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DICA DA SEMANA: The Houses October Built (2014)

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Houses October Built

[Por Gabriela Alcântara]

Se tem uma coisa que realmente me assusta, é o tipo de crueldade que os seres humanos são capazes de cometer por mera diversão. E aparentemente o Halloween dos Estados Unidos é um feriado perfeito para que os dodóis do mundo se divirtam com banhos de sangue. Partindo dessa premissa tão rica para filmes de terror, o found footage The Houses October Built (Dir: Bobby Roe) traz a história de um grupo de amigos que faz uma road trip em busca das mais assustadoras casas mal-assombradas.

A sinopse do filme já me atrai de cara, porque de fato é a ideia para um documentário interessantíssimo e de certa forma perigoso, quando vamos vendo as entrevistas dadas ao grupo de amigos, onde donos de casas e frequentadores mencionam espaços em que as pessoas realmente vão em busca de dor física, tortura, etc. Constrói-se a ideia de que não são raros os casos de violência sexual e mortes acidentais, e que não seria impossível que ocorressem assassinatos.

Como em todo filme de terror americano a galera é meio desmiolada, mesmo com todos os avisos o grupo de amigos segue sua jornada em busca de uma casa chamada “Blue Skeleton”, que em teoria seria a casa de terror mais assustadora de todas. Por ser uma casa itinerante, eles começam a viagem uma semana antes do Halloween, em busca da localização deste ano.

Acontece que nem todos os “atores” que trabalham nestas casas são simpáticos à ideia de serem filmados para um documentário, e o grupo de amigos claramente se depara com alguns maníacos que começam a segui-los. Enquanto o elenco principal tem uns pontos bem fracos que fazem uma atuação bem over, os maníacos garantem a tensão, seja pelos ruídos malucos que fazem ou pela sua onipresença em todos os pontos de parada do grupo. Eles são tão interessantes que o filme ganhou uma sequência, mas que também infelizmente não faz juz às personagens.

Apesar de não ser em nada surpreendente e de abusar um pouco da quantidade de palhaços e caveiras entre os elementos assustadores, The Houses October Built garante uma narrativa que se sustenta e prende o espectador. Os sustos são os clássicos jump scares, mas há nessa gangue de maníacos a possibilidade de uma história que poderia ser muito mais interessante, talvez se o filme não se prendesse tanto a piadinhas e sequências sexistas com mulheres seminuas usando máscaras assustadoras. É o clássico exemplo de como a ânsia machista pela exposição feminina pode fazer com que um filme perca seu fôlego, já que não há absolutamente nenhuma necessidade para aquelas imagens.

Entretanto, The Houses October Built vale pela sua premissa, que já abre caminho para uma maratona de filmes de Halloween ou mesmo uma pesquisa pela web sobre essas tais casas cada vez mais bizarras e assustadoras – que são reais nos EUA, em certa medida. É o tipo de filme que deixa excitados os viajantes curiosos por turismo macabro. O filme é fácil de achar, e oficialmente encontra-se disponível na Netflix.

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DICA DA SEMANA: Nosferatu – O Vampiro da Noite (1979)

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Nosferatu

Antes do Drácula bonitão da Universal (Bela Lugosi) e da Hammer (Christopher Lee), Nosferatu de 1922 já tinha levado para as telas o vampiro feioso e pálido, algo muito mais parecido com o protagonista do livro de Bram Stoker. Por isso, pelo menos pra mim, parece um projeto bem ambicioso, em 1979, trazer o Drácula com cara de rato de volta e perder de colocar um galã no papel.

Bom, foi isso que Werner Herzog fez em Nosferatu – O Vampiro da Noite (Nosferatu, the Vampyre), refilmagem do clássico do expressionismo alemão. Mas, vamos lá, era Werner Herzog, então o cara não ia fazer um filme de terror convencional, apesar de seguir o ‘basicão’ ali da história original.

O advogado Jonathan Harker (Bruno Ganz) viaja até a Transilvânia para vender uns terrenos ao Conde Drácula (Klaus Kinski) e acaba sendo feito prisioneiro. Mas, ao escapar, retorna para Bremen, na Alemanha, na tentativa de evitar que o vampiro pinte miséria por lá, principalmente contra sua esposa Lucy (Isabelle Adjani).

No mais, Herzog contou sua própria versão da história, nem mesmo se apegando ao filme de 1922, de onde pegou só uma referência aqui e outra ali, inclusive subvertendo o final. Nosferatu – O Vampiro da Noite é puro suco de cinema europeu dos anos 70, cheio de imagens artísticas, direção de arte finíssima e trilha sonora onírica.

Além disso, o Drácula dentuço de Klaus Kinski está no panteão das grandes versões do conde mais amado do terror.

