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DICA DA SEMANA: Telefilmes de Horror

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Telefilmes

[Por Jota Bosco]

Minha dica da semana, aproveitando uma recente pesquisa que fizemos para o programa Toca o Terror sobre filmes feitos para a TV, são os subestimados “telefilmes”. O amigo Geraldo de Fraga achou uma lista no YouTube repleta de belezuras feitas nos anos 70 que, entre altos e baixos, poderão servir para tirar um pouco desse ranço que as pessoas têm com tais obras.

Onde essa onda de telefilmes começou? Muito antes de canais de TV por assinatura como a HBO, FOX e AMC produzirem seus longa-metragens e aclamadas séries, emissoras já faziam isso em horário nobre na TV aberta. Existem até telefilmes que datam dos anos 50, mas o “boom” mesmo aconteceu nos anos 60, com viés conservador, para que os jovens não saíssem pros cinemas de rua e ficassem em casa. Sim. Exatamante isso que você leu. Para que os jovens ficassem em casa!

“Criança que não fica em casa, morre e vira vampiro pra ficar assombrando o quarto dos amigos de madrugada!”

Os “Tela Quente” deles passaram a ser estreias de produções próprias com massiva divulgação prévia, atraindo cada vez mais espectadores. E esse novo nicho criou oportunidade para que hoje aclamados diretores tivessem a oportunidade de dar seu “pontapé” inicial ou marcar sua presença. E aí é que afirmo que é ledo engano considerar telefilmes como “obras menores” (seja lá o que é isso).

Pra citar, bem por cima, alguns… Nos anos 70 tivemos “Encurralado“, de Steven Spielberg, “Os Vampiros de Salem“, de Tobe Hooper e “O Encanador“, de Peter Weir. Nos anos 80, temos ótimos filmes como “Não Adormeça” e “Midnight Offerings“, além do “couchbuster” (Termo que acabei de inventar pro que seria uma versão caseira de “blockbuster”) “O Dia Seguinte“, um drama que considero horror. Nos anos 90 tem um filme que acho sensacional chamado “A Casa das Almas Perdidas” (“The Haunted”, de Robert Mandel). Enfim, a lista é imensa!

“O Dia Seguinte”, filme que traumatizou uma geração, estreou em 20 de novembro de 1983 e teve uma audiência estimada de 100 milhões de pessoas!

Quais as principais diferenças entre filme feito pra cinema e telefilme? Pra começar, o orçamento (risos). Telefilmes costumavam sair bem mais “no precinho”. Quanto à obra em si, diferente da estrutura tradicional de 3 atos, com: 1. apresentação; 2. desenvolvimento e 3. resolução, os telefilmes acabam destrinchando essa organização em 7 atos para caber 6 blocos de intervalos comerciais. Isso tem seu charme no gênero, diferente de um romance ou comédia feitos para TV, pois faz com que a obra fique repleta de “clifhangers” (“gancho”)… Sabe como é, aquele recurso de roteiro que interrompe a narrativa em um momento de tensão para te deixar com vontade de saber o que irá acontecer na sequência.

Mas vamos ao que interessa… Se tiver com inglês afiado o suficiente para ser embaixador do Brasil nos EUA (o que não é muito) ou se quiser dar aquela praticada no “the book is on the table” tem horas e horas de filme aí pra prestigiar. Pegue a popcorn e have fun!

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Simpático de corpo™ Vimeo: https://vimeo.com/jotabosco/ Youtube: https://www.youtube.com/user/sonicbosco/videos

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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)

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Dr. Phibes

Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.

Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!

O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.

Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).

Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.

Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.

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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)

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Mortos que Matam

[Por Geraldo de Fraga]

Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)

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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)

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A Volta dos Mortos-Vivos 3

Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.

Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.

Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.

E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.

Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.

Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.

A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.

Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.

O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.

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