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Críticas

CRÍTICA: Hush – A Morte ouve (2016)

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Hush
Por Júlio Carvalho

Em 8 de abril estreou, não nos cinemas, mas na Netflix, Hush – A Morte ouve, que é o novo lançamento da Blumhouse, produtora irresponsável pela nova geração do horror PG-13 do mainstream hollywoodiano. Só que nesse caso, ironicamente, estamos falando de um filme bom.

A premissa aqui é bem simples: Uma jovem escritora portadora de deficiência auditiva é aterrorizada em sua residência por um psicopata que resolve torturá-la psicologicamente antes de matá-la.

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Fazia tempo (de uns anos pra cá) que não aparecia uma final girl digna de torcida. Maddie é foda! Vivida competentemente por Kate Siegel (Oculus), a nossa aspirante a escritora de suspense perdeu a audição quando criança por conta de uma meningite. Aliás, segundo ela mesma, os únicos sons que escuta são vozes inquietas na sua cabeça. A sua casa tem um sistema ensurdecedor de alarme no qual o som é o que menos importa, mas sim, a vibração que o mesmo, quando acionado, causa.

Em contrapartida, temos o psicopata interpretado por John Gallagher Jr(Rua Cloverfield, 10). O sádico mascarado chega do nada, empunhando sua besta e tocando o terror na vizinhança. Sua máscara pálida e minimalista tem um leve sorriso maroto e cabuloso, mas que, infelizmente, não dura tanto tempo em tela. Isso porque o assassino, ao perceber que a moça é deficiente auditiva, decide fazer tortura psicológica tirando a máscara para que ela possa ler os seus lábios enquanto ele tenta invadir a sua casa. A ideia é boa, porém mal aproveitada, pois não há de fato “diálogos” relevantes entre mocinha e vilão. E na boa: Que cara de boi tabaco esse assassino tem! Botava mais medo com a máscara.

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Dirigido por Mike Flanagan  (Oculus, 2013), o thriller nos confere bons momentos de tensão, quando, por exemplo, vemos Maddie em primeiro plano tranquila fazendo alguma coisa e ao fundo, o mascarado do lado de fora batendo na janela sem que ela perceba. Vale citar a ironia sonora de Hush, pois ao contrário das demais produções da Blumhouse, os efeitos sonoros aqui empregados são altos e essenciais para a trama. Inclusive, se possível, vale assisti-lo com bons headphones. Há também momentos de quietude, já que vez por outra somos jogados ao mundo silencioso da nossa heroína.

Há violência e sadismo aqui, mas nada tão gráfico. Mesmo assim, dá pra “sentir” o sofrimento das vítimas, e isso é algo que está em falta nas produções atuais. Aliás, isso nos leva à um outro ponto positivo e muito importante pra o gênero: empatia pelos personagens. Sim! Aqui, você se importa com eles. Não só com a protagonista, mas com os demais que, por incrível que pareça, não servem apenas pra morrer.

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Apesar de curto, o filme se mostra uma grata surpresa com seu ritmo fluido e tenso do início ao fim. É interessante concluir que Hush é tão competente em sua proposta que nem parece uma produção da Blumhouse. Será que foi isso que chamou a atenção da Netflix? Justamente um filme da produtora que até valeria a pena assistir no cinema.

Escala de tocância de terror:

Direção: Mike Flanagan
Roteiro: Mike Flanagan, Kate Siegel
Elenco: John Gallagher Jr., Kate Siegel,  Michael Trucco
Origem: EUA

 

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24 Comments

24 Comments

  1. Gabriela

    1 de maio de 2016 at 00:50

    Muito ruim…cansativo…a vítima passa por mal bocados o tempo todo…PÉSSIMO!!!! Uma perda de tempo!!!

  2. 1 de maio de 2016 at 17:13

    Nossa, amigos. Dá para passar de bouinha na vida sem ter visto esse filme.

  3. Vanessa Moura

    2 de maio de 2016 at 23:09

    Adorei do inicio ao fim. Me deu muita aflição hahaha
    E concordo que o psicopata dava mais medo de mascara kkkkk adorei o resto dos atores/personagens.
    Super recomendo!

  4. raquel Rodrigues

    7 de maio de 2016 at 16:37

    Ótimo filme me prendeu do início ao fim super indicado pra quem gosta de suspense.

