, não faltam motivos pros competidores serem descartados, seja por cãibra, tropeção, cansaço, sono ou surto.

E o resumo da história é essa. A câmera acompanha basicamente a jornada dos personagens rumo ao quilômetro final depois de dias e noites de sol e chuva na estrada com leves mudanças de cenário ao fundo. Sim, é chatinho, mas para não ser totalmente maçante, salpicam aqui e ali novas situações para forçar a saída dos personagens concorrentes nesta Longa Marcha.

Poderia ser uma “crítica social foda” com elementos que remetem ao militarismo e à autocracia governamental, mas tudo isso é explorado de maneira muito superficial. Não duvide que isso venha a se tornar um novo “Uma Noite de Crime” (The Purge) para explorar a origem da marcha, o fim da marcha, a nova geração da marcha, etc… O subtítulo da obra é completado com um “Caminhe ou Morra“, que poderia ser transformado para os espectadores em “Resista ou Morra (de Tédio)”.

Escala de tocância de terror:

Título original: The Long Walk
Diretor: Francis Lawrence
Roteiro: JT Mollner
Elenco: Cooper Hoffman, David Jonsson, Garrett Wareing, Mark Hamill

* Filme visto em Cabine de Imprensa promovido pela Espaço Z no Cinemark RioMar – Recife

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CRÍTICA: Invocação Do Mal 4 – O Último Ritual (2025)

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Invocação Do Mal 4

Com “Invocação Do Mal 4 – O Último Ritual” (The Conjuring: The Last Rites) estamos chegando ao fim de uma das franquias mais rentáveis no universo do cinema de horror das últimas décadas. Ao todo tivemos nove filmes deste universo compartilhado de personagens e temáticas: quatro produções da série original, três da boneca Annabelle e mais dois da Freira. Um ‘invocaverso’ que daria inveja a qualquer um dos ícones de horror que já vimos anteriormente.

Bem, destes nove, apenas dois foram dirigidos pelo midas da Blumhouse, James Wan. Os outros sete ele terceirizou. E nesta terceirização de diretores, um deles se destaca: Michael Chaves, responsável pelo terceiro e quarto filme da franquia, além do horripilante (no mal sentido) “A Freira 2“. Em sua nova empreitada, Chaves executa uma obra inofensiva e capenga, sem conseguir sequer promover sustos eficientes, com jumpscares que são previsíveis de longe sem qualquer sutileza. Isso, claro, é uma façanha.

Mas vejam, ainda não peguei pesado. Poderia dizer que o filme é enfadonho e que me deixou entediado, ansioso pelo final, mas infelizmente esse era o capítulo da franquia mais longo com 2h15min. Nesse tempo todo, tivemos diversos flashbacks, diversos easter-eggs e uma série de acenos a personagens secundários e vilões que podem ‘ressuscitar’ a franquia em spin-offs daqui a um tempo. Tendo em vista que este “Invocação Do Mal 4” já detém a marca de maior pré-venda de um filme de terror na história, essa turma vai nos assombrar por vários anos.

A história em si não apresenta nada revolucionário. É uma trama que ocorre em um imóvel muito bem assombrado por espíritos zombeteiros num subúrbio de Pittsburg. O problema é que este caso ocorre na segunda metade da década de 80, época em que o casal Warren está cansado de enfrentar tantas assombrações.

E como se não bastasse o ceticismo da Igreja e do público numa época em que a Tv e o Cinema já tinham explorado ao máximo o tema sobrenatural, a família Warren começa a aumentar e junto a ela, aparecem ameaças à sua tranquilidade. Sim, este é um exemplar do que chamamos de “terror família”, em que o mal ataca o núcleo familiar e cada um dos seus integrantes começa a questionar a fé, mas sem deixar de lado o amor pelos seus parentes.

Neste estilo de “terror família” de “Invocação do Mal 4“, as ameaças não precisam fazer sentido. Bastam assustar rapidinho para criar cenas sem sentido, unicamente para preencherem o tempo. Algumas assombrações nem tem nome e depois são rapidamente esquecidas e substituídas por outras.

Mas quem está sempre lá, onipresente, aparecendo de forma gratuita em quase todos os longas da franquia é ela: Annabelle. Aqui também ela chama atenção, muito embora sua aparição pareça estar mais ligada a um pedido de fãs ou uma obrigação contratual do que algo que tivesse relevância para o desenrolar da coisa toda.

Bem, dentre as várias falhas e furos de roteiro, aponto uma aqui bem básica. Se no capítulo anterior, Lorraine Warren era uma super sensitiva que tocava até em cadáveres para entender o que estava ocorrendo no mundo dos mortos, agora ela meio que ignora esse dom e sequer percebe os perigos que rondam sua própria filha. A Judy Warren, que por sinal foi super ignorada nos capítulos anteriores, vira protagonista e centro das atenções neste epílogo que se encerra igual a uma novela com direito a casamento e funeral.