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DICA DA SEMANA: 3 filmes com loop de tempo

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filmes com loop de tempo

Nos últimos 15 anos aumentou e muito o número de filmes que se utilizam do recurso de “loop de tempo” em suas narrativas. E com o sucesso de produções como “A Morte Te Dá Parabéns” e “No Limite do Amanhã“, aí é que a galera se empolgou mesmo.

Até um curta ganhou o Oscar apostando neste formato recentemente. Sendo que hoje vamos falar de três filmes que se utilizam deste recurso em seus roteiros mas que não são tão conhecidos assim.


* Crimes Temporais (Los Cronocrímenes, 2007)

Primeiro longa do espanhol Nacho Vigalondo, “Crimes Temporais” é um daqueles filmes mais ou menos recentes que se tornaram cults quando se fala de viagem no tempo. Produção modesta, mas eficaz, o longa cria uma confusãozinha mental se a gente for tentar entender a lógica por trás do roteiro. Ainda assim, faz mais sentido do que toda a hexologia de “O Exterminador do Futuro“, por exemplo.

Vemos um casal simples chegando em uma casa de campo para morar. De repente, situações banais começam a ganhar contornos intrigantes quando o protagonista se depara um homem com o rosto enfaixado. É quando para tentar escapar da ameaça na floresta, ele encontra uma casa com uma máquina do tempo no porão que dá a chance da pessoa voltar uma hora no tempo… Daí já viu, né?!

Disponível na Amazon Prime Video


* Triângulo do Medo (Triangle, 2009)

Esta produção australiana traz um grupo que pensou que passear de barco seria uma boa ideia, até que chega uma tempestade e ficam à deriva. Para tentarem se salvar, embarcam em um navio que surge em alto mar. O que não contavam é que o navio aparentemente abandonado esconde vários mistérios.

O lance é que enquanto a turma tenta pedir ajuda, outro grupo de pessoas no mesmo navio tenta acabar com a vida deles. E a cada tentativa de fuga, a contagem de corpos aumenta. Repleto de simbologias e metáforas, é um filme que dá pra ver e rever cada cena sem olhar pros paradoxos que poderiam rolar.

Disponível no Telecine Play


* ARQ (ARQ, 2016)

Trazendo um tempero de ação, “ARQ” nos mostra de forma bem angustiante a saga de um aparente casal em tentar se livrar de uma invasão de desconhecidos em sua casa. O detalhe é que todos eles estão presos em um loop de tempo que complica a resolução da história.

O fator complicador neste caso é que a cada novo “loop”, os personagens começam a ter mais noção do que está acontecendo e procuram inventar novas formas de fugir. Tenso e imprevisível, “ARQ” funciona melhor do que muitos outros filmes que se utilizam de toneladas de efeitos especiais e mil figurantes.

Disponível na Netflix


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DICA DA SEMANA: O Exorcista III (1990)

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O Exorcista III

Para a dica desta semana eu trago um filme aniversariante: O EXORCISTA III (Exorcist III), escrito e dirigido por Willam Peter Blatty, completa 32 aninhos neste mês de agosto.

O EXORCISTA III é adaptação do livro ESPÍRITO DO MAL / LEGIÃO (Legion, 1983) que é uma continuação direta do livro O EXORCISTA (The Exorcist, 1971). Na trama, o tenente Kinderman investiga uma série de assassinatos que trazem a assinatura do já conhecido serial killer: Gêmeos. O problema é que este assassino está morto há 15 anos. Com a ajuda do amigo padre Joseph Dyer, ambos são levados a revelações cabulosas.

Blatty exibe um domínio enorme na condução do longa. E não é de se espantar, já que é o autor de ambos os livros. Aqui, com a direção em suas mãos, ele imprime sua real visão da própria obra, mantendo um clima constante de tensão como se algo de muito pior fosse acontecer a cada cena. A fotografia do Gerry Fisher é essencial para dar o tom sombrio à trama. Até estátuas sacras dão medo aqui! Sem contar que O EXORCISTA III tem um dos sustos e jumpscares mais cabulosos e inesperados da história do cinema de horror.

Para além da competente produção, o longa conta com a carismática dupla George C. Scott e Ed Flanders, (Kinderman e Dyer respectivamente), Brad Dourif que encarna o assassino de Gêmeos nos conferindo uma performance assustadoramente brilhante e Jason Miller vivendo o sinistro “paciente X”.

É de fato um filme incrível que, para este que vos escreve, por muito tempo foi subestimado por ser o terceiro da franquia O EXORCISTA, quando na verdade deveria ter sido o segundo, já que, como dito no início, se trata da continuação direta do livro. E convenhamos que depois do que rolou em O EXORCISTA 2: O HEREGE, carregar um título desse também não ajuda. Este longa de 1990 poderia ter se chamado simplesmente LEGIÃO como no livro, mas enfim…

Em suma, O EXORCISTA III é um típico terror policial cabuloso que merece ser visto. Ficou curioso? Aproveita que este clássico cult encontra-se no catálogo do HBO Max.

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