  5. Davi Silva

    29 de maio de 2016 at 23:38

    Adorei o filme. Tenho gastrite, e o nervosismo ao ver o filme, fez ela se manifestar. Hehe. Só fiquei na dúvida em saber que assassino era esse? Afinal ele diz é certo trecho que poderia voltar a morar na casa quando ela quisesse. Deixando no ar como se fosse seu ex marido. Só eu entendi isso?

    • Jose

      20 de junho de 2016 at 03:40

      Ele estava lendo as mensagens do ex-namorado dela. Mensagens que estavam no telefone dela…kkkk

    • My

      5 de setembro de 2016 at 16:27

      Nao era ex marido nao. Vc nao viu quando ele pergunta se ela podia ler seus labios? E perguntando ao rapaz q esteve la se ela tinha alguem. Informacoes sobre ela

    • bruna

      7 de setembro de 2016 at 01:12

      Eu também entendi a MESMA coisa!!! Hahaha

    • Fernanda

      22 de dezembro de 2017 at 14:43

      Também tinha ficado na duvida, fiquei tipo “ué, é um desconhecido ou um ex?”. Mas depois eu entendi

    • Flavia

      9 de abril de 2018 at 06:30

      Não era o ex namorado dela, na fala ele citou a irmã dela para mostrar que ele já estava la e ouviu a conversa (pelo menos a parte da irmã rs). Coloca na parte do face time com a irmã e logo em seguida vai pra fala dele, verá que ele fala exatamente as mesmas palavras da moça, pelo menos no legendado. No dublado teve uma pequena variação, a irmã nao fala “squish”, mas ele imitando ela fala este termo.

  6. Maria Silvia

    1 de julho de 2016 at 08:08

    Achei o filme ótimo. Simples e tenso na medida certa. Também me decepcionei quando o doido tirou a máscara porque ela é ótima. Levei uns bons sustos com ela e a aflição da protagonista foi bem transmitida. Também achei que ele era um ex-marido. Tive que voltar ao trecho em que ele tira a máscara para ter certeza mas, era um doido mesmo que não metia medo sem a máscara. Achei que o cara com quem ela tentava namorar viesse para ajudá-la rs

  7. Regina

    27 de julho de 2016 at 14:39

    li e adorei, fiquei tao tensa que parei o filme, respirei e voltei, gostei muito, simples de facil entendimento e cumpre o que promete suspense o filme todo

  8. Aline L.

    15 de agosto de 2016 at 18:31

    Muito ruim o filme, sem condições! Não tem pé nem cabeça, cansativo, fiquei esperando um final que salvasse.. e não veio. A atriz até que é boa, mas o filme não.

    • daniela

      27 de novembro de 2016 at 09:40

      Tbem não gostei do filme….afinal pq o assassino quer matar ela….o filme não tem um pq……..o cara e um psicopata e do nada chega na casa dela …..não goatei

  9. bruna

    7 de setembro de 2016 at 01:17

    Adorei o filme!!!! Fiquei tensa do começo ao fim… gosto de filmes assim e os atores muito profissionais!!!

  10. Rafah Reis

    25 de dezembro de 2016 at 20:06

    Adorei o filme , e super concordo que ele dava mais medo com a sua mascara , e acho que a partir do momento em que ele decide retirar-la acaba com todo suspense , poderia ser com um final mais clichê onde ele se revela no fim como alguém bem próximo dela . Há também a critica de que não há um porque do psicopata querer matar Maddie , ele simplesmente chega escolhe sua vitima e pronto . Mas o final foi algo inesperado , surpreendente . Acho que foi esse ponto do filme que o faz valer mais apenas assistir . Super Recomendo

  11. Tuane

    13 de fevereiro de 2017 at 12:29

    EU ACHEI MUITO BOOOOOM!
    Pra quem gosta de suspense, o filme causa agonia do começo ao fim. Me lembrou muito o estilo do filme “OS ESTRANHOS” The Strangers.
    Gostei tanto e torci muito pela personagem. Quando acabou, fiquei com vontade de saber o que aconteceu com ela e se ela voltou a falar e a ouvir! Pq deu a entender que sim né? Alguém mais concorda?

  12. Danilo Reis

    14 de maio de 2017 at 14:06

    Achei o filme meio morno, exceto pelos momentos finais que dão uma certa animadinha.
    Creio que o roteiro ficaria melhor se ele só tirasse a mascara próximo do final do filme e ela descobrisse que ele era o ex namorado dela, imagina a baita surpresa que seria e claro, usaria recursos como para enganar os telespectadores durante todo o filme.