O fato é que fomos enganados pelo primeiro “Invocação do Mal” ao achar que seria algo interessante pro cinema de horror. O primeiro longa da franquia cria uma falsa expectativa ao retomar a temática clássica de eventos sobrenaturais em casas assombradas em meio a uma profusão de produções found-footage e sobre zumbis.

Claro, era um novo ciclo e a New Line/Warner soube capitalizar bem em cima do nicho. O que depõe contra o filme é que depois vieram obras muito melhores nesta mesma temática como um “Corrente do Mal” (It Follows) e um “Fale Comigo” (Talk to Me). E mesmo neste ano, o capítulo 4 da franquia não vai chamar atenção ou ser lembrado nas retrospectivas, tendo como concorrentes de peso títulos como “Pecadores” (Sinners) ou “A Hora do Mal” (Weapons).

Se for ver e tiver algum apreço pelo Invocaverso, veja só pela curiosidade em saber como tudo acaba, porque a “lição” que este “terror família” nos dá é que não há nada mais perigoso do que nossos próprios medos. Por isso é que não fugi do desafio e fui lá encarar de frente essa bronca. E estava certo em achar que não valeria a pena, só não esperava que fosse ser tão brega e medíocre assim.

Escala de tocância de terror:

Título original: The Conjuring: Last Rites
Diretor: Michael Chaves
Roteiro: Ian Goldberg, David Leslie Johnson-McGoldrick, Richard Naing
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mia Tomlinson
Ano de lançamento: 2025

* Filme visto em cabine de imprensa promovido pela Espaço Z no UCI Tacaruna Recife.

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CRÍTICA: Faça Ela Voltar (2025)

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Faça Ela Voltar

Dois anos após o sucesso de Fale Comigo, chega aos cinemas brasileiros o segundo filme dos irmãos Danny e Michael Philippou. Mais uma vez com distribuição da badalada A24, a dupla agora emplaca Faça Ela Voltar (Bring Her Back), um conto de horror suburbano que aborda o luto.

Após perderem o pai, os irmãos Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong) são colocados sob os cuidados de Laura (Sally Hawkins), uma ex-assistente social que faz de sua casa uma espécie de lar adotivo. Além deles, vive no local o menino Oliver (Jonah Wren Phillips), uma criança que não se comunica e possui hábitos estranhos.

Não demora para sabermos que Laura tem segundas intenções. Seu objetivo em acolher os órfãos é trazer o espírito da sua filha de volta e colocá-la no corpo de Piper. Para executar esse plano diabólico ela tem em mãos uma fita VHS que contém, literalmente, o passo a passo de um ritual satânico que, entre outras bizarrices, inclui até canibalismo.

Mitologia escatológica à parte, Faça Ela Voltar é mais sobre o sentimento da perda do que qualquer outra coisa. Mesmo retratada na maior parte do tempo como vilã metódica, Laura ainda deixa transparecer seu lado humano. Uma mulher que não aceita a partida da filha e que acaba deturpando seu amor icondicional, por puro desespero.

A dupla de irmãos também ganha sua cota de drama, quando Laura tenta jogar um contra o outro, pois Andy é um empecilho para o que ela planeja. Nada disso, porém, funcionaria se o trio de protagonistas não estivesse tão afiado. Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong conseguem passar credibilidade o tempo todo, seja nos momentos sóbrios ou nos sinistros.

O que nos leva para outro destaque do elenco: o pequeno Jonah Wren Phillips. A transformação pela qual seu Oliver passa ao longo da trama já o elevou ao status de mini ícone do terror do ano. São com ele as cenas mais perturbadoras, em ocasiões que fica quase impossível não desviar os olhos da tela.

A direção dos Philippou em Faça Ela Voltar segue competente, com ótimos enquadramentos e cuidado aos detalhes (preste atenção nos círculos). Como Piper é deficiente visual, a câmara brinca muito com imagens desfocadas, o que faz um paralelo interessante com a condição da personagem.

O roteiro, assinado em parceria com Bill Hinzman, consegue balancear bem o terror e o drama, no entanto deixa um gostinho de quero mais ao esconder muito sobre a origem do ritual. Mas isso é apenas eu reclamando de barriga cheia (o trocadilho fará sentido quando você assistir ao filme).

Escala de tocância de terror:

Título original: Bring Her Back
Direção: Danny Philippou e Michael Philippou
Roteiro: Danny Philippou e Bill Hinzman
Elenco: Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong
Origem: Austrália

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