  13. Roselaine Valentin Ribeiro

    18 de setembro de 2017 at 01:46

    adorei o filme, amei a atuação da protagonista, especialmente por ser deficiente auditiva! Top!

  14. Fernanda

    22 de dezembro de 2017 at 14:51

    O filme é muito bom e ela é uma ótima atriz. Só acho que o cara lá deveria ter usado a mascara por mais tempo, concordo que ele dava mais medo usando ela, e que ele tirasse perto do final e fosse alguém próximo (como aquele ex que ficava ligando pra ela msm não se vendo a 1 ano). Seria bem mais emocionante do que um psicopata que escolhe uma vitima do nada para aterrorizar.

  15. Fernandes

    10 de julho de 2018 at 00:24

    Filme muito bom, superou minhas expectativas, o único fato que me “desapontou” no filme, é o fato de não haver explicação sobre o porque do psicopata querer matar ela.

  16. Leandro

    2 de setembro de 2018 at 18:00

    MUITO BOM!!!!!!!!!!!!!

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CRÍTICA: Pecadores (2025)

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Se você continua a dançar com o diabo, um dia ele vai te seguir até sua casa.”
Estas são as palavras do pastor Jedidiah para o filho que volta para casa, como na parábola do filho pródigo. Cansado, machucado e arrependido, ele é a testemunha dos acontecimentos que conheceremos ao longo da história de Pecadores (Sinners).

Mississippi, 1932. Os irmãos Elias e Elijah, mais conhecidos como Fuligem e Fumaça (interpretados por Michael B. Jordan), retornam à sua cidade natal após uma temporada em Chicago, com o objetivo de abrir um juke joint (um tipo de inferninho com comida farta, bebida, jogatina e muita música) e recomeçar suas vidas. Para a inauguração do estabelecimento, os gêmeos começam a reunir sua “trupe”.

É assim que conhecemos ‘Pastorzinho’ Sammie (o cantor Miles Caton, em sua estreia), o jovem do começo do filme, primo dos gêmeos, que, apesar da pouca idade, se mostra um talentoso bluesman. O pianista Delta Slim (Delroy Lindo, fazendo jus ao sobrenome como sempre), os Chow (Yao e Helena Hu), Cornbread (Omar Miller) e Annie (Wunmi Mosaku), ex-esposa de Fumaça e sacerdotisa hoodoo, que será responsável pela cozinha do lugar (e também por explicar aos demais os acontecimentos sobrenaturais que virão). Com a chegada inesperada de Mary (Hailee Steinfeld), ex-namorada de Fuligem, o núcleo está completo.

Ryan Coogler, que dirigiu anteriormente filmes como Creed: Nascido para Lutar e os Pantera Negra, não tem pressa em chegar às vias de fato: dedica a primeira hora de Pecadores a um drama com tons ensolarados e ritmo refinado.

O foco está na construção cuidadosa de um mundo marcado pela persistente sombra da escravidão e pelas desigualdades de um Sul dos Estados Unidos em que pessoas que acordam antes do amanhecer para colher algodão recebem o pagamento em moedas de madeira ou títulos de plantação, em vez de dinheiro; presidiários acorrentados trabalham nas estradas; e a Ku Klux Klan que pode, a qualquer momento, bater à sua porta.

Nessa realidade, o blues oferece uma fuga e uma cura. A música, que permeia todo o filme, é refúgio e ponte entre o passado e o futuro. Isso é demonstrado de forma magistral em um dos momentos mais belos — e ao mesmo tempo estranhos — do filme, durante a inauguração do empreendimento dos gêmeos. Mas tanta energia positiva, gerada por aqueles que são musical ou metafisicamente talentosos, acaba atraindo seu oposto. E é aí que entra o charmoso e ameaçador Remmick.

Remmick (Jack O’Connell) bate à porta de Bert (Peter Dreimanis) e sua esposa Joan (Lola Kirke) — que logo descobrimos serem membros da KKK —, pedindo ajuda e alegando estar sendo perseguido por “terríveis indígenas”. No entanto, tudo não passa de um disfarce para conseguir ser convidado a entrar na casa deles. O convite selará seus destinos (e também mudará o ritmo da história dali em diante).

Apesar de ser o primeiro trabalho totalmente autoral de Coogler, Pecadores também confirma parcerias de longa data. O compositor Ludwig Göransson e Michael B. Jordan estão presentes em todos os filmes do diretor. O mesmo vale para a montagem de Michael P. Shawver. A direção de fotografia é de Autumn Durald Arkapaw, que também trabalhou em Pantera Negra: Wakanda para Sempre. Enfim, trata-se de um filme em que o entrosamento da equipe é notável e que Ryan conduz como um blues de Buddy Guy (que faz uma pontinha na cena entre-créditos): de vez em quando tem umas notinhas fora, mas ainda assim é uma obra-prima.

P.S.: Tem uma cena pós-créditos que quem gostou do filme, como eu, vai curtir.

P.S.2: Não vou postar teaser nem trailer pois eles têm muita revelação desnecessária. Aliás, façam como eu e não leiam mais nada além dessa resenha, nem assistam os trailers de Pecadores. Apenas vão pro cinema e assistam (no IMAX, se possível).

Escala de tocância de terror:

Título original: Sinners
Diretor: Ryan Coogler
Roteiro: Ryan Coogler
Elenco: Michael B. Jordan, Miles Caton, Delroy Lindo
Origem: EUA
Ano de produção: 2024

* Filme visto em pré-estreia promovida pela Espaço Z no IMAX do UCI Recife

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CRÍTICA: Prédio Vazio (2025)

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Prédio Vazio

“Quer viver um sonho lindo que eu vivi?
Vá viver a maravilha de Guarapari”

Assim diz a letra da antiga valsinha de Pedro Caetano interpretada por Nuno Roland. Cidade do litoral do Espírito Santo, Guarapari fica bastante animada no verão, especialmente durante o carnaval onde costuma ser muito visitada por turistas. Em baixa temporada acaba sendo uma ótima pedida para curtir alguns dias de descanso, comer um peixe e tomar uma cerveja num quiosque à beira do mar.

E é buscando viver o sonho guarapariense que Marina (Rejane Arruda) resolve juntar-se ao companheiro para curtir a folia de momo no início de “Prédio Vazio“. Porém o sonho começa a virar pesadelo ao se hospedar em um antigo e decrépito edifício onde nada funciona… Enquanto conversa ao telefone com a filha, Marina presencia a morte de uma antiga moradora do prédio e, para completar, descobre que o parceiro a traiu. Ao entrar em uma violenta briga com ele, o embate só não tem um final trágico graças à intervenção da zeladora Dora (Gilda Nomacce) que nocauteia o brutamontes com um martelo.

Preocupada com a mãe, Luna (Lorena Corrêa) decide ir para Guarapari e o simpático e apaixonado Fábio (Caio Macedo), mesmo contra a vontade dela, vai junto. Lá chegando, dão de cara com a porta do Edifício Magdalena que, com o final da temporada, parece completamente vazio. Dando um “jeitinho” de conseguir entrar no prédio o casal vai descobrir da pior forma que, contrariando o título do filme, o prédio de vazio não tem nada!

O diretor Rodrigo Aragão, que o Toca o Terror acompanha a obra há muito tempo (a gente exibiu A Noite do Chupacabras em 2013!) e também já teve o prazer de encontrar e bater papo algumas vezes, dessa vez resolve contar uma história mais urbana, ambientada em sua cidade natal.

Rodrigo, entre quilos de maquiagem e galões de sangue falso, gosta de abordar algumas temáticas sociais e em Prédio Vazio não fez diferente. O filme além de ser um conto de fantasmas, também é uma crítica ao desmatamento e consequente crescimento urbano desenfreado. “Um desperdício de espaço” como diz o motorista que leva Luna e Fábio ao amaldiçoado edifício.

O decadente Edifício Magdalena, fruto da direção de arte de Priscilla Huapaya, remete aos filmes de Bava e Argento, com seus vitrais coloridos dando deixa para a fotografia de Alexandre Barcelos usar uma paleta com tons esverdeados e/ou avermelhados nos personagens. O prédio, obviamente, também traz similaridades ao elevador e os corredores de “O Iluminado“, de Stanley Kubrick. Algumas das mortes (das agora almas atormentadas) que nos são apresentadas por flashbacks ou pelo prólogo, como é o caso do simpático casal de velhinhos, impactam pela caprichada maquiagem e efeitos práticos com a assinatura do parceiro de longas datas, Joel Caetano, e supervisionadas pelo próprio diretor.

Algumas coisas infelizmente não funcionam tão bem em “Prédio Vazio“: a montagem, que só engata no último terço do filme, quando a obra abraça aspectos mais surreais. Em relação ao elenco, o casal protagonista não tem uma química muito boa apesar dos personagens funcionarem de forma independente e algumas escolhas estéticas também não me agradaram (aí é questão pessoal). Mas isso não atrapalha o conjunto da obra que é mais uma mostra do comprometimento, esmero e amor ao gênero que o diretor tem mostrado em toda sua carreira.

Curiosidades: O filme faz parte de um projeto chamado “Filme-Escola” onde Aragão aproveita a realização da obra para ensinar um grupo de alunos a fazer cinema (dessa vez foram mais de 100 pessoas!). Os fãs poderão perceber vários easter eggs remetendo a outros filmes do “Aragãoverso”, como “O Cemitério das Almas Perdidas” e “A Mata Negra“. Houve ainda a estreia da filha mais nova do casal Rodrigo Aragão e Mayra Alarcón (que também faz uma pontinha em uma cena em que sai do elevador), Alícia Margarida Aragão.

Prédio Vazio, que estreou no 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, recebeu o Prêmio Retrato Filmes de distribuição no valor de R$ 100.000,00 (Cem mil reais), garantindo sua chegada aos cinemas no próximo 12 de junho. Prestigiem!

Escala de tocância de terror:

Título original: Prédio Vazio
Diretor: Rodrigo Aragão
Roteiro: Rodrigo Aragão
Elenco: Rejane Arruda, Gilda Nomacce, Lorena Corrêa e Caio Macedo
Origem: Brasil
Ano de produção: 2024

* Filme visto em pré-estreia promovida pela Sinny Comunicação e Retrato Filmes

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CRÍTICA: Faça Ela Voltar (2025)

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Faça Ela Voltar

Dois anos após o sucesso de Fale Comigo, chega aos cinemas brasileiros o segundo filme dos irmãos Danny e Michael Philippou. Mais uma vez com distribuição da badalada A24, a dupla agora emplaca Faça Ela Voltar (Bring Her Back), um conto de horror suburbano que aborda o luto.

Após perderem o pai, os irmãos Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong) são colocados sob os cuidados de Laura (Sally Hawkins), uma ex-assistente social que faz de sua casa uma espécie de lar adotivo. Além deles, vive no local o menino Oliver (Jonah Wren Phillips), uma criança que não se comunica e possui hábitos estranhos.

Não demora para sabermos que Laura tem segundas intenções. Seu objetivo em acolher os órfãos é trazer o espírito da sua filha de volta e colocá-la no corpo de Piper. Para executar esse plano diabólico ela tem em mãos uma fita VHS que contém, literalmente, o passo a passo de um ritual satânico que, entre outras bizarrices, inclui até canibalismo.

Mitologia escatológica à parte, Faça Ela Voltar é mais sobre o sentimento da perda do que qualquer outra coisa. Mesmo retratada na maior parte do tempo como vilã metódica, Laura ainda deixa transparecer seu lado humano. Uma mulher que não aceita a partida da filha e que acaba deturpando seu amor icondicional, por puro desespero.

A dupla de irmãos também ganha sua cota de drama, quando Laura tenta jogar um contra o outro, pois Andy é um empecilho para o que ela planeja. Nada disso, porém, funcionaria se o trio de protagonistas não estivesse tão afiado. Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong conseguem passar credibilidade o tempo todo, seja nos momentos sóbrios ou nos sinistros.

O que nos leva para outro destaque do elenco: o pequeno Jonah Wren Phillips. A transformação pela qual seu Oliver passa ao longo da trama já o elevou ao status de mini ícone do terror do ano. São com ele as cenas mais perturbadoras, em ocasiões que fica quase impossível não desviar os olhos da tela.

A direção dos Philippou em Faça Ela Voltar segue competente, com ótimos enquadramentos e cuidado aos detalhes (preste atenção nos círculos). Como Piper é deficiente visual, a câmara brinca muito com imagens desfocadas, o que faz um paralelo interessante com a condição da personagem.

O roteiro, assinado em parceria com Bill Hinzman, consegue balancear bem o terror e o drama, no entanto deixa um gostinho de quero mais ao esconder muito sobre a origem do ritual. Mas isso é apenas eu reclamando de barriga cheia (o trocadilho fará sentido quando você assistir ao filme).

Escala de tocância de terror:

Título original: Bring Her Back
Direção: Danny Philippou e Michael Philippou
Roteiro: Danny Philippou e Bill Hinzman
Elenco: Sally Hawkins, Billy Barratt e Sora Wong
Origem: Austrália